O direito do agronegócio transnacional e os padrões normativos híbridos no Brasil: a heurística empresarial sistêmica por meio de Códigos de Conduta Corporativos alinhados com as diretrizes da OCDE
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Data de Publicação: | 2023 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
Texto Completo: | http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12996 |
Resumo: | A pesquisa centra esforços na possibilidade de o agronegócio nacional ser a mola propulsora para a eficácia dos direitos humanos através de uma heurística empresarial sistêmica para as próximas décadas, desde que o Brasil implemente uma série de diretrizes e recomendações normativas impostas pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos e pela própria OCDE nos próximos cinco anos, principalmente porque, recentemente, inúmeras acusações de violação de direitos humanos estão atreladas ao setor agrícola nacional. Por meio de uma análise pragmático-sistêmica que marca a metodologia empregada nesta pesquisa, busca-se analisar as dificuldades de controle e responsabilização dos agentes econômicos transnacionais a partir do Projeto de Lei n° 2.963 de 2019, que, se aprovado, tornará mais acessível a compra, o arrendamento e a posse de propriedades rurais por pessoas físicas e jurídicas estrangeiras. Assume-se, por um lado, que essa permissão “menos burocrática” será capaz de atrair grandes investimentos econômicos para os próximos anos e, por outro lado, poderá resultar em prejuízos ambientais e sociais de grande monta na falta de critérios para a comercialização de áreas rurais por empresas e fundos econômicos de qualquer país, principalmente aqueles pouco comprometidos com a eficácia dos direitos humanos em escala transnacional. À vista disso, em atenção ao princípio da soberania nacional e para legitimar uma cadeira brasileira digna na OCDE, sugere-se a criação de critérios que poderiam auxiliar nesta nova expansão territorial juntamente com os movimentos sociais, cujos princípios dos direitos humanos, meio ambiente e regras estatais seriam fixos. Já a inovação do agro, redes empresais e atuação do mercado de trabalho justificam-se num “hibridismo jurídico” como condição de aperfeiçoamento e competividade econômica a partir da efetividade dos Códigos de Condutas Corporativos públicos e privados. Por fim, conclui-se que não há a premência de criação de novas leis para regulamentar essa realidade no agro brasileiro e transnacional, mas a efetivação de leis, compliance e Códigos de Condutas Corporativos já existentes, somadas com aquelas em trâmite no Congresso Nacional para regular essa nova realidade transnacional do agro. |
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2024-03-04T11:52:32Z2024-03-04T11:52:32Z2023-09-15Submitted by Jeferson Carlos da Veiga Rodrigues (jveigar@unisinos.br) on 2024-03-04T11:52:32Z No. of bitstreams: 1 Selmar José Maia_PROTEGIDO.pdf: 68162771 bytes, checksum: 51e390990756a98857c3ad16831852cc (MD5)Made available in DSpace on 2024-03-04T11:52:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Selmar José Maia_PROTEGIDO.pdf: 68162771 bytes, checksum: 51e390990756a98857c3ad16831852cc (MD5) Previous issue date: 2023-09-15A pesquisa centra esforços na possibilidade de o agronegócio nacional ser a mola propulsora para a eficácia dos direitos humanos através de uma heurística empresarial sistêmica para as próximas décadas, desde que o Brasil implemente uma série de diretrizes e recomendações normativas impostas pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos e pela própria OCDE nos próximos cinco anos, principalmente porque, recentemente, inúmeras acusações de violação de direitos humanos estão atreladas ao setor agrícola nacional. Por meio de uma análise pragmático-sistêmica que marca a metodologia empregada nesta pesquisa, busca-se analisar as dificuldades de controle e responsabilização dos agentes econômicos transnacionais a partir do Projeto de Lei n° 2.963 de 2019, que, se aprovado, tornará mais acessível a compra, o arrendamento e a posse de propriedades rurais por pessoas físicas e jurídicas estrangeiras. Assume-se, por um lado, que essa permissão “menos burocrática” será capaz de atrair grandes investimentos econômicos para os próximos anos e, por outro lado, poderá resultar em prejuízos ambientais e sociais de grande monta na falta de critérios para a comercialização de áreas rurais por empresas e fundos econômicos de qualquer país, principalmente aqueles pouco comprometidos com a eficácia dos direitos humanos em escala transnacional. À vista disso, em atenção ao princípio da soberania nacional e para legitimar uma cadeira brasileira digna na OCDE, sugere-se a criação de critérios que poderiam auxiliar nesta nova expansão territorial juntamente com os movimentos sociais, cujos princípios dos direitos humanos, meio ambiente e regras estatais seriam fixos. Já a inovação do agro, redes empresais e atuação do mercado de trabalho justificam-se num “hibridismo jurídico” como condição de aperfeiçoamento e competividade econômica a partir da efetividade dos Códigos de Condutas Corporativos públicos e privados. Por fim, conclui-se que não há a premência de criação de novas leis para regulamentar essa realidade no agro brasileiro e transnacional, mas a efetivação de leis, compliance e Códigos de Condutas Corporativos já existentes, somadas com aquelas em trâmite no Congresso Nacional para regular essa nova realidade transnacional do agro.The research focused