Instrução explícita de pronúncia em português como língua adicional para hispanofalantes : efeitos na produção e na inteligibilidade local de /s/ e /z/

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Raquel Horvath de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/274439
Resumo: Em aliança com uma visão de língua como Sistema Dinâmico Complexo (SDC) (BECKNER et al, 2009; DE BOT; LOWIE; VERSPOOR, 2007; LARSEN-FREEMAN, 2015; LARSEN FREEMAN, 2017; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008; LOWIE; VERSPOOR, 2015) e uma concepção de desenvolvimento de fala em língua adicional com base no Revised Speech Learning Model (SLM-r) (FLEGE, BOHN, 2021; FLEGE, 1995), esta dissertação visa analisar os efeitos de instrução de pronúncia, tanto no grau de semelhança ao padrão nativo quanto nos índices de inteligibilidade local (MUNRO; DERWING, 2015), referentes às produções de hispanofalantes aprendizes de Português como Língua Adicional (PLA). Em uma oficina comunicativa de pronúncia, foram ensinadas ao Grupo Experimental (n = 7) as fricativas /s/, /z/, /ʃ/ e / ʒ/ em posição inicial de sílaba, sendo que somente as duas primeiras fizeram parte do escopo de análises da pesquisa. Além disso, buscamos analisar se a duração vocálica precedente aos sons fricativos foi utilizada como uma pista secundária para a produção de /s/ e /z/ (ALVES et al., 2019; ALVES; BRISOLARA, 2020) e se tal pista apresentou mudanças após a instrução, ainda que tal característica acústica não tenha sido ensinada explicitamente ao longo da intervenção pedagógica. O Grupo Controle (n = 10), por sua vez, não recebeu instrução de pronúncia durante o período de coleta de dados. O desenvolvimento do grau de vozeamento ao longo das fricativas /s/ e /z/ e da duração vocálica precedente a esses sons, na produção dos participantes-alunos, foi medido por meio de análise acústica a partir de dados de fala coletados nas fases de pré-teste, pós-teste imediato e pós-teste postergado (realizado um mês após o pós teste). A partir dos dados obtidos, elaboramos uma tarefa online de identificação categórica de /s/ e /z/ em frases-veículo do tipo “diga (alvo) bem”, a fim de analisar a inteligibilidade atribuída por monolíngues de Português Brasileiro (n = 23). Em nossa análise de dados, verificamos os dados descritivos e inferenciais referentes ao vozeamento ao longo das fricativas e à duração vocálica precedente a partir de modelos estatísticos de regressão linear de efeitos mistos. Além disso, verificamos a inteligibilidade atribuída por brasileiros nas produções dos participantes alunos em dados descritivos e inferenciais por meio de um modelo estatístico de regressão logística de efeitos mistos. Os resultados mostraram que o Grupo Experimental apresentou aumento no vozeamento da fricativa sonora após a instrução de pronúncia, enquanto o Grupo Controle se manteve estável nessa mesma medida. Em relação à duração vocálica precedente, os Grupos não apresentaram mudanças significativas referentes a essa medida. No que diz respeito ao índice de inteligibilidade local, os resultados indicam um aumento da inteligibilidade local de /z/ após a instrução de pronúncia, enquanto a inteligibilidade de /s/ sofreu um declínio. Em nossas conclusões, entendemos que a instrução de pronúncia contribuiu para mudanças no que diz respeito ao vozeamento da fricativa, enquanto a duração vocálica permaneceu estável. Em relação à inteligibilidade local de /z/, entendemos que a instrução contribuiu para mudanças nessa medida enquanto torna a inteligibilidade local de /s/ mais instável. Acreditamos que os resultados encontrados contribuem para o entendimento do papel do ensino da pronúncia em PLA e corroboram a importância do ensino do componente fonético fonológico a partir de uma visão clara de língua, bem como uma concepção de pronúncia como ferramenta para a inteligibilidade em língua adicional.
