Corpo a dançar : entre educação e criação de corpos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/106500 |
Resumo: | Essa pesquisa se desenvolve no campo da Educação atravessada pela dança na perspectiva Pós-Estruturalista, com as filosofias da diferença de Gilles Deleuze e Michel Foucault. Com isso, trato de um movimento infinito que pode se dar entre a educação e criação de corpos para a constituição de si, como possibilidade de educar a si mesmo nos instantes de uma vida dançante. Tendo como problema: Como viver a constituição de diferentes intensidades corpóreas, em uma materialidade corporal, quando muito do que se aprende é para se tornar um corpo fixo, estável, docilizado para determinadas práticas, representações no pensamento? A partir disso se traçou o objetivo de compor o conceito “corpo a dançar”, para dar conta de questões que emergem entre a educação e criação de corpos, entre sujeitos e subjetivações, entre mensuráveis e imensuráveis, entre representações e acontecimentos... A escolha dos autores se deu por buscar em Michel Foucault, o corpo como superfície de inscrição dos acontecimentos, e também um corpo docilizado por diferentes práticas, para assim tratar de uma experiência de si. Com Gilles Deleuze, busco o acontecimento como resultante dos corpos e de suas ações, aquele que força a pensar nos encontros que se dão nos “entres” - criação. Os conceitos utilizados mais operantes são “Criação” e “Entre”, de Deleuze, ambos atravessados pelos conceitos: acontecimento, devir, pensar, imaginação, encontro, multiplicidade... Utilizei o que chamo de Método Coreográfico, que é desenvolvido no campo da dança, de modo singular por cada coreógrafo. Para isso coreografo intercessores que no encontro com o pensamento colocam este a pensar, constituindo um texto coreografia. Os intercessores são: 1) Ação dançante: “Não venha me assistir”; 2) A dança como possibilidade de pensar movimentos (texto criado para essa dissertação); 3) O conceito de experiência de si, de Foucault; 4) Os conceitos Criação e Acontecimento, de Deleuze; 5) A obra “Empirismo e Subjetividade: Ensaio sobre a natureza humana segundo Hume”, de Deleuze (com o “entre” e o “encontro”); 6) O conceito de Conceito e Plano de Imanência, da obra “O que é Filosofia”, de Deleuze e Félix Guatarri; 7) Corpo Serial, de Sanchotene; 8) A Educação como modo de docilização dos corpos e, também, como as possibilidades de criação, problematizando o corpo que se torna e o corpo que se vem a ser. Com isso é possível dizer que o “corpo a dançar” não é visível, palpável, quantificável, identificável, não se pode classificá-lo, representá-lo, aprendê-lo. O “corpo a dançar” não acaba com a educação de corpos, pois é nos próprios corpos educados que os encontros, o ato de pensar, o acontecimento, o movimento produzem vazamentos... Essas são algumas condições em que o “corpo a dançar” pode se dar como acontecimento. O que se pode afirmar é que ele se dá no “entre”, como condição para o vir a ser de muitos corpos, para a criação, para produzir diferença, para manter o movimento infinito, para colocar o pensamento a dançar, seja no campo da educação ou no campo da dança. Sendo um corpo de e, e, e, e... |
id |
URGS_f3ec027f6ec19d4b1a33c3907da8c79f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/106500 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Ferraz, WagnerLópez Bello, Samuel Edmundo2014-11-08T02:13:59Z2014http://hdl.handle.net/10183/106500000941967Essa pesquisa se desenvolve no campo da Educação atravessada pela dança na perspectiva Pós-Estruturalista, com as filosofias da diferença de Gilles Deleuze e Michel Foucault. Com isso, trato de um movimento infinito que pode se dar entre a educação e criação de corpos para a constituição de si, como possibilidade de educar a si mesmo nos instantes de uma vida dançante. Tendo como problema: Como viver a constituição de diferentes intensidades corpóreas, em uma materialidade corporal, quando muito do que se aprende é para se tornar um corpo fixo, estável, docilizado para determinadas práticas, representações no pensamento? A partir disso se traçou o objetivo de compor o conceito “corpo a dançar”, para dar conta de questões que emergem entre a educação e criação de corpos, entre sujeitos e subjetivações, entre mensuráveis e imensuráveis, entre representações e acontecimentos... A escolha dos autores se deu por buscar em Michel Foucault, o corpo como superfície de inscrição dos acontecimentos, e também um corpo docilizado por diferentes práticas, para assim tratar de uma experiência de si. Com Gilles Deleuze, busco o acontecimento como resultante dos corpos e de suas ações, aquele que força a pensar nos encontros que se dão nos “entres” - criação. Os conceitos utilizados mais operantes são “Criação” e “Entre”, de Deleuze, ambos atravessados pelos conceitos: acontecimento, devir, pensar, imaginação, encontro, multiplicidade... Utilizei o que chamo de Método Coreográfico, que é desenvolvido no campo da dança, de modo singular por cada coreógrafo. Para isso coreografo intercessores que no encontro com o pensamento colocam este a pensar, constituindo um texto coreografia. Os intercessores