efforts on the possibility of national agribusiness being the driving force for the effectiveness of human rights through a systemic business heuristic for the coming decades, provided that Brazil implements a series of normative guidelines and recommendations imposed by the National Human Rights Council and the OECD itself in the next five years, mainly, because, recently, numerous accusations of human rights violations are linked to the national agricultural sector. Through a pragmatic-systemic analysis thar marks the methodology used in this research we seek to analyze the difficulties of control and accountability of transnational economic agents from the Bill of Law nº 2.963 of 2019, which, if approved, makes more accessible the purchase, lease and possessions of rural properties by foreign individuals and legal entities. It is assumed, on the one hand, that this “less bureaucratic” permission will be able to attract large economic investments for the coming years and, on the other hand, it may result in major environmental and social damages in the absence of criteria for the commercialization of rural areas by companies and economic funds of any country especially those little committed to the effectiveness of human rights on a transnational scale. In view of this, in attention to the principle of national sovereignty and to legitimize a dignified Brazilian chair in the OECD, it is suggested the creation of criteria that could help in this new territorial expansion together with the social movements, whose principles of human rights, environment and state rules would be fixed, since the innovation of agro, business networks and labor market performance justify a “legal hybridity” as a condition of improvement and economic competitiveness based on the effectiveness of public and private Corporate Codes of Conduct. Finally, it is concluded that there is no urgency to create new laws to regulate this reality in Brazilian and transnational agriculture, but the implementation of existing laws, compliance, and Codes of Corporate Conduct, added to those in progress in the National Congress to regulate this new transnational reality of agriculture.La investigación centra sus esfuerzos em la posibilidad de que el agronegócio nacional sea la fuerza impulsora de la efectividad de los derechos humanos a través de una heurística empresarial sistémica para las próximas décadas, siempre que Brasil implemente una serie de directrices y recomendaciones normativas impuestas por el Consejo Nacional de Derechos Humanos y la própria OCDE em los próximos cinco años. Principalmente, porque, recentemente, numerosas acusaciones de violaciones a los derechos humanos están vinculadas al sector agrícola nacional. A través de um análisis pragmático-sistémico que marca la metodologia utilizada em esta investigación, buscamos analizar las dificultades de control y rendición de cuentas de los agentes econômicos transnacionales a partir del Proyecto de Lay nº 2.963 de 2019, que, de ser aprovado, hace más accesible la compra, arrendamento y posesión de propriedades rurales por parte de personas físicas y jurídicas extranjeras. Se supone, por um lado, que este permisso menos burocrático” podrá atraer grandes inversiones econômicas para los próximos años y, por outro lado, puede resultar em grandes daños ambientales y sociales em ausencia de criterios para la comercialización de las zonas rurales por parte de empresas y fondos económicos de cualquier país, especialmente aquellos poco comprometidos com la efectividad de los derechos humanos a escala transnacional. Frente a esto, en atención al principio de soberanía nacional y para legitimar una digna sede brasileña en la OCDE, se sugiere la creación de criterios que puedan ayudar en esta nueva expansión territorial junto a los movimientos sociales, cuyos principios de derechos humanos, medio ambiente y reglas de Estado serían fijados. Por otro lado, la agroinnovación, las redes empresariales y el desempeño del mercado laboral se justifican en un "hibridismo legal" como condición de mejora y competitividad económica basada en la eficacia de los Códigos de Conducta Corporativos públicos y privados. Por último, se concluye que no hay necesidad de crear nuevas leyes para regular esta realidad en la agroindustria brasileña y transnacional, pero la eficacia de las leyes existentes, el cumplimiento y los Códigos Corporativos de Conducta, añadido a los que están en curso en el Congreso Nacional para regular esta nueva realidad transnacional de la agroindustria.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorMaia, Selmar Joséhttp://lattes.cnpq.br/4660334694235498http://lattes.cnpq.br/3283434447576859Rocha, Leonel SeveroUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em DireitoUnisinosBrasilEscola de DireitoO direito do agronegócio transnacional e os padrões normativos híbridos no Brasil: a heurística empresarial sistêmica por meio de Códigos de Conduta Corporativos alinhados com as diretrizes da OCDEACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::DireitoAgronegócioEmpresas transnacionaisCódigos de condutas corporativosDireitos humanosRegulaçãoAgrobusinessTransnational corporationsCorporate codes of conductHuman rightsRegulationAgronegociosEmpresas transnacionalesCódigos de conducta corporativosDerechos humanosRegulacióninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12996info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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