CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOUR
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Língua & Literatura (Online) |
Texto Completo: | http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/3808 |
Resumo: | Este estudo aborda as relações entre cultura, minorias sociais e educação com base na reflexão sobre a exploração do cinema na sala de aula. O estudo parte do pressuposto de que a obra cinematográfica não deve ser usada como instrumento para discussão temática, mas deve ser apreciada, tendo-se em vista seu potencial estético e crítico. Dessa forma, propõe uma leitura da narrativa Mary Shelley, de Haifaa al-Mansour, lançada em 2017, com o objetivo de discutir os elementos estéticos e formais da película e como eles são explorados para abordar a desigualdade de gênero, no contexto do século XIX, na Europa, mas especificamente a forma como a obra retrata, em termos de representação, a opressão feminina. Por meio da caracterização dos personagens da narrativa, o filme reconstrói o universo de exploração feminina e a luta das mulheres por espaço e reconhecimento, o que permite que a abordagem da história fictícia seja ampliada para a reflexão sobre as minorias sociais representadas por mulheres abastadas do ponto de vista econômico, mas silenciadas do ponto de vista social. No entanto, o potencial do filme extrapola o universo temático por desenvolver uma técnica de linguagem que mescla perspectiva conteudista à artística, o que é revelado pelas escolhas de figurino, trilha sonora e enquadramento de cena, por exemplo. São esses recursos estéticos que podem possibilitar uma leitura da obra fílmica, acentuando-se o que é inerente à formação do leitor do texto cinematográfico, a saber, a identificação de elementos estéticos que singularizam a obra. Nesse sentido, ao analisar o filme, tendo-se recorrido a estudos de Carlos Gerbase, Cíntia Schwantes, Ismail Xavier, Marcel Martin, entre outros autores. Ao desenvolver a investigação, pode-se constatar que a narrativa cinematográfica de Haifaa al-Mansour, não deve ser tratada no ambiente de formação acadêmica ou escolar como um texto que propicia discussão sobre gênero e desvalorização da mulher, mas como uma obra que equilibra elementos estéticos que ampliam o potencial crítico do tema, acenando para a relevância de se propor, no cenário da educação atual, possibilidades de ampliação do horizonte formativo, o que inclui a alfabetização visual e a competência para a compreensão da narrativa fílmica. |
id |
URI-2_db08dda9e53a8cb3c0b01465228bd3be |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.200.203.105.109:article/3808 |
network_acronym_str |
URI-2 |
network_name_str |
Revista Língua & Literatura (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOURcinema; educação; mulher; Mary Shelley.Este estudo aborda as relações entre cultura, minorias sociais e educação com base na reflexão sobre a exploração do cinema na sala de aula. O estudo parte do pressuposto de que a obra cinematográfica não deve ser usada como instrumento para discussão temática, mas deve ser apreciada, tendo-se em vista seu potencial estético e crítico. Dessa forma, propõe uma leitura da narrativa Mary Shelley, de Haifaa al-Mansour, lançada em 2017, com o objetivo de discutir os elementos estéticos e formais da película e como eles são explorados para abordar a desigualdade de gênero, no contexto do século XIX, na Europa, mas especificamente a forma como a obra retrata, em termos de representação, a opressão feminina. Por meio da caracterização dos personagens da narrativa, o filme reconstrói o universo de exploração feminina e a luta das mulheres por espaço e reconhecimento, o que permite que a abordagem da história fictícia seja ampliada para a reflexão sobre as minorias sociais representadas por mulheres abastadas do ponto de vista econômico, mas silenciadas do ponto de vista social. No entanto, o potencial do filme extrapola o universo temático por desenvolver uma técnica de linguagem que mescla perspectiva conteudista à artística, o que é revelado pelas escolhas de figurino, trilha sonora e enquadramento de cena, por exemplo. São esses recursos estéticos que podem possibilitar uma leitura da obra fílmica, acentuando-se o que é inerente à formação do leitor do texto cinematográfico, a saber, a identificação de elementos estéticos que singularizam a obra. Nesse sentido, ao analisar o filme, tendo-se recorrido a estudos de Carlos Gerbase, Cíntia Schwantes, Ismail Xavier, Marcel Martin, entre outros autores. Ao desenvolver a investigação, pode-se constatar que a narrativa cinematográfica de Haifaa al-Mansour, não deve ser tratada no ambiente de formação acadêmica ou escolar como um texto que propicia discussão sobre gênero e desvalorização da mulher, mas como uma obra que equilibra elementos estéticos que ampliam o potencial crítico do tema, acenando para a relevância de se propor, no cenário da educação atual, possibilidades de ampliação do horizonte formativo, o que inclui a alfabetização visual e a competência para a compreensão da narrativa fílmica.Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das MissõesFeron, TuaniPorto, Luana Teixeira2021-02-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/3808Revista Língua&Literatura; v. 22, n. 40 (2020): LEITURA LITERÁRIA E ENSINO DE LITERATURA; 163-179Revista Língua&Literatura; v. 22, n. 40 (2020): LEITURA LITERÁRIA E ENSINO DE LITERATURA; 163-1791984-381x1415-8817reponame:Revista Língua & Literatura (Online)instname:Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)instacron:URIporhttp://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/3808/3043Direitos autorais 2021 Revista Língua&Literaturainfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-02-25T13:27:43Zoai:ojs.200.203.105.109:article/3808Revistahttp://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteraturaPUBhttp://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/oailinguaeliteratura@uri.edu.br||fachel@uri.edu.br1984-381X1415-8817opendoar:2021-02-25T13:27:43Revista Língua & Literatura (Online) - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOUR |
