A aprendizagem da história a partir da construção de narrativas sobre o passado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Educação e Pesquisa |
DOI: | 10.1590/s1678-4634201844164920 |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/144808 |
Resumo: | Esta investigação analisa a constituição do pensamento histórico de jovens estudantes entre 12 e 14 anos do ensino fundamental no Brasil e em Portugal, com relação aos fatos que se articulam nas histórias nacionais dos dois países. Os eventos escolhidos para o estudo em questão concentram-se em elementos relacionados ao conteúdo substantivo e à meta-história, no ensino de história do Brasil e história de Portugal. Analisamos, neste artigo, a forma como os alunos brasileiros e portugueses responderam ao desafio de pensar a história do Brasil sem a presença portuguesa. Nosso trabalho se fundamenta na ideia de que, para a constituição de aprendizagens históricas, é importante que os alunos sejam capazes de compreender as diversidades históricas do passado humano reconstituído pela historiografia. Isso implica na capacidade de produzir conhecimentos a partir da consciência de que o conhecimento sobre o passado é realizado perante a evidência histórica. Entre os resultados que encontramos está a forma tradicional de ensinar história que ainda vigora, principalmente nas escolas brasileiras: a falta de utilização de marcadores temporais pelos alunos brasileiros. Com relação à análise das narrativas, pudemos perceber, na maioria dos jovens, um entendimento do passado como estático, mas também encontramos narrativas que estabelecem uma relação entre presente, passado e futuro ao perspectivar a possibilidade de mudança do curso dos fatos. |
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A aprendizagem da história a partir da construção de narrativas sobre o passadoHistory learning based on the construction of narratives about the pastEducação históricaPensamento históricoNarrativa históricaHistory EducationHistorical thoughtHistorical narrative Esta investigação analisa a constituição do pensamento histórico de jovens estudantes entre 12 e 14 anos do ensino fundamental no Brasil e em Portugal, com relação aos fatos que se articulam nas histórias nacionais dos dois países. Os eventos escolhidos para o estudo em questão concentram-se em elementos relacionados ao conteúdo substantivo e à meta-história, no ensino de história do Brasil e história de Portugal. Analisamos, neste artigo, a forma como os alunos brasileiros e portugueses responderam ao desafio de pensar a história do Brasil sem a presença portuguesa. Nosso trabalho se fundamenta na ideia de que, para a constituição de aprendizagens históricas, é importante que os alunos sejam capazes de compreender as diversidades históricas do passado humano reconstituído pela historiografia. Isso implica na capacidade de produzir conhecimentos a partir da consciência de que o conhecimento sobre o passado é realizado perante a evidência histórica. Entre os resultados que encontramos está a forma tradicional de ensinar história que ainda vigora, principalmente nas escolas brasileiras: a falta de utilização de marcadores temporais pelos alunos brasileiros. Com relação à análise das narrativas, pudemos perceber, na maioria dos jovens, um entendimento do passado como estático, mas também encontramos narrativas que estabelecem uma relação entre presente, passado e futuro ao perspectivar a possibilidade de mudança do curso dos fatos. This research analyses the constitution of the historical thought of young students ages 12-14 from elementary schools in Brazil and Portugal, concerning facts articulated with the national histories of both countries. The events chosen for this research are focused on elements related to substantive content and meta-history in the teaching of the history of Brazil and the history of Portugal. We analyze, in this article, the way Brazilian and Portuguese students have answered to the challenge of thinking the history of Brazil without the Portuguese presence. Our work is based on the idea that, to build historical learning, it is important that students are capable to understand historical diversities from the human past reconstituted by historiography. This implies the capacity to produce knowledge understanding that the knowledge about the past is accomplished through historical evidence. Among the results we have found, it is the traditional way to teach History that still prevails, mainly in Brazilian schools: the lack of use of temporal markers by Brazilian students. Regarding the analysis of the narratives, we could notice, in most of the young students, an understanding of the past as something static, but we have also found narratives establishing relations between the present, past, and future, considering the possibility of changing the course of facts.Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação2018-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/14480810.1590/s1678-4634201844164920Educação e Pesquisa; v. 44 (2018); e164920Educação e Pesquisa; Vol. 44 (2018); e164920Educação e Pesquisa; Vol. 44 (2018); e1649201678-46341517-9702reponame:Educação e Pesquisainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/144808/139053https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/144808/139054Copyright (c) 2018 Educação e Pesquisainfo:eu-repo/semantics/openAccessCainelli, MarleneBarca, Isabel2018-05-18T13:02:04Zoai:revistas.usp.br:article/144808Revistahttps://www.revistas.usp.br/ep/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/ep/oai||revedu@usp.br1678-46341517-9702opendoar:2018-05-18T13:02:04Educação e Pesquisa - Universidade de São Paulo (USP)false |
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