Do childhood depressive symptoms interfere with intelligence in adulthood?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Janielle Ferreira de Brito
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Lima, Raina Jansen Cutrim Propp, Batalha, Mônica Araújo, Silva, Antônio Augusto Moura da, Ribeiro, Marizélia Rodrigues Costa, Batista, Rosângela Fernandes Lucena
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/218115
Resumo: OBJETIVO: Investigar os efeitos dos sintomas depressivos na infância no desenvolvimento intelectual do adulto jovem. MÉTODOS: Estudo realizado com uma coorte de nascimentos de São Luís, Maranhão, Brasil, composta por 339 participantes avaliados entre 7 e 9 anos e entre 18 e 19 anos. Utilizou-se modelagem de equações estruturais (escolaridade do adulto jovem, sexo, raça/cor) e variáveis da infância (estado nutricional, sintomas depressivos, função cognitiva, escolaridade do chefe da família e da mãe, renda familiar). Além disso, ocupação do chefe da família, idade da mãe e presença de companheiro foram testadas como determinantes do quociente de inteligência (QI) dos adultos. RESULTADOS: A presença de sintomas depressivos na infância gerou redução de 0,342 no desvio-padrão (DP) e -3,83 pontos no QI médio dos adultos (valor de p < 0,001). A função cognitiva na infância apresentou efeito total e direto positivo (coeficiente padronizado [CP] = 0,701; valor de p < 0,001) sobre o QI, elevando 7,84 pontos a cada aumento do nível. Identificou-se efeito indireto positivo do estado nutricional infantil (CP = 0,194; valor de p = 0,045), escolaridade do chefe da família (CP = 0,162; valor de p = 0,036) e da mãe da criança, este último mediado pela função cognitiva na infância (CP = 0,215; valor de p = 0,012) sobre o QI dos jovens. CONCLUSÃO: A presença de sintomas depressivos na infância gerou efeito negativo de longo prazo sobre a inteligência, reduzindo a pontuação do QI na idade adulta.
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