Angústia, tempo e transferência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Renata Reis
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/80060
Resumo: Esta dissertação é fruto de uma pesquisa que tem por finalidade interrogar a relação entre a angústia, o tempo e a transferência, a partir dos aportes psicanalíticos. Para tal, parto de uma reflexão acerca da experiência clínica que tive em diferentes instituições públicas, onde as equipes frequentemente deparam-se com uma demanda caracterizada por extrema angústia. Demanda não sem efeitos nas equipes e instituições que, neste contexto, pareciam desafiadas a lançar um olhar crítico sob seu trabalho. Portanto, esta não é apenas uma pesquisa clínica, mas uma pesquisa que interroga a ética e a política do fazer clínico nos diferentes espaços de escuta e de acolhimento do sofrimento mental. Após tecer relações e cortes entre os conceitos de angústia, tempo e transferência, chegamos à construção de uma hipótese sobre posição do analista, na transferência e a composição de um tempo para compreender que possibilite a passagem do sujeito suspenso em urgência à emergência do sujeito do desejo. Trata-se de uma reflexão sobre o que se espera em uma experiência analítica e de que modo ela viabiliza o atravessamento do horror - para o qual a psicanálise não fecha os olhos - e o retorno à condição humana, sabendo que este retorno à vida implica subversivamente a inscrição de uma morte.
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spelling Barros, Renata ReisMoschen, Simone Zanon2013-11-07T01:47:10Z2013http://hdl.handle.net/10183/80060000902544Esta dissertação é fruto de uma pesquisa que tem por finalidade interrogar a relação entre a angústia, o tempo e a transferência, a partir dos aportes psicanalíticos. Para tal, parto de uma reflexão acerca da experiência clínica que tive em diferentes instituições públicas, onde as equipes frequentemente deparam-se com uma demanda caracterizada por extrema angústia. Demanda não sem efeitos nas equipes e instituições que, neste contexto, pareciam desafiadas a lançar um olhar crítico sob seu trabalho. Portanto, esta não é apenas uma pesquisa clínica, mas uma pesquisa que interroga a ética e a política do fazer clínico nos diferentes espaços de escuta e de acolhimento do sofrimento mental. Após tecer relações e cortes entre os conceitos de angústia, tempo e transferência, chegamos à construção de uma hipótese sobre posição do analista, na transferência e a composição de um tempo para compreender que possibilite a passagem do sujeito suspenso em urgência à emergência do sujeito do desejo. Trata-se de uma reflexão sobre o que se espera em uma experiência analítica e de que modo ela viabiliza o atravessamento do horror - para o qual a psicanálise não fecha os olhos - e o retorno à condição humana, sabendo que este retorno à vida implica subversivamente a inscrição de uma morte.This thesis is the result of a research that aims to examine the relationship between anguish, time and transference from the standpoint of the psychoanalytic contributions. In such purpose it starts with interrogations arising from the author’s clinical experience in different public institutions, in which teams were often faced with a demand distinguished by extreme anguish. A demand not without effects on such teams and institutions, which, seemed challenged to cast a critical eye on their work. Therefore, this research not only is a clinical one, but also interrogates the ethics and politics of clinical practice in different mental health care settings. After weaving links and ruptures between the concepts of anguish, time and transference we come to the construction of a hypothesis about the position of the analyst in the transference and the composition of a time to comprehend that allows the passage of the subject suspended in urgency to the emergence of the subject of desire. This is a meditation on the expectations from an analytic experience and the way it enables the crossing of horror — for which psychoanalysis does not close its eyes — and the return to the human condition, knowing that such return to life subversively implies the inscription of a death.application/pdfporTransferenciaÉticaAngústiaPsicologia clínicaAnguishLogical timeTransferencePsychoanalysisObject aAngústia, tempo e transferênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e InstitucionalPorto Alegre, BR-RS2013mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000902544.pdf.txt000902544.pdf.txtExtracted Texttext/plain346409http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/80060/2/000902544.pdf.txtf2452b9978d620bc3ee480ebc2f8ea29MD52ORIGINAL000902544.pdf000902544.pdfTexto completoapplication/pdf1657592http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/80060/1/000902544.pdfefe09869cd6880aae150719b1f158518MD51THUMBNAIL000902544.pdf.jpg000902544.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1031http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/80060/3/000902544.pdf.jpg14d8eda1905ebf9be642d5a2982d0ab3MD5310183/800602018-10-18 07:42:50.38oai:www.lume.ufrgs.br:10183/80060Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:42:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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