Características do fluido ruminal em ovinos da raça Santa Inês criados sob regime extensivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE |
Texto Completo: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5111 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo estabelecer padrões de normalidade para as características do fluido ruminal, como a cor, odor, consistência, tempo de sedimentação e flotação (TSF), pH, prova de redução do azul de metileno (PRAM), teor de cloretos (TC), acidez total titulável (ATT) e avaliação da microbiota, nas estações chuvosa (inverno) e seca (verão) na cidade de Garanhuns, Agreste Meridional de Pernambuco. Foram usados 50 ovinos da raça Santa Inês, com idade variando entre um e quatro anos, criados em regime extensivo de pastagem formada por braquiária (Brachiaria decumbens), tifton (Cynodum sp), recebendo ainda capim elefante (Pennisetum purpureum) como complementação alimentar, água e sal mineral ad libitum. As colorações predominantes do fluído ruminal foram os tons de castanha no verão e verde oliva no inverno. O odor aromático foi observado em todas as amostras, estando mais pronunciado no inverno. A consistência levemente viscosa predominou em ambas as estações, com maior proporção no inverno. O TSF foi 6,73 ± 1,63 min no inverno e 3,15 ± 0,72min no verão, com diferença estatística significativa (P<0,05) entre os períodos experimentais. Nas provas bioquímicas os valores encontrados no inverno e verão, foram: pH: 6,76 ± 0,21 e 6,59 ± 0,14; PRAM: 3,20 ± 0,76min e 7,76 ± 3,00min; teor de cloretos: 28,14 ± 4,16mEq/L e 24,97 ± 5,65mEq/L; ATT: 21,90 ± 4,38UC e 13,68 ± 2,97UC, respectivamente; havendo diferença estatística significativa (P<0,05) entre as estações para todas as variáveis. A densidade foi considerada abundante para os infusórios no inverno e moderada no verão, com diferença estatística significativa (P<0,05) entre as estações. A motilidade se mostrou bastante ativa e aproximadamente 90% dos protozoários estavam vivos, não havendo diferença estatística significativa (P>0,05) entre os períodos experimentais para estas variáveis. A contagem dos protozoários no inverno foi de 425 373 ± 217 258/mL e 155 375 ± 83 113/mL no verão, havendo diferença estatística significativa (P<0,05). As bactérias Gram-negativas predominaram em ambas as estações. Pôde-se constatar a partir destes resultados que e estação do ano interfere nas características do fluído ruminal, visto que o aporte alimentar de melhor qualidade no inverno (período chuvoso) quando comparado ao verão (período seco) influenciou as diferenças entre as variáveis analisadas. Com as informações obtidas no trabalho reitera-se a importância da sua aplicabilidade na rotina clínica, em vista a um melhor auxílio no diagnóstico e tratamento das enfermidades que acometem o sistema digestivo de ovinos. |
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Características do fluido ruminal em ovinos da raça Santa Inês criados sob regime extensivoRuminal fluid characteristics of Santa Inês sheep created under pasture conditions in Pernambuco stateOvinoSuco ruminalSistema digestivoSazonalidadeRuminal juiceDigestive systemSheepSeasonalityCIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIAO presente trabalho teve como objetivo estabelecer padrões de normalidade para as características do fluido ruminal, como a cor, odor, consistência, tempo de sedimentação e flotação (TSF), pH, prova de redução do azul de metileno (PRAM), teor de cloretos (TC), acidez total titulável (ATT) e avaliação da microbiota, nas estações chuvosa (inverno) e seca (verão) na cidade de Garanhuns, Agreste Meridional de Pernambuco. Foram usados 50 ovinos da raça Santa Inês, com idade variando entre um e quatro anos, criados em regime extensivo de pastagem formada por braquiária (Brachiaria decumbens), tifton (Cynodum sp), recebendo ainda capim elefante (Pennisetum purpureum) como complementação alimentar, água e sal mineral ad libitum. As colorações predominantes do fluído ruminal foram