Aplicação da espectrometria de massas de alta resolução na determinação de compostos fenólicos extraíveis e não extraíveis do araçá-piranga (eugenia multicostata) e da pixirica (leandra leavigata)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/202043 |
Resumo: | Muitas pesquisas foram realizadas nas últimas décadas com o objetivo de compreender o papel dos compostos fenólicos (CF) sobre a saúde humana, porém tendo duas limitações recorrentes: (1°) análise somente dos CF extraíveis; (2°) limitada aplicação da espectrometria de massas de alta resolução (HRMS). Com o objetivo de superar tais limitações, nesse trabalho a composição dos compostos fenólicos extraíveis (FE) e não extraíveis (FNE) de duas frutas nativas brasileiras (araçá-piranga e pixirica) foi determinada pela aplicação da HRMS associada ao uso do software SIRIUS 4.0.1.Foram identificados 25 CF na FE e 25 CF na FNE do araçá-piranga, e 35 CF na FE e 22 na FNE da pixirica. O composto majoritário da fração FE do araçá-piraga foi o ácido 1,3,4-tri-galoilquínico (2325,0 ± 49,3 μg g-1 de fruta liofilizada) e da fração FNE foi o ácido 3-O-metil-gálico (927,1 ± 4,2 μg g-1 de fruta liofilizada). O composto majoritário da fração FE da pixirica foi o bergapteno (767,6 ± 63,2 μg g-1 de fruta liofilizada) e da fração FNE foi o ácido elágico (533,8 ± 3,9 μg g-1 de fruta liofilizada) (continua). Quanto a capacidade em desativar o ROO• do araçá-piranga os valores para as frações FE e FNE foram respectivamente 644,2 ± 5,9 e 323,4 ± 4,4 μmol Trolox g-1 de extrato liofilizado, enquanto para a FE e FNE da pixirica os valores foram respectivamente 310,8 ± 2,1 e 551,4 ± 13,8 μmol Trolox g-1 de extrato liofilizado. Os resultados deste trabalho indicam que a fração FNE possui uma parcela significativa dos compostos fenólicos presentes nas frutas araçá-piranga e pixirica. Além disso, os dados deste trabalho confirmam que a espectrometria de massas de alta resolução associada à bioinformática pode representar uma ferramenta poderosa no estudo dos CF de alimentos. |
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Alves, Lucas TeixeiraRodrigues, EliseuManfroi, Vitor2019-11-26T03:53:31Z2019http://hdl.handle.net/10183/202043001107230Muitas pesquisas foram realizadas nas últimas décadas com o objetivo de compreender o papel dos compostos fenólicos (CF) sobre a saúde humana, porém tendo duas limitações recorrentes: (1°) análise somente dos CF extraíveis; (2°) limitada aplicação da espectrometria de massas de alta resolução (HRMS). Com o objetivo de superar tais limitações, nesse trabalho a composição dos compostos fenólicos extraíveis (FE) e não extraíveis (FNE) de duas frutas nativas brasileiras (araçá-piranga e pixirica) foi determinada pela aplicação da HRMS associada ao uso do software SIRIUS 4.0.1.Foram identificados 25 CF na FE e 25 CF na FNE do araçá-piranga, e 35 CF na FE e 22 na FNE da pixirica. O composto majoritário da fração FE do araçá-piraga foi o ácido 1,3,4-tri-galoilquínico (2325,0 ± 49,3 μg g-1 de fruta liofilizada) e da fração FNE foi o ácido 3-O-metil-gálico (927,1 ± 4,2 μg g-1 de fruta liofilizada). O composto majoritário da fração FE da pixirica foi o bergapteno (767,6 ± 63,2 μg g-1 de fruta liofilizada) e da fração FNE foi o ácido elágico (533,8 ± 3,9 μg g-1 de fruta liofilizada) (continua). Quanto a capacidade em desativar o ROO• do araçá-piranga os valores para as frações FE e FNE foram respectivamente 644,2 ± 5,9 e 323,4 ± 4,4 μmol Trolox g-1 de extrato liofilizado, enquanto para a FE e FNE da pixirica os valores foram respectivamente 310,8 ± 2,1 e 551,4 ± 13,8 μmol Trolox g-1 de extrato liofilizado. Os resultados deste trabalho indicam que a fração FNE possui uma parcela significativa dos compostos fenólicos presentes nas frutas araçá-piranga e pixirica. Além disso, os dados deste trabalho confirmam que a espectrometria de massas de alta resolução associada à bioinformática pode representar uma ferramenta poderosa no estudo dos CF de alimentos.Many studies have been carried out in the last decades in order to understand the role of phenolic compounds (CF) on human health, but have two recurrent limitations: (1) analysis only of extractable CF; (2nd) limited application of high-resolution mass spectrometry (HRMS). In order to overcome these limitations, the composition of extractable (FE) and non-extractable phenolic compounds (FNE) of two Brazilian native fruits (araçá-piranga and pixirica) was determined by HRMS application associated to the use of SIRIUS 4.0 software .1. 25 CF in FE and 25 CF in FNE of araçá-piranga, and 35 CF in FE and 22 in FNE of the pixirica were identified. The major compound of the FA fraction of araça-piranga was 1,3,4-tri-galoylquinic acid (2325.0 ± 49.3 μg g -1 lyophilized fruit) and the FNE fraction was 3-O-methyl (927.1 ± 4.2 μg g -1 lyophilized fruit) (continue). The major compound of the FE fraction of the pixirica was bergapten (767.6 ±63.2μg g-1 oflyophilized fruit) and the FNE fraction wasellagic acid (533.8 ±3.9 μg g -1 of lyophilized fruit ). Asforthe ability to deactivate theROO • of the araçá-piranga the values for the FEand FNE fractions wererespectively 644.2 ± 5.9 and 323.4 ± 4.4 μmol Trolox g-1 of lyophilized extract,while for FE and FNEof the pixirica the values were respectively 310.8 ± 2.1 and 551.4 ± 13.8 μmolTrolox g-1 of lyophilized extract. The resultsof thiswork indicatethat the FNEfraction has a significant portion of the phenolic compounds present in araçá-piranga and pixirica fruits. In addition, the data of this work confirm that the high-resolution mass spectrometry associated with bioinformatics may represent a powerful tool in the study of CF foods.application/pdfporEspectrometria de massaComposto fenólicoFruta silvestrebioactive compoundsbioinformaticsfruitsantioxidantsAplicação da espectrometria de massas de alta resolução na determinação de compostos fenólicos extraíveis e não extraíveis do araçá-piranga (eugenia multicostata) e da pixirica (leandra leavigata)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências e Tecnologia de AlimentosPrograma de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de AlimentosPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001107230.pdf.txt001107230.pdf.txtExtracted Texttext/plain189214http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202043/2/001107230.pdf.txt3da97b391e11243295ce6dac5b9f6250MD52ORIGINAL001107230.pdfTexto completoapplication/pdf2588184http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202043/1/001107230.pdfe442d3ac06b46d3ff9fd80e786da810cMD5110183/2020432019-11-27 05:01:54.944533oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202043Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-11-27T07:01:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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