Avaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/23008 |
Resumo: | O transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) é uma terapia bem estabelecida para o tratamento de diversas doenças hematológicas benignas e malignas, sendo amplamente realizado em vários países, inclusive no Brasil. Com a sobrevivência dos pacientes transplantados por tempo longo, verifica-se o desenvolvimento de complicações tardias, geralmente causadas pelo uso prévio de quimioterapia, radioterapia, imunossupressores ou, ainda, por distúrbios imunológicos específicos desta população. Alguns estudos prévios demonstraram um aumento no risco de desenvolvimento de osteopenia e osteoporose após o TCTH, acarretando maior risco de fraturas nos indivíduos que receberam TCTH, quando comparado com a população em geral. A perda óssea nesta população ocorre com maior velocidade no primeiro ano, acomete especialmente a cabeça do fêmur e pode piorar progressivamente por pelo menos quatro anos após o transplante. Fatores de risco previamente identificados são uso de glicocorticóides, ciclosporina, sexo e idade. O presente estudo teve por objetivo avaliar as alterações do metabolismo ósseo e fatores associados em pacientes após TCTH alogênico no Rio Grande do Sul. Foram avaliados através de corte transversal 47 indivíduos. Os fatores estudados foram 25-hidroxi-vitamina D (25(OH)D), hormônio da paratireóide (PTH), ferritina, vitamina B12, insulina, triglicerideos, glicose, colesterol e dados clínicos. A secreção e a resistência insulínica foram estimadas pelo “Homeostatic model assessment for beta-cell function (HOMA-B) e “Homeostatic model assessment for insulin resistance” (HOMA-IR), respectivamente. A avaliação da massa óssea foi obtida através de densitometria óssea. A mediana de tempo após o transplante foi 47,7 (12 – 115) meses. Osteoporose foi encontrada em 8 pacientes (17%) dos pacientes, enquanto osteopenia foi observada em 22 pacientes (46,8%). Os níveis séricos de ferritina (p=0,002), insulina (p<0,001), glicose (p=0,003), triglicerídeos (p=0,018) e o índice HOMA-IR (p<0,001) foram maiores em indivíduos com osteopenia ou osteoporose, enquanto o índice HOMA-B (p<0,001) foi menor nos indivíduos com osteopenia/osteoporose. Os demais fatores estudados não se associaram com o desfecho. Após análise multivariada, os níveis séricos de ferritina e 25(OH)D e o índice HOMA-IR permaneceram independentemente associados com osteopenia ou osteoporose. Os resultados do estudo apresentam novos fatores, os níveis séricos de ferritina e o índice HOMA-IR, possivelmente associados com a presença de redução da massa óssea em pacientes após TCTH. |
id |
URGS_d236c7d2eedf54f8c38fa0ea0fdaa448 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/23008 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Faulhaber, Gustavo Adolpho MoreiraFurlanetto, Tania Weber2010-05-28T04:20:10Z2010http://hdl.handle.net/10183/23008000740958O transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) é uma terapia bem estabelecida para o tratamento de diversas doenças hematológicas benignas e malignas, sendo amplamente realizado em vários países, inclusive no Brasil. Com a sobrevivência dos pacientes transplantados por tempo longo, verifica-se o desenvolvimento de complicações tardias, geralmente causadas pelo uso prévio de quimioterapia, radioterapia, imunossupressores ou, ainda, por distúrbios imunológicos específicos desta população. Alguns estudos prévios demonstraram um aumento no risco de desenvolvimento de osteopenia e osteoporose após o TCTH, acarretando maior risco de fraturas nos indivíduos que receberam TCTH, quando comparado com a população em geral. A perda óssea nesta população ocorre com maior velocidade no primeiro ano, acomete especialmente a cabeça do fêmur e pode piorar progressivamente por pelo menos quatro anos após o transplante. Fatores de risco previamente identificados são uso de glicocorticóides, ciclosporina, sexo e idade. O presente estudo teve por objetivo avaliar as alterações do metabolismo ósseo e fatores associados em pacientes após TCTH alogênico no Rio Grande do Sul. Foram avaliados através de corte transversal 47 indivíduos. Os fatores estudados foram 25-hidroxi-vitamina D (25(OH)D), hormônio da paratireóide (PTH), ferritina, vitamina B12, insulina, triglicerideos, glicose, colesterol e dados clínicos. A secreção e a resistência insulínica foram estimadas pelo “Homeostatic model assessment for beta-cell function (HOMA-B) e “Homeostatic model assessment for insulin resistance” (HOMA-IR), respectivamente. A avaliação da massa óssea foi obtida através de densitometria óssea. A mediana de tempo após o transplante foi 47,7 (12 – 115) meses. Osteoporose foi encontrada em 8 pacientes (17%) dos pacientes, enquanto osteopenia foi observada em 22 pacientes (46,8%). Os níveis séricos de ferritina (p=0,002), insulina (p<0,001), glicose (p=0,003), triglicerídeos (p=0,018) e o índice HOMA-IR (p<0,001) foram maiores em indivíduos com osteopenia ou osteoporose, enquanto o índice HOMA-B (p<0,001) foi menor nos indivíduos com osteopenia/osteoporose. Os demais fatores estudados não se associaram com o desfecho. Após análise multivariada, os níveis séricos de ferritina e 25(OH)D e o índice HOMA-IR permaneceram independentemente associados com osteopenia ou osteoporose. Os resultados do estudo apresentam novos fatores, os níveis séricos de ferritina e o índice HOMA-IR, possivelmente associados com a presença de redução da massa óssea em pacientes após TCTH.application/pdfporTransplante homólogoMetabolismoOsso e ossosOsteoporoseDoença enxerto-hospedeiroAvaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2010doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000740958.pdf000740958.pdfTexto completoapplication/pdf449284http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/23008/1/000740958.pdf255e73c65a52bc91bd2f32d50b6b9833MD51TEXT000740958.pdf.txt000740958.pdf.txtExtracted Texttext/plain85195http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/23008/2/000740958.pdf.txt563f95b45c53ddd6be3106209b773edfMD52THUMBNAIL000740958.pdf.jpg000740958.