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spelling Andrade, Raquel Horvath deAlves, Ubiratã Kickhöfel2024-04-10T06:32:08Z2023http://hdl.handle.net/10183/274439001198917Em aliança com uma visão de língua como Sistema Dinâmico Complexo (SDC) (BECKNER et al, 2009; DE BOT; LOWIE; VERSPOOR, 2007; LARSEN-FREEMAN, 2015; LARSEN FREEMAN, 2017; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008; LOWIE; VERSPOOR, 2015) e uma concepção de desenvolvimento de fala em língua adicional com base no Revised Speech Learning Model (SLM-r) (FLEGE, BOHN, 2021; FLEGE, 1995), esta dissertação visa analisar os efeitos de instrução de pronúncia, tanto no grau de semelhança ao padrão nativo quanto nos índices de inteligibilidade local (MUNRO; DERWING, 2015), referentes às produções de hispanofalantes aprendizes de Português como Língua Adicional (PLA). Em uma oficina comunicativa de pronúncia, foram ensinadas ao Grupo Experimental (n = 7) as fricativas /s/, /z/, /ʃ/ e / ʒ/ em posição inicial de sílaba, sendo que somente as duas primeiras fizeram parte do escopo de análises da pesquisa. Além disso, buscamos analisar se a duração vocálica precedente aos sons fricativos foi utilizada como uma pista secundária para a produção de /s/ e /z/ (ALVES et al., 2019; ALVES; BRISOLARA, 2020) e se tal pista apresentou mudanças após a instrução, ainda que tal característica acústica não tenha sido ensinada explicitamente ao longo da intervenção pedagógica. O Grupo Controle (n = 10), por sua vez, não recebeu instrução de pronúncia durante o período de coleta de dados. O desenvolvimento do grau de vozeamento ao longo das fricativas /s/ e /z/ e da duração vocálica precedente a esses sons, na produção dos participantes-alunos, foi medido por meio de análise acústica a partir de dados de fala coletados nas fases de pré-teste, pós-teste imediato e pós-teste postergado (realizado um mês após o pós teste). A partir dos dados obtidos, elaboramos uma tarefa online de identificação categórica de /s/ e /z/ em frases-veículo do tipo “diga (alvo) bem”, a fim de analisar a inteligibilidade atribuída por monolíngues de Português Brasileiro (n = 23). Em nossa análise de dados, verificamos os dados descritivos e inferenciais referentes ao vozeamento ao longo das fricativas e à duração vocálica precedente a partir de modelos estatísticos de regressão linear de efeitos mistos. Além disso, verificamos a inteligibilidade atribuída por brasileiros nas produções dos participantes alunos em dados descritivos e inferenciais por meio de um modelo estatístico de regressão logística de efeitos mistos. Os resultados mostraram que o Grupo Experimental apresentou aumento no vozeamento da fricativa sonora após a instrução de pronúncia, enquanto o Grupo Controle se manteve estável nessa mesma medida. Em relação à duração vocálica precedente, os Grupos não apresentaram mudanças significativas referentes a essa medida. No que diz respeito ao índice de inteligibilidade local, os resultados indicam um aumento da inteligibilidade local de /z/ após a instrução de pronúncia, enquanto a inteligibilidade de /s/ sofreu um declínio. Em nossas conclusões, entendemos que a instrução de pronúncia contribuiu para mudanças no que diz respeito ao vozeamento da fricativa, enquanto a duração vocálica permaneceu estável. Em relação à inteligibilidade local de /z/, entendemos que a instrução contribuiu para mudanças nessa medida enquanto torna a inteligibilidade local de /s/ mais instável. Acreditamos que os resultados encontrados contribuem para o entendimento do papel do ensino da pronúncia em PLA e corroboram a importância do ensino do componente fonético fonológico a partir de uma visão clara de língua, bem como uma concepção de pronúncia como ferramenta para a inteligibilidade em língua adicional.Based on a view of language as a Complex Dynamic System (CDS) (BECKNER et al., 2009; DE BOT; LOWIE; VERSPOOR, 2007; LARSEN-FREEMAN, 2015; LARSEN-FREEMAN, 2017; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008; LOWIE; VERSPOOR, 2015) and a conception of speech development in an additional language based on the Revised Speech Learning Model (SLM-r) (FLEGE, BOHN, 2021; FLEGE, 1995), this thesis aims to analyze the effects of pronunciation instruction, both in the degree of similarity to the native standard and in the evaluation of local intelligibility (MUNRO; DERWING, 2015) in productions of Spanish-speakers learners of Portuguese as an Additional Language (PAL). In a communicative pronunciation workshop, the Experimental Group (n = 7) was taught the fricatives /s/, /z/, /ʃ/ and / ʒ/ in syllable-initial position, with the former consonants two analysed in this study. Furthermore, we sought to analyze whether the vowel duration preceding fricative sounds was used as a secondary cue in the productions of /s/ and /z/ (ALVES et al., 2019; ALVES; BRISOLARA, 2020) and whether this cue would be modified after instruction, even though it was not explicitly taught throughout our pedagogical intervention. The Control Group (n = 10) did not receive pronunciation instruction during the data collection period. The development of the degree of voicing in the fricatives /s/ and /z/ and the vowel duration preceding these sounds, in the production of the participant students, was measured through an acoustic analysis of the speech data collected in the pre-test, immediate post-test and delayed post-test (carried out one month after the post-test) phases. Based on the data obtained, we developed an online task of categorical identification of /s/ and /z/ in carrier sentences such as “Diga (objetivo) bem”, in order to analyze the intelligibility attributed by Brazilian Portuguese monolinguals (n = 23). In our data analysis, we verified the descriptive and inferential data regarding the amount of voicing in the fricatives and the preceding vowel duration by fitting mixed-effects linear regressions. Furthermore, we verified the intelligibility of the students’ productions, judged by Brazilian listeners, by fitting a statistical mixed-effects logistic regression