Repatriação e carreira : possibilidades e desafios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gallon, Shalimar
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/37307
Resumo: A expatriação pode ser entendida pela prática de convidar um funcionário a assumir um cargo pela empresa em um país estrangeiro por um período de um ou dois anos. Essa prática, ás vezes, tem sido estudada somente pela missão em si, enquanto que é um processo amplo e único composto por três etapas: a preparação, a expatriação em si e a repatriação, momento este pouco abordado nos estudos. A repatriação compreende a etapa em que o expatriado volta para o país de origem, tendo que se readaptar ao ambiente de trabalho e social. Dentro da perspectiva profissional, um dos problemas que dificulta a adaptação do expatriado é a questão da carreira, pois, na expatriação, geralmente, os funcionários exercem atividades mais amplas. Assim, quando retornam ao país de origem, muitos voltam a exercer as mesmas atividades de antes da expatriação. Dessa maneira, este estudo tem o propósito de analisar as mudanças ocorridas com a expatriação para os funcionários que tiveram/estão tendo uma experiência profissional internacional e sua relação com as expectativas de carreira geradas com a repatriação. Para atender esse objetivo, foi realizado um estudo de caso na empresa Alpha, na qual foram realizadas 21 entrevistas: dois representantes da área dos Recursos Humanos (RH) e 19 expatriados. Como principais resultados, destacam-se: a empresa, apesar de ter um programa de expatriação há 12 anos, ainda precisa de políticas e práticas mais estruturadas, muito em função de que a internacionalização tomou uma dimensão maior do que a organização estava preparada para suportar, o que tem refletido na área de RH. Assim, as dificuldades em relação à adaptação cultural, família, língua estrangeira sobressaem-se e o expatriado não percebe como a sua carreira está se desenvolvendo nesse momento. Entretanto, a expatriação permite possibilidades para os profissionais e para a empresa, mas também tem muitos desafios a serem superados. Como possibilidades foram destacadas: maior competência para a tomada de decisão, ampliação do network interno, conhecimento de outras culturas, maior aprendizado, desafio profissional, entre outros. E como desafios têm-se: conciliar as expectativas da empresa com a do funcionário, reconhecimento do processo de expatriação, atuação do RH, planejamento da carreira, melhor preparação e acompanhamento da família, treinamento e adaptação do expatriado, práticas e políticas ampliadas e atenção ao perfil dos expatriados. Como principal achado tem-se que os repatriados passam a dar mais valor a sua carreira interna do que a organizacional, pois quando retornam a empresa não apresenta um planejamento para aproveitar esse funcionário em posições que demandem mais responsabilidades, como as na missão. Dessa forma, a carreira fica comprometida no momento em que a organização não reconhece o aprendizado do repatriado e esse busca outras oportunidades no mercado de trabalho. Os que buscam espaço dentro da organização acabam se “tornando um problema” para a empresa.
