Escritas amefricanizadas de si na dança : masculinidades negras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/276579 |
Resumo: | Esta tese investiga as experiências de vida e de profissão de três artistas negros da dança: Rui Moreira, Rubens Oliveira e Jackson Conceição (FlowJack), a partir do olhar do autor, um bailarino negro brasileiro numa perspectiva amefricana. A investigação perpassa sua experiência profissional no campo da dança, compreendendo-a como uma ruptura de paradigmas em relação ao padrão hegemônico de masculinidade patriarcal e à visão estereotipada de homem negro, convencionada por uma sociedade estruturalmente racista e machista. O estudo tem como objetivo pesquisar artistas da dança brasileiros da diáspora negra e tecer relações nesse sentido, na busca de ressignificar, atualizar e compreender certos conhecimentos e saberes da diáspora Atlântica. A base teórica compõe-se por autores e autoras, na sua maior parte, negros e negras, com o propósito de evidenciar epistemologias não consideradas pelo pensamento dominante, em que são mobilizados os conceitos de negritude, racismo, apagamento, africanidades, colonialidade, decolonialidade e diáspora. Entre eles, no âmbito das artes cênicas, destacam-se Abdias Nascimento (2006), Amélia Conrado (2006, 2017) e Leda Maria Martins (2021). A tese apresenta três estudos de caso, com os respectivos artistas, em que o conceito de Escrevivência, de Conceição Evaristo (1946-), e a categoria de Amefricanidade, de Lélia Gonzalez (1935-1994), ampliam os entendimentos de mundo relativos aos modos de vida desses homens negros a partir de análises de entrevistas narrativas. Nas análises dessas interlocuções, evidenciou-se o fracasso desses homens negros ao projeto político orquestrado para tais sujeitos impostos pela hegemonia branca patriarcal. Dançar para produzir vida, para celebrar a existência, para contrapor-se às formas de submissão subverte as estatísticas do genocídio a essas pessoas. Este trabalho mostra que o encantamento, gerado pelos artistas em discussão, suplanta o veneno do colonialismo para criar outras possibilidades de viver. |
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Tavares, Luciano CorreaSilva, Suzane Weber da2024-07-19T06:22:51Z2024http://hdl.handle.net/10183/276579001206860Esta tese investiga as experiências de vida e de profissão de três artistas negros da dança: Rui Moreira, Rubens Oliveira e Jackson Conceição (FlowJack), a partir do olhar do autor, um bailarino negro brasileiro numa perspectiva amefricana. A investigação perpassa sua experiência profissional no campo da dança, compreendendo-a como uma ruptura de paradigmas em relação ao padrão hegemônico de masculinidade patriarcal e à visão estereotipada de homem negro, convencionada por uma sociedade estruturalmente racista e machista. O estudo tem como objetivo pesquisar artistas da dança brasileiros da diáspora negra e tecer relações nesse sentido, na busca de ressignificar, atualizar e compreender certos conhecimentos e saberes da diáspora Atlântica. A base teórica compõe-se por autores e autoras, na sua maior parte, negros e negras, com o propósito de evidenciar epistemologias não consideradas pelo pensamento dominante, em que são mobilizados os conceitos de negritude, racismo, apagamento, africanidades, colonialidade, decolonialidade e diáspora. Entre eles, no âmbito das artes cênicas, destacam-se Abdias Nascimento (2006), Amélia Conrado (2006, 2017) e Leda Maria Martins (2021). A tese apresenta três estudos de caso, com os respectivos artistas, em que o conceito de Escrevivência, de Conceição Evaristo (1946-), e a categoria de Amefricanidade, de Lélia Gonzalez (1935-1994), ampliam os entendimentos de mundo relativos aos modos de vida desses homens negros a partir de análises de entrevistas narrativas. Nas análises dessas interlocuções, evidenciou-se o fracasso desses homens negros ao projeto político orquestrado para tais sujeitos impostos pela hegemonia branca patriarcal. Dançar para produzir vida, para celebrar a existência, para contrapor-se às formas de submissão subverte as estatísticas do genocídio a essas pessoas. Este trabalho mostra que o encantamento, gerado pelos artistas em discussão, suplanta o veneno do colonialismo para criar outras possibilidades de viver.This thesis investigates the life and professional experiences of three black dance artists: Rui Moreira, Rubens Oliveira and Jackson Conceição (FlowJack), from the perspective of the author, a black Brazilian dancer from an Amefrican perspective. The investigation permeates his professional experience in the field of dance, understanding it as a paradigm shift in relation