os tons de castanha no verão e verde oliva no inverno. O odor aromático foi observado em todas as amostras, estando mais pronunciado no inverno. A consistência levemente viscosa predominou em ambas as estações, com maior proporção no inverno. O TSF foi 6,73 ± 1,63 min no inverno e 3,15 ± 0,72min no verão, com diferença estatística significativa (P<0,05) entre os períodos experimentais. Nas provas bioquímicas os valores encontrados no inverno e verão, foram: pH: 6,76 ± 0,21 e 6,59 ± 0,14; PRAM: 3,20 ± 0,76min e 7,76 ± 3,00min; teor de cloretos: 28,14 ± 4,16mEq/L e 24,97 ± 5,65mEq/L; ATT: 21,90 ± 4,38UC e 13,68 ± 2,97UC, respectivamente; havendo diferença estatística significativa (P<0,05) entre as estações para todas as variáveis. A densidade foi considerada abundante para os infusórios no inverno e moderada no verão, com diferença estatística significativa (P<0,05) entre as estações. A motilidade se mostrou bastante ativa e aproximadamente 90% dos protozoários estavam vivos, não havendo diferença estatística significativa (P>0,05) entre os períodos experimentais para estas variáveis. A contagem dos protozoários no inverno foi de 425 373 ± 217 258/mL e 155 375 ± 83 113/mL no verão, havendo diferença estatística significativa (P<0,05). As bactérias Gram-negativas predominaram em ambas as estações. Pôde-se constatar a partir destes resultados que e estação do ano interfere nas características do fluído ruminal, visto que o aporte alimentar de melhor qualidade no inverno (período chuvoso) quando comparado ao verão (período seco) influenciou as diferenças entre as variáveis analisadas. Com as informações obtidas no trabalho reitera-se a importância da sua aplicabilidade na rotina clínica, em vista a um melhor auxílio no diagnóstico e tratamento das enfermidades que acometem o sistema digestivo de ovinos.It was pretended with this research to establish standards of normality for ruminal fluid characteristics, such as color, odor, consistency, sedimentation and flotation time (SFT), pH, bacterial activity by means of the methylene blue reduction test (MBRT), chloride, total acidity (TA) and microscopical evaluation of protozoa and bacteria, in rainy (winter) and dry (summer) seasons in Garanhuns city, Pernambuco state. Fifty Santa Inês sheep had been used, with age varying between one and four years, created in extensive regimen of pasture composed by Brachiaria decumbens, and still receiving Pennisetum purpureum as alimentary complement and water and mineral salt ad libitum. The predominant colors had been chestnut tones in summer and oliva green in winter. The aromatic odor was observed in all the samples, being stronger in winter. The slight viscous consistency predominated in both seasons, with greater proportion in the winter. The SFT was 6,73 ± 1,63min in winter and 3,15 ± 0,72min in summer, with statistic significant difference (P<0,05) between experimental periods. In the biochemical tests the average values found in winter and summer, respectively, were: pH: 6,76 ± 0,21 and 6,59 ± 0,14; MBRT: 3,20 ± 0,76min and 7,76 ± 3,00min; chloride: 28,14 ± 4,16mEq/L and 24,97 ± 5,65mEq/L; TA: 21,90 ± 4,38UC and 13,68 ± 2,97UC; having statistic significant differences (P<0,05) between seasons for all variable. Abundant density of the infusorians in winter and moderate in the summer was observed, with statistic significant differences (P<0,05) between the stations. The motility was very active and there were approximately 90% of live protozoa, having no significant statistic difference (P>0,05) between the experimental periods for these variable. Protozoa numbers were higher in winter with 425 373 ± 217 258/mL and 155 375 ± 83 113/mL in the summer, having significant statistic difference (P<0,05). There was a mixed population of bacteria with predominance of Gram-negative forms in both seasons. It could be evidenced from these results: The station of the year influences ruminal fluid characteristics, since it provides feed of better quality in the winter (rainy