Concentrações de adiponectina em adolescentes brasileiros : distribuição e associação com síndrome metabólica no Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes – ERICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sparrenberger, Karen
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/276578
Resumo: O tecido adiposo é responsável por secretar diversas substâncias biologicamente ativas, chamadas adipocitocinas. Dentre elas, a adiponectina é a mais abundante, desempenhando importante papel na modulação de processos metabólicos, além de apresentar propriedades anti-inflamatórias. Estudos anteriores sugerem que baixos níveis de adiponectina estão associados à presença de obesidade e fatores de risco para doenças cardiovasculares, incluindo a síndrome metabólica. Esta tese como objetivo avaliar a distribuição de adiponectina e fatores associados, bem como investigar a associação entre adiponectina e síndrome metabólica em adolescentes. Para responder as questões de pesquisa foram utilizados dados do Estudo Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), que é um estudo multicêntrico de base escolar, de delineamento transversal e abrangência nacional. Sua amostra foi composta por estudantes (12-17 anos) de escolas públicas e privadas, localizadas em municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes. A coleta de dados foi realizada em todo o Brasil e envolveu a aplicação de questionários, avaliação antropométrica, medidas de pressão arterial e exames bioquímicos. Os estudos que compõem essa tese utilizaram uma subamostra do ERICA composta por 4.546 adolescentes que frequentavam a escola em quatro capitais: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Fortaleza. Nessas cidades houve armazenamento de material biológico (soro) para criação de biorrepositórios, o que permitiu a realização de avaliações complementares, entre elas, a dosagem de adiponectina. A mediana de adiponectina foi de 13,4 μg/ml (IC95%: 12,8-14,0) e 14,2 μg/ml (IC95%: 13,3–15,0) em meninos e meninas, respectivamente. Níveis mais baixos de adiponectina associaram-se a obesidade em ambos os sexos (masculino RP=1,38; IC95% 1,24-1,54; feminino RP= 1,45; IC95% 1,26 - 1,66) A circunferência da cintura aumentada também foi inversamente associada aos níveis de adiponectina em ambos os sexos. Além disso, estudar em escola privada e viver em área rural foram associadas a baixas concentrações de adiponectina entre os meninos. Em relação aos componentes da síndrome metabólica, a adiponectina teve uma associação inversa com circunferência da cintura e 12 triglicerídeos; e direta com o HDL-c. Também observamos uma associação inversa entre as concentrações de adiponectina e o risco para o desenvolvimento de síndrome metabólica. Em modelos ajustados, quartis mais altos de adiponectina permaneceram inversamente associados ao maior risco para síndrome metabólica. Após estratificação da amostra pelo status de peso, uma associação inversa entre os quartis de adiponectina e o risco para síndrome metabólica foi observada tanto em adolescentes com peso normal, como entre aqueles com sobrepeso e obesidade. Os resultados dessa tese são pioneiros em descrever a distribuição da adiponectina em uma amostra representativa de adolescentes brasileiros e ainda permitiu observar que menores concentrações de adiponectina estão independentemente associadas ao risco de síndrome metabólica. Esses resultados sugerem que a adiponectina pode ter um papel importante no desenvolvimento inicial da síndrome metabólica.