são: 1) Ação dançante: “Não venha me assistir”; 2) A dança como possibilidade de pensar movimentos (texto criado para essa dissertação); 3) O conceito de experiência de si, de Foucault; 4) Os conceitos Criação e Acontecimento, de Deleuze; 5) A obra “Empirismo e Subjetividade: Ensaio sobre a natureza humana segundo Hume”, de Deleuze (com o “entre” e o “encontro”); 6) O conceito de Conceito e Plano de Imanência, da obra “O que é Filosofia”, de Deleuze e Félix Guatarri; 7) Corpo Serial, de Sanchotene; 8) A Educação como modo de docilização dos corpos e, também, como as possibilidades de criação, problematizando o corpo que se torna e o corpo que se vem a ser. Com isso é possível dizer que o “corpo a dançar” não é visível, palpável, quantificável, identificável, não se pode classificá-lo, representá-lo, aprendê-lo. O “corpo a dançar” não acaba com a educação de corpos, pois é nos próprios corpos educados que os encontros, o ato de pensar, o acontecimento, o movimento produzem vazamentos... Essas são algumas condições em que o “corpo a dançar” pode se dar como acontecimento. O que se pode afirmar é que ele se dá no “entre”, como condição para o vir a ser de muitos corpos, para a criação, para produzir diferença, para manter o movimento infinito, para colocar o pensamento a dançar, seja no campo da educação ou no campo da dança. Sendo um corpo de e, e, e, e...This research develops in the field of Education traversed by dancing in Post-structuralist perspective, the difference with the philosophies of Gilles Deleuze and Michel Foucault. Thus, an infinite deal of movement that can occur between education and creation of bodies to constitute itself as a possibility to educate yourself in the moment of a dancing life. Having such problem: How to live the constitution of different bodily intensities in a bodily materiality, when much of what we learn is to become a stable, fixed body docile for certain practices, representations in thought? From there, outlined the purpose of composing the concept “body dancing”, to account for issues that emerge between education and creation of bodies between subjects and subjectivities, between measurable and immeasurable, between representations and events ... A choice was made by the authors seek to Michel Foucault, the body as a surface of inscription of events, and also a docile body by different practices, so as to deal with an experience of itself. Gilles Deleuze, seek the event as a result of the bodies and their actions, one that forces you to think in the meetings that take place in “between” - creation. The concepts used are more coherent, “Creation” and “Between”, Deleuze, both crossed by concepts: event, becoming, thinking, imagination, meeting, multitude ... I used what I call Choreographic Method, which is developed in the field of dance in a unique way by each choreographer. For this choreographer intercessors that the meeting with the thought put this thinking, constituting a choreography text. Intercessors are: 1) Action danceable “Do not come watch me”; 2) The ability to think like dance movements (text created for this dissertation); 3) The concept of experience itself, of Foucault; 4) Creation and The Happening, Deleuze’s concepts; 5) The work “Empiricism and Subjectivity: An Essay on human nature Hume”, Deleuze (to think the “between” and “meeting”); 6) The concept of Concept Plan and Immanence, the book “What is Philosophy” Deleuze and Félix Guattari; 7) Serial Corps of Sanchotene; 8) Education as a way of docile bodies and also the possibilities for creating, discussing the body and becomes the body that comes into being. With this it is possible to say that the “body dancing” is not visible, tangible, quantifiable, identifiable, one can not classify it, represent it, learn it. The “dancing body” does not end with education bodies, because it is in their own bodies educated that the meetings, the act of thinking, the event, the motion produce leaks ... These are some conditions in which the “body dancing “event as it can go. What can be said is that it gives the “between”, as a condition to become many bodies, to create, to produce difference, to keep the infinite movement, to put thought to dance, both in the field education or in the field of dance. As a body of e, e, e, e ...application/pdfporCorpoFilosofia da diferençaDançaCriaçãoBodyPhilosophies of differenceDanceCreationEducationCorpo a dançar : entre educação e criação de corposinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000941967.pdf000941967.pdfTexto completoapplication/pdf1762355http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106500/1/000941967.pdff39c6f9dc2562cae5831f64f48397854MD51TEXT000941967.pdf.txt000941967.pdf.txtExtracted Texttext/plain380216http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106500/2/000941967.pdf.txt9c06c89c4af37f868d44b688e2926984MD52THUMBNAIL000941967.pdf.jpg000941967.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2715http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106500/3/000941967.pdf.jpg35b6dc054cd2bccf8bd6084d08e357daMD5310183/1065002018-10-19 10:31:57.631oai:www.lume.ufrgs.br:10183/106500Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-19T13:31:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Corpo a dançar : entre educação e criação de corpos |