period) when compared with summer (dry period) having difference between all the variable during the experimental periods, pointing out the importance of determine them for each locality, type of handling and animal species, in sight to one better aid in the diagnosis and treatment of the diseases who gets digestive system of sheep.Universidade Federal Rural de PernambucoDepartamento de Medicina VeterináriaBrasilUFRPEPrograma de Pós-Graduação em Ciência VeterináriaSILVA, José Augusto Bastos Afonso daMENDONÇA, Carla Lopes deSOARES, Pierre CastroGOMES FILHO, Manoel AdriãoVIEIRA, Aerlem Cynnara Silva2016-07-28T15:02:53Z2007-02-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfVIEIRA, Aerlem Cynnara Silva. Características do fluido ruminal em ovinos da raça Santa Inês criados sob regime extensivo. 2007.74 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife..http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5111porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPEinstname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2016-07-28T15:02:53Zoai:tede2:tede2/5111Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede/PUBhttp://www.tede2.ufrpe.br:8080/oai/requestbdtd@ufrpe.br ||bdtd@ufrpe.bropendoar:2016-07-28T15:02:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false |
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O presente trabalho teve como objetivo estabelecer padrões de normalidade para as características do fluido ruminal, como a cor, odor, consistência, tempo de sedimentação e flotação (TSF), pH, prova de redução do azul de metileno (PRAM), teor de cloretos (TC), acidez total titulável (ATT) e avaliação da microbiota, nas estações chuvosa (inverno) e seca (verão) na cidade de Garanhuns, Agreste Meridional de Pernambuco. Foram usados 50 ovinos da raça Santa Inês, com idade variando entre um e quatro anos, criados em regime extensivo de pastagem formada por braquiária (Brachiaria decumbens), tifton (Cynodum sp), recebendo ainda capim elefante (Pennisetum purpureum) como complementação alimentar, água e sal mineral ad libitum. As colorações predominantes do fluído ruminal foram os tons de castanha no verão e verde oliva no inverno. O odor aromático foi observado em todas as amostras, estando mais pronunciado no inverno. A consistência levemente viscosa predominou em ambas as estações, com maior proporção no inverno. O TSF foi 6,73 ± 1,63 min no inverno e 3,15 ± 0,72min no verão, com diferença estatística significativa (P<0,05) entre os períodos experimentais. Nas provas bioquímicas os valores encontrados no inverno e verão, foram: pH: 6,76 ± 0,21 e 6,59 ± 0,14; PRAM: 3,20 ± 0,76min e 7,76 ± 3,00min; teor de cloretos: 28,14 ± 4,16mEq/L e 24,97 ± 5,65mEq/L; ATT: 21,90 ± 4,38UC e 13,68 ± 2,97UC, respectivamente; havendo diferença estatística significativa (P<0,05) entre as estações para todas as variáveis. A densidade foi considerada abundante para os infusórios no inverno e moderada no verão, com diferença estatística significativa (P<0,05) entre as estações. A motilidade se mostrou bastante ativa e aproximadamente 90% dos protozoários estavam vivos, não havendo diferença estatística significativa (P>0,05) entre os períodos experimentais para estas variáveis. A contagem dos protozoários no inverno foi de 425 373 ± 217 258/mL e 155 375 ± 83 113/mL no verão, havendo diferença estatística significativa (P<0,05). As bactérias Gram-negativas predominaram em ambas as estações. Pôde-se constatar a partir destes resultados que e estação do ano interfere nas características do fluído ruminal, visto que o aporte alimentar de melhor qualidade no inverno (período chuvoso) quando comparado ao verão (período seco) influenciou as diferenças entre as variáveis analisadas. Com as informações obtidas no trabalho reitera-se a importância da sua aplicabilidade na rotina clínica, em vista a um melhor auxílio no diagnóstico e tratamento das enfermidades que acometem o sistema digestivo de ovinos. |
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