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Para responder as questões de pesquisa foram utilizados dados do Estudo Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), que é um estudo multicêntrico de base escolar, de delineamento transversal e abrangência nacional. Sua amostra foi composta por estudantes (12-17 anos) de escolas públicas e privadas, localizadas em municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes. A coleta de dados foi realizada em todo o Brasil e envolveu a aplicação de questionários, avaliação antropométrica, medidas de pressão arterial e exames bioquímicos. Os estudos que compõem essa tese utilizaram uma subamostra do ERICA composta por 4.546 adolescentes que frequentavam a escola em quatro capitais: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Fortaleza. Nessas cidades houve armazenamento de material biológico (soro) para criação de biorrepositórios, o que permitiu a realização de avaliações complementares, entre elas, a dosagem de adiponectina. A mediana de adiponectina foi de 13,4 μg/ml (IC95%: 12,8-14,0) e 14,2 μg/ml (IC95%: 13,3–15,0) em meninos e meninas, respectivamente. Níveis mais baixos de adiponectina associaram-se a obesidade em ambos os sexos (masculino RP=1,38; IC95% 1,24-1,54; feminino RP= 1,45; IC95% 1,26 - 1,66) A circunferência da cintura aumentada também foi inversamente associada aos níveis de adiponectina em ambos os sexos. Além disso, estudar em escola privada e viver em área rural foram associadas a baixas concentrações de adiponectina entre os meninos. Em relação aos componentes da síndrome metabólica, a adiponectina teve uma associação inversa com circunferência da cintura e 12 triglicerídeos; e direta com o HDL-c. Também observamos uma associação inversa entre as concentrações de adiponectina e o risco para o desenvolvimento de síndrome metabólica. Em modelos ajustados, quartis mais altos de adiponectina permaneceram inversamente associados ao maior risco para síndrome metabólica. Após estratificação da amostra pelo status de peso, uma associação inversa entre os quartis de adiponectina e o risco para síndrome metabólica foi observada tanto em adolescentes com peso normal, como entre aqueles com sobrepeso e obesidade. Os resultados dessa tese são pioneiros em descrever a distribuição da adiponectina em uma amostra representativa de adolescentes brasileiros e ainda permitiu observar que menores concentrações de adiponectina estão independentemente associadas ao risco de síndrome metabólica. Esses resultados sugerem que a adiponectina pode ter um papel importante no desenvolvimento inicial da síndrome metabólica.The adipose tissue is responsible for secreting various biologically active substances, called adipocytokines. Among them, adiponectin is the most abundantly produced, playing an important role in the modulation of metabolic processes, in addition to presenting anti-inflammatory properties. Previous studies suggest that low levels of adiponectin are associated with the presence of obesity and risk factors for cardiovascular disease, including metabolic syndrome. This thesis aims to evaluate the distribution of adiponectin and other associated factors, as well as to investigate the association between adiponectin and metabolic syndrome in adolescents. To answer the research questions, we used data from the Study of Cardiovascular Risk in Adolescents (ERICA), which is a multicenter school-based study, with a cross-sectional design and national representation. The sample was composed of students (12-17 years) from public and private schools located in Brazilian municipalities with more than 100,000 inhabitants. Data collection was performed throughout Brazil and involved the application of questionnaires, anthropometric evaluation, blood pressure measurements and biochemical tests. The studies that compose this thesis used a subsample of ERICA made of 4,546 adolescents who attended school in four capitals: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília and Fortaleza. In these cities, biological material (serum) was stored to create biorepositories, which allowed the execution of complementary evaluations - among them, the dosage of adiponectin. The median adiponectin was 13.4 μg/ml (95% CI: 12.8-14.0) and 14.2 μg/ml (95% CI: 13.3-15.0) in boys and girls, respectively. Lower levels of adiponectin were associated with obesity in both sexes (male prevalence ratio [PR] = 1.38, 95% CI 1.24-1.54; female PR = 1.45, 95% CI 1.26-1.66). Increased waist circumference was also inversely associated with adiponectin levels in both sexes. In addition, studying in private schools and living in rural areas were associated with low concentrations of adiponectin among boys. Regarding the components of the metabolic syndrome, adiponectin had an inverse association with waist circumference and triglycerides; and a direct association with HDL-c. We also observed an inverse association between 14 adiponectin concentrations and the risk of development of metabolic syndrome. In adjusted models, higher quartiles of adiponectin remained inversely associated with increased risk for metabolic syndrome. After stratification of the sample by weight status, an inverse association between adiponectin quartiles and the risk for metabolic syndrome was observed in both normal weight, and overweight and obese adolescents. The results of this thesis are pioneer in describing the distribution of adiponectin in a representative sample of Brazilian adolescents and allowed the observation that lower concentrations of adiponectin are independently associated to the risk of metabolic syndrome. These results suggest that adiponectin may play an important role in the early development of metabolic syndrome.application/pdfporAdiponectinaAdolescenteInflamaçãoSíndrome metabólicaObesidadeAdiponectinAdolescentsInflammationMetabolic syndromeObesityConcentrações de adiponectina em adolescentes brasileiros : distribuição e associação com síndrome metabólica no Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes – ERICAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: EndocrinologiaPorto Alegre, BR-RS2019doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001206463.pdf.txt001206463.pdf.txtExtracted Texttext/plain157289http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276578/2/001206463.pdf.txt473068a82b8101ea9983459db486ffeeMD52ORIGINAL001206463.pdfTexto completoapplication/pdf1746478http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276578/1/001206463.pdf4785e1c151d0af556d517869377edaecMD5110183/2765782024-07-20 06:21:45.452309oai:www.lume.ufrgs.br:10183/276578Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-07-20T09:21:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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