title |
Corpo a dançar : entre educação e criação de corpos |
spellingShingle |
Corpo a dançar : entre educação e criação de corpos Ferraz, Wagner Corpo Filosofia da diferença Dança Criação Body Philosophies of difference Dance Creation Education |
title_short |
Corpo a dançar : entre educação e criação de corpos |
title_full |
Corpo a dançar : entre educação e criação de corpos |
title_fullStr |
Corpo a dançar : entre educação e criação de corpos |
title_full_unstemmed |
Corpo a dançar : entre educação e criação de corpos |
title_sort |
Corpo a dançar : entre educação e criação de corpos |
author |
Ferraz, Wagner |
author_facet |
Ferraz, Wagner |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferraz, Wagner |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
López Bello, Samuel Edmundo |
contributor_str_mv |
López Bello, Samuel Edmundo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Corpo Filosofia da diferença Dança Criação |
topic |
Corpo Filosofia da diferença Dança Criação Body Philosophies of difference Dance Creation Education |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Body Philosophies of difference Dance Creation Education |
description |
Essa pesquisa se desenvolve no campo da Educação atravessada pela dança na perspectiva Pós-Estruturalista, com as filosofias da diferença de Gilles Deleuze e Michel Foucault. Com isso, trato de um movimento infinito que pode se dar entre a educação e criação de corpos para a constituição de si, como possibilidade de educar a si mesmo nos instantes de uma vida dançante. Tendo como problema: Como viver a constituição de diferentes intensidades corpóreas, em uma materialidade corporal, quando muito do que se aprende é para se tornar um corpo fixo, estável, docilizado para determinadas práticas, representações no pensamento? A partir disso se traçou o objetivo de compor o conceito “corpo a dançar”, para dar conta de questões que emergem entre a educação e criação de corpos, entre sujeitos e subjetivações, entre mensuráveis e imensuráveis, entre representações e acontecimentos... A escolha dos autores se deu por buscar em Michel Foucault, o corpo como superfície de inscrição dos acontecimentos, e também um corpo docilizado por diferentes práticas, para assim tratar de uma experiência de si. Com Gilles Deleuze, busco o acontecimento como resultante dos corpos e de suas ações, aquele que força a pensar nos encontros que se dão nos “entres” - criação. Os conceitos utilizados mais operantes são “Criação” e “Entre”, de Deleuze, ambos atravessados pelos conceitos: acontecimento, devir, pensar, imaginação, encontro, multiplicidade... Utilizei o que chamo de Método Coreográfico, que é desenvolvido no campo da dança, de modo singular por cada coreógrafo. Para isso coreografo intercessores que no encontro com o pensamento colocam este a pensar, constituindo um texto coreografia. Os intercessores são: 1) Ação dançante: “Não venha me assistir”; 2) A dança como possibilidade de pensar movimentos (texto criado para essa dissertação); 3) O conceito de experiência de si, de Foucault; 4) Os conceitos Criação e Acontecimento, de Deleuze; 5) A obra “Empirismo e Subjetividade: Ensaio sobre a natureza humana segundo Hume”, de Deleuze (com o “entre” e o “encontro”); 6) O conceito de Conceito e Plano de Imanência, da obra “O que é Filosofia”, de Deleuze e Félix Guatarri; 7) Corpo Serial, de Sanchotene; 8) A Educação como modo de docilização dos corpos e, também, como as possibilidades de criação, problematizando o corpo que se torna e o corpo que se vem a ser. Com isso é possível dizer que o “corpo a dançar” não é visível, palpável, quantificável, identificável, não se pode classificá-lo, representá-lo, aprendê-lo. O “corpo a dançar” não acaba com a educação de corpos, pois é nos próprios corpos educados que os encontros, o ato de pensar, o acontecimento, o movimento produzem vazamentos... Essas são algumas condições em que o “corpo a dançar” pode se dar como acontecimento. O que se pode afirmar é que ele se dá no “entre”, como condição para o vir a ser de muitos corpos, para a criação, para produzir diferença, para manter o movimento infinito, para colocar o pensamento a dançar, seja no campo da educação ou no campo da dança. Sendo um corpo de e, e, e, e... |
publishDate |
2014 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-11-08T02:13:59Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/106500 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000941967 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/106500 |
identifier_str_mv |
000941967 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106500/1/000941967.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106500/2/000941967.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106500/3/000941967.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f39c6f9dc2562cae5831f64f48397854 9c06c89c4af37f868d44b688e2926984 35b6dc054cd2bccf8bd6084d08e357da |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085304918343680 |