title |
CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOUR |
spellingShingle |
CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOUR Feron, Tuani cinema; educação; mulher; Mary Shelley. |
title_short |
CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOUR |
title_full |
CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOUR |
title_fullStr |
CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOUR |
title_full_unstemmed |
CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOUR |
title_sort |
CINEMA E EDUCAÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER OPRIMIDA EM MARY SHELLEY, DE HAIFAA AL-MANSOUR |
author |
Feron, Tuani |
author_facet |
Feron, Tuani Porto, Luana Teixeira |
author_role |
author |
author2 |
Porto, Luana Teixeira |
author2_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Feron, Tuani Porto, Luana Teixeira |
dc.subject.none.fl_str_mv |
|
dc.subject.por.fl_str_mv |
cinema; educação; mulher; Mary Shelley. |
topic |
cinema; educação; mulher; Mary Shelley. |
description |
Este estudo aborda as relações entre cultura, minorias sociais e educação com base na reflexão sobre a exploração do cinema na sala de aula. O estudo parte do pressuposto de que a obra cinematográfica não deve ser usada como instrumento para discussão temática, mas deve ser apreciada, tendo-se em vista seu potencial estético e crítico. Dessa forma, propõe uma leitura da narrativa Mary Shelley, de Haifaa al-Mansour, lançada em 2017, com o objetivo de discutir os elementos estéticos e formais da película e como eles são explorados para abordar a desigualdade de gênero, no contexto do século XIX, na Europa, mas especificamente a forma como a obra retrata, em termos de representação, a opressão feminina. Por meio da caracterização dos personagens da narrativa, o filme reconstrói o universo de exploração feminina e a luta das mulheres por espaço e reconhecimento, o que permite que a abordagem da história fictícia seja ampliada para a reflexão sobre as minorias sociais representadas por mulheres abastadas do ponto de vista econômico, mas silenciadas do ponto de vista social. No entanto, o potencial do filme extrapola o universo temático por desenvolver uma técnica de linguagem que mescla perspectiva conteudista à artística, o que é revelado pelas escolhas de figurino, trilha sonora e enquadramento de cena, por exemplo. São esses recursos estéticos que podem possibilitar uma leitura da obra fílmica, acentuando-se o que é inerente à formação do leitor do texto cinematográfico, a saber, a identificação de elementos estéticos que singularizam a obra. Nesse sentido, ao analisar o filme, tendo-se recorrido a estudos de Carlos Gerbase, Cíntia Schwantes, Ismail Xavier, Marcel Martin, entre outros autores. Ao desenvolver a investigação, pode-se constatar que a narrativa cinematográfica de Haifaa al-Mansour, não deve ser tratada no ambiente de formação acadêmica ou escolar como um texto que propicia discussão sobre gênero e desvalorização da mulher, mas como uma obra que equilibra elementos estéticos que ampliam o potencial crítico do tema, acenando para a relevância de se propor, no cenário da educação atual, possibilidades de ampliação do horizonte formativo, o que inclui a alfabetização visual e a competência para a compreensão da narrativa fílmica. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-02-25 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/3808 |
url |
http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/3808 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/3808/3043 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Direitos autorais 2021 Revista Língua&Literatura info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Direitos autorais 2021 Revista Língua&Literatura |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Língua&Literatura; v. 22, n. 40 (2020): LEITURA LITERÁRIA E ENSINO DE LITERATURA; 163-179 Revista Língua&Literatura; v. 22, n. 40 (2020): LEITURA LITERÁRIA E ENSINO DE LITERATURA; 163-179 1984-381x 1415-8817 reponame:Revista Língua & Literatura (Online) instname:Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) instacron:URI |
instname_str |
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) |
instacron_str |
URI |
institution |
URI |
reponame_str |
Revista Língua & Literatura (Online) |
collection |
Revista Língua & Literatura (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Língua & Literatura (Online) - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) |
repository.mail.fl_str_mv |
linguaeliteratura@uri.edu.br||fachel@uri.edu.br |
_version_ |
1809731565835517952 |