to the hegemonic pattern of patriarchal masculinity and the stereotypical view of black men, agreed upon by a structurally racist and sexist society. The study aims to research Brazilian dance artists from the black diaspora and weave relationships in this sense, in the search to re-signify, update and understand certain knowledge and wisdom from the Atlantic diaspora. The theoretical base is made up of authors, mostly black, with the purpose of highlighting epistemologies not considered by dominant thought in which the concepts of blackness, racism, erasure, Africanities, coloniality, decoloniality and diaspora are mobilized. Among then, whitin the escope of performing arts, Abdias Nascimento (2006), Amélia Conrado (2006, 2017) and Leda Maria Martins (2021). The thesis presents three case studies with the respective artists in which the concepts of Escrevivencia, by Conceição Evaristo (1946-) and the category of Amefricanity, by Lélia Gonzalez (1935-1994), expand the understanding of the world related to ways of life of these black men based on analysis of narrative interviews. In the analyzes of these interlocutions, the failure of these black men to the political project orchestrated for such subjects imposed by patriarchal white hegemony was evident. Dancing to produce life, to celebrate existence, to oppose forms of submission subverts the statistics of genocide against these people. This research shows that the enchantment generated by the artists, under discussion, supplants the poison of colonialism to create other possibilities of living.Esta tesis investiga la vida y las experiencias profesionales de tres artistas de danza negros: Rui Moreira, Rubens Oliveira y Jackson Conceição (FlowJack), desde la perspectiva del autor, un bailarín negro brasileño desde una perspectiva amefricana. La investigación permea su experiencia profesional en el campo de la danza, entendiéndola como un cambio de paradigma en relación al patrón hegemónico de masculinidad patriarcal y la visión estereotipada del hombre negro, consensuada por una sociedad estructuralmente racista y machista. El estudio tiene como objetivo investigar a los artistas de danza brasileños de la diáspora negra y tejer relaciones en ese sentido, en la búsqueda de resignificar, actualizar y comprender ciertos conocimientos y saberes de la diáspora atlántica. La base teórica está conformada por autores y autoras, en su mayoría negros, con el propósito de resaltar epistemologías no consideradas por el pensamiento dominante en las que se movilizan los conceptos de negritud, racismo, borramiento, africanidades, colonialidad, decolonialidad y diáspora. Entre ellos, em él ámbito de las artes escénicas, resaltase Abdias Nascimento (2006), Amélia Conrado (2006, 2017) e Leda Maria Martins (2021). La tesis presenta tres estudios de caso con los respectivos artistas en que lo concepto de Escrevivência, de Conceição Evaristo (1946-) y la categoría de Amafricanidad, de Lélia González (1935-1994), amplían la comprensión del mundo relacionado con los modos de vida de estos hombres negros a partir del análisis de entrevistas narrativas. En los análisis de esas interlocuciones se queda evidente el fracaso de esos hombres negros al proyecto político orquestado para tales sujetos impuesto por la hegemonía branca patriarcal. Danzar para producir vida, para celebrar la existencia, para oponerse a las formas de sumisión cambia drásticamente las estadísticas de genocidio a esas personas. Este trabajo enseña el encantamiento, generado por los artistas en cuestión, sustituir el veneno del colonialismo para criar otras posibilidades de vivir.application/pdfporDançaGêneroMasculinidadeAmefricanidadeEscrevivênciaDanceGenderBlack masculinitiesAmefricanityEscrevivenciaDanzaGéneroMasculinidades negrasAmefricanidadEscrevivênciaEscritas amefricanizadas de si na dança : masculinidades negrasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de ArtesPrograma de Pós-Graduação em Artes CênicasPorto Alegre, BR-RS2024doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001206860.pdf.txt001206860.pdf.txtExtracted Texttext/plain570826http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276579/2/001206860.pdf.txtcb35e5a6b630a03505152167b57d0b3aMD52ORIGINAL001206860.pdfTexto completoapplication/pdf16336937http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276579/1/001206860.pdf5b19778fe8f9684cf09369ec6a0911e1MD5110183/2765792024-09-26 06:37:42.137689oai:www.lume.ufrgs.br:10183/276579Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-09-26T09:37:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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