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Dessa maneira, este estudo tem o propósito de analisar as mudanças ocorridas com a expatriação para os funcionários que tiveram/estão tendo uma experiência profissional internacional e sua relação com as expectativas de carreira geradas com a repatriação. Para atender esse objetivo, foi realizado um estudo de caso na empresa Alpha, na qual foram realizadas 21 entrevistas: dois representantes da área dos Recursos Humanos (RH) e 19 expatriados. Como principais resultados, destacam-se: a empresa, apesar de ter um programa de expatriação há 12 anos, ainda precisa de políticas e práticas mais estruturadas, muito em função de que a internacionalização tomou uma dimensão maior do que a organização estava preparada para suportar, o que tem refletido na área de RH. Assim, as dificuldades em relação à adaptação cultural, família, língua estrangeira sobressaem-se e o expatriado não percebe como a sua carreira está se desenvolvendo nesse momento. Entretanto, a expatriação permite possibilidades para os profissionais e para a empresa, mas também tem muitos desafios a serem superados. Como possibilidades foram destacadas: maior competência para a tomada de decisão, ampliação do network interno, conhecimento de outras culturas, maior aprendizado, desafio profissional, entre outros. E como desafios têm-se: conciliar as expectativas da empresa com a do funcionário, reconhecimento do processo de expatriação, atuação do RH, planejamento da carreira, melhor preparação e acompanhamento da família, treinamento e adaptação do expatriado, práticas e políticas ampliadas e atenção ao perfil dos expatriados. Como principal achado tem-se que os repatriados passam a dar mais valor a sua carreira interna do que a organizacional, pois quando retornam a empresa não apresenta um planejamento para aproveitar esse funcionário em posições que demandem mais responsabilidades, como as na missão. Dessa forma, a carreira fica comprometida no momento em que a organização não reconhece o aprendizado do repatriado e esse busca outras oportunidades no mercado de trabalho. Os que buscam espaço dentro da organização acabam se “tornando um problema” para a empresa.The expatriation can be understood as the practice of inviting an employee to take a job within his company in a foreign country for a period of one or two years. This practice has been studied only as the mission itself, when it is a broad and unique process involving three stages: preparation, expatriation and a stage that is rarely addressed in studies: the repatriation. The repatriation encompasses the step where the expatriate returns to his country, which requires him the readjustment to social and working place. From a professional perspective, one of the difficult problems in the expatriate adaptation is the issue of career, because in expatriation, generally, the employees are responsible for broader activities. Thus, when they return to their origin country, many of them are responsible for the same activities that they were before expatriation. Thus, this study aims to analyze the changes from expatriation allowance regarding employees who have had/ are having an international professional experience and their relation to career expectations generated from the repatriation. To achieve this objective, a case study has been done in Alpha Company, in which 21 people have been interviewed: two persons who represent the Human Resources (HR) and 19 expatriates. The main results concluded: the company, despite having a 12 year expatriation program, still lacks more structured policies and practices, mostly because that internationalization has taken as a major dimension than the organization was prepared to hold, which has been reflected in the HR area. Thus, the difficulties related to cultural adaptation, family, foreign language end up having a bigger dimension and the expatriate can not perceive how his career is being developed at that time. However, the expatriation provides many opportunities for the professionals and for the company, and also there are many challenges that need to be overcome. The possibilities that were mentioned: more competence for decision making, expansion of the internal network, knowledge of other cultures, higher learning, professional challenge, among others. And as challenges, they indicated: to reconcile the company's expectations with the employee's, more valorization of the expatriation process, greater activity of HR, career planning, better family preparation and monitoring, training and adaptation of expatriate, policies and practices expanded and greater attention to the profile of expatriates. The main result showed that the repatriates are giving much more value to their internal career than to the organizational, because when they return, the company does not have a structure to allocate them in positions that require more responsibilities, as it was required in their mission. Thus, the expatriate’s career becomes jeopardized since the organization does not recognize his learning, and this disregard influences him to seek for others opportunities in the marketplace. And those who seek for a space within the organization, end up "becoming a problem" for the company.application/pdfporExpatriaçãoRepatriaçãoCarreira profissionalExpatriationRepatriationCareerRepatriação e carreira : possibilidades e desafiosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000821234.pdf.txt000821234.pdf.txtExtracted Texttext/plain463548http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37307/2/000821234.pdf.txt06b2b809ff40e287c54cfbc400b469f6MD52ORIGINAL000821234.pdf000821234.pdfTexto completoapplication/pdf1091277http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37307/1/000821234.pdf82b7e19573534fc2f5d3088d185598a9MD51THUMBNAIL000821234.pdf.jpg000821234.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1068http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37307/3/000821234.pdf.jpgb5003f42fa83a82df0542d1d3ca5bf7dMD5310183/373072018-10-10 07:57:04.147oai:www.lume.ufrgs.br:10183/37307Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-10T10:57:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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