model. The results showed that the Experimental Group showed an increase in the voicing of /z/ after pronunciation instruction, while the Control Group remained stable regarding the same measure. As for the duration of the preceding vowel, the groups did not present significant changes. Regarding the evaluation of local intelligibility, the results show an increase in the local intelligibility of /z/ after pronunciation instruction, while the intelligibility of /s/ shows a decline. In our conclusions, we understand that pronunciation instruction contributes to changes regarding fricative voicing, while vowel duration remained stable. Regarding the local intelligibility of /z/, we understand that instruction contributes to changes in this measure while making the local intelligibility of /s/ more unstable. We believe the results contribute to the understanding of the role of pronunciation teaching in the PAL classroom, corroborating the importance of teaching the phonetic-phonological component based on a clear vision of language which conceives pronunciation as a tool for intelligibility in an additional language.Con base en una visión del lenguaje como Sistema Dinámico Complejo (CDS) (BECKNER et al., 2009; DE BOT; LOWIE; VERSPOOR, 2007; LARSEN-FREEMAN, 2015; LARSEN FREEMAN, 2017; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008; LOWIE; VERSPOOR, 2015) así como a una concepción del desarrollo del habla en lengua adicional basada en el Revised Speech Learning Model (SLM-r) (FLEGE, BOHN, 2021; FLEGE, 1995), esta disertación tiene como objetivo analizar los efectos de la instrucción de pronunciación, tanto en el grado de similitud con el estándar nativo como en los índices de inteligibilidad local (MUNRO; DERWING, 2015), refiriéndose a las producciones de hispanohablantes que aprenden Portugués como Lengua Adicional (PLA). En un taller de pronunciación comunicativa, al Grupo Experimental (n = 7) se le enseñaron las fricativas /s/, /z/, /ʃ/ y /ʒ/ en posición inicial de sílaba, siendo solo las dos primeras partes del análisis de investigación. Además, buscamos analizar si la duración de las vocales que preceden a los sonidos fricativos se utilizó como pista secundaria para la producción de /s/ y /z/ (ALVES et al., 2019; ALVES; BRISOLARA, 2020) y si esta pista presentó cambios después de la instrucción, aunque esta característica acústica no fue enseñada explícitamente durante la intervención pedagógica. El Grupo de Control (n = 10), a su vez, no recibió instrucción de pronunciación durante el período de recopilación de datos. El desarrollo del grado de voceo a lo largo de las fricativas /s/ y /z/ y la duración de las vocales que preceden a estos sonidos, en la producción de los estudiantes, se midió mediante análisis acústico basado en datos del habla recopilados en las fases de pre- test, postest inmediato y postest tardío (realizado un mes después del postest). A partir de los datos obtenidos, desarrollamos una tarea online de identificación categórica de /s/ y /z/ en frases vehículo como “Diga (objetivo) bem”, con el fin de analizar la inteligibilidad atribuida por monolingües de Portugués Brasileño (n = 23). En nuestro análisis de datos, verificamos los datos descriptivos e inferenciales sobre la cantidad de voceo a lo largo de las fricativas y la duración de la vocal anterior utilizando modelos estadísticos de regresión lineal de efectos mixtos. Además, verificamos la inteligibilidad atribuida por brasileños a las producciones de los estudiantes en datos descriptivos e inferenciales utilizando un modelo estadístico de regresión logística de efectos mixtos. Los resultados mostraron que el Grupo Experimental tuvo un aumento en la cantidad de voceo de la fricativa sonora después de la instrucción de pronunciación, mientras que el Grupo Control se mantuvo estable en la misma medida. En relación a la duración de la vocal precedente, los grupos no presentaron cambios significativos. En cuanto al índice de inteligibilidad local, los resultados indican un aumento en la inteligibilidad local de /z/ después de la instrucción de pronunciación, mientras la inteligibilidad de /s/ sufre una disminución. En nuestras conclusiones, entendemos que la instrucción de la pronunciación contribuye a cambios al respecto del grado del voceo en la fricativa, mientras la duración de las vocales se mantuvo estable. Respecto a la inteligibilidad local de /z/, entendemos que la instrucción contribuyó a cambios en esta medida al mismo tiempo que hizo más inestable la inteligibilidad local de /s/. Creemos que los resultados encontrados contribuyeron a la comprensión del papel de la enseñanza de la pronunciación en PLA y corroboran la enseñanza del componente fonético-fonológico desde una visión clara de lengua, así como una concepción de la pronunciación como herramienta para la inteligibilidad en la lengua adicional.application/pdfporLíngua portuguesaLíngua adicionalLingua portuguesa : PronunciaInteligibilidadePronunciation teachingPronunciation in Portuguese as an additional languageProduction in Portuguese as an additional languageLocal intelligibilityEnseñanza de pronunciaciónPronunciación en portugués como lengua adicionalProducción en portugués como lengua adicionalInteligibilidad localInstrução explícita de pronúncia em português como língua adicional para hispanofalantes : efeitos na produção e na inteligibilidade local de /s/ e /z/info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001198917.pdf.txt001198917.pdf.txtExtracted Texttext/plain347895http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/274439/2/001198917.pdf.txtd9ce8a9fb9188908a39bdf615c0933ecMD52ORIGINAL001198917.pdfTexto completoapplication/pdf3044097http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/274439/1/001198917.pdfb2692aa527c4807f8f1305c26f9b5292MD5110183/2744392024-04-11 06:26:11.294265oai:www.lume.ufrgs.br:10183/274439Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-04-11T09:26:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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