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg958http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/23008/3/000740958.pdf.jpge71a472eecd45ff7b3b6c721f5737930MD5310183/230082018-10-17 08:06:21.958oai:www.lume.ufrgs.br:10183/23008Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T11:06:21Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas |
title |
Avaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas |
spellingShingle |
Avaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas Faulhaber, Gustavo Adolpho Moreira Transplante homólogo Metabolismo Osso e ossos Osteoporose Doença enxerto-hospedeiro |
title_short |
Avaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas |
title_full |
Avaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas |
title_fullStr |
Avaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas |
title_full_unstemmed |
Avaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas |
title_sort |
Avaliação do metabolismo ósseo após transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas |
author |
Faulhaber, Gustavo Adolpho Moreira |
author_facet |
Faulhaber, Gustavo Adolpho Moreira |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Faulhaber, Gustavo Adolpho Moreira |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Furlanetto, Tania Weber |
contributor_str_mv |
Furlanetto, Tania Weber |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Transplante homólogo Metabolismo Osso e ossos Osteoporose Doença enxerto-hospedeiro |
topic |
Transplante homólogo Metabolismo Osso e ossos Osteoporose Doença enxerto-hospedeiro |
description |
O transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) é uma terapia bem estabelecida para o tratamento de diversas doenças hematológicas benignas e malignas, sendo amplamente realizado em vários países, inclusive no Brasil. Com a sobrevivência dos pacientes transplantados por tempo longo, verifica-se o desenvolvimento de complicações tardias, geralmente causadas pelo uso prévio de quimioterapia, radioterapia, imunossupressores ou, ainda, por distúrbios imunológicos específicos desta população. Alguns estudos prévios demonstraram um aumento no risco de desenvolvimento de osteopenia e osteoporose após o TCTH, acarretando maior risco de fraturas nos indivíduos que receberam TCTH, quando comparado com a população em geral. A perda óssea nesta população ocorre com maior velocidade no primeiro ano, acomete especialmente a cabeça do fêmur e pode piorar progressivamente por pelo menos quatro anos após o transplante. Fatores de risco previamente identificados são uso de glicocorticóides, ciclosporina, sexo e idade. O presente estudo teve por objetivo avaliar as alterações do metabolismo ósseo e fatores associados em pacientes após TCTH alogênico no Rio Grande do Sul. Foram avaliados através de corte transversal 47 indivíduos. Os fatores estudados foram 25-hidroxi-vitamina D (25(OH)D), hormônio da paratireóide (PTH), ferritina, vitamina B12, insulina, triglicerideos, glicose, colesterol e dados clínicos. A secreção e a resistência insulínica foram estimadas pelo “Homeostatic model assessment for beta-cell function (HOMA-B) e “Homeostatic model assessment for insulin resistance” (HOMA-IR), respectivamente. A avaliação da massa óssea foi obtida através de densitometria óssea. A mediana de tempo após o transplante foi 47,7 (12 – 115) meses. Osteoporose foi encontrada em 8 pacientes (17%) dos pacientes, enquanto osteopenia foi observada em 22 pacientes (46,8%). Os níveis séricos de ferritina (p=0,002), insulina (p<0,001), glicose (p=0,003), triglicerídeos (p=0,018) e o índice HOMA-IR (p<0,001) foram maiores em indivíduos com osteopenia ou osteoporose, enquanto o índice HOMA-B (p<0,001) foi menor nos indivíduos com osteopenia/osteoporose. Os demais fatores estudados não se associaram com o desfecho. Após análise multivariada, os níveis séricos de ferritina e 25(OH)D e o índice HOMA-IR permaneceram independentemente associados com osteopenia ou osteoporose. Os resultados do estudo apresentam novos fatores, os níveis séricos de ferritina e o índice HOMA-IR, possivelmente associados com a presença de redução da massa óssea em pacientes após TCTH. |
publishDate |
2010 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2010-05-28T04:20:10Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/23008 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000740958 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/23008 |
identifier_str_mv |
000740958 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/23008/1/000740958.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/23008/2/000740958.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/23008/3/000740958.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
255e73c65a52bc91bd2f32d50b6b9833 563f95b45c53ddd6be3106209b773edf e71a472eecd45ff7b3b6c721f5737930 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085174037184512 |