Escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados: descrição e avaliação de desempenho no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Caroline dos Santos
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Faria, Franciane Rocha de, Gabe, Kamila Tiemann, Sattamini, Isabela Fleury, Khandpur, Neha, Leite, Fernanda Helena Marrocos, Steele, Eurídice Martínez, Louzada, Maria Laura da Costa, Levy, Renata Bertazzi, Monteiro, Carlos Augusto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/184335
Resumo: OBJETIVO Descrever o escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados e avaliar seu potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta. MÉTODOS Estudo realizado na cidade de São Paulo com amostra de conveniência de 300 adultos, que responderam, em cerca de três minutos, em um tablet, a um questionário eletrônico de autorrelato sobre o consumo, no dia anterior, de 23 subgrupos de alimentos ultraprocessados comumente consumidos no Brasil. O escore de cada participante correspondeu ao número de subgrupos reportados. A participação de alimentos ultraprocessados no consumo alimentar do mesmo dia, expressa como percentual da ingestão total de energia, foi calculada por meio das respostas dos participantes a recordatório alimentar completo de 24 horas aplicado em cerca de 30 minutos por nutricionistas treinados. A associação entre o escore e a participação de ultraprocessados na dieta foi estudada por modelos de regressão linear. A concordância na classificação dos participantes segundo quintos do escore e quintos da participação de alimentos ultraprocessados na dieta foi avaliada pelo índice Pabak. RESULTADOS O percentual médio de participação de alimentos ultraprocessados na dieta aumentou linear e significativamente com o aumento do escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados. Observou-se concordância substancial na classificação dos participantes segundo quintos da distribuição do escore e quintos da distribuição do percentual de participação de alimentos ultraprocessados na dieta (índice Pabak = 0,67). Relação inversa da idade com a frequência de consumo relativamente elevado de alimentos ultraprocessados (quinto superior da distribuição) foi observada tanto para o escore quanto para a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. CONCLUSÃO O escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados, obtido de forma rápida e prática, apresenta bom potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta.
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O escore de cada participante correspondeu ao número de subgrupos reportados. A participação de alimentos ultraprocessados no consumo alimentar do mesmo dia, expressa como percentual da ingestão total de energia, foi calculada por meio das respostas dos participantes a recordatório alimentar completo de 24 horas aplicado em cerca de 30 minutos por nutricionistas treinados. A associação entre o escore e a participação de ultraprocessados na dieta foi estudada por modelos de regressão linear. A concordância na classificação dos participantes segundo quintos do escore e quintos da participação de alimentos ultraprocessados na dieta foi avaliada pelo índice Pabak. RESULTADOS O percentual médio de participação de alimentos ultraprocessados na dieta aumentou linear e significativamente com o aumento do escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados. Observou-se concordância substancial na classificação dos participantes segundo quintos da distribuição do escore e quintos da distribuição do percentual de participação de alimentos ultraprocessados na dieta (índice Pabak = 0,67). Relação inversa da idade com a frequência de consumo relativamente elevado de alimentos ultraprocessados (quinto superior da distribuição) foi observada tanto para o escore quanto para a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. CONCLUSÃO O escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados, obtido de forma rápida e prática, apresenta bom potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta.OBJECTIVE: To describe the Nova score for the consumption of ultra-processed foods (UPF) and evaluate its potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil. METHODS: This study was conducted in São Paulo with a convenience sample of 300 adults. Using a tablet, participants answered a 3-minute electronic self-report questionnaire on the consumption of 23 subgroups of UPF commonly consumed in Brazil, regarding the day prior the survey. Each participant score corresponded to the number of subgroups reported. The dietary share of UPF on the day prior to the survey, expressed as a percentage of total energy intake, was calculated based on data collected on a 30-minute complete 24-hour dietary recall administered by trained nutritionists. The association between the score and the dietary share of UPF was evaluated using linear regression models. The Pabak index was used to assess the agreement in participants’ classification according to the fifths of Nova score and the fifths of dietary share of UPF. RESULTS: The average dietary share of UPF increased linearly and significantly with the increase of the Nova score for the consumption of ultra-processed foods. We found a substantial agreement in participants’ classification according to the fifths of the distribution of scores and the fifths of the dietary share of UPF (Pabak index = 0.67). Age was inversely associated with a relatively high frequency of UPF consumption (upper fifth of the distribution) for both score and dietary share of UPF. CONCLUSION: The Nova score for the consumption of ultra-processed foods, obtained in a quick and practical manner, shows a good potential in reflecting the dietary share of UPF in BrazilUniversidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2021-04-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/18433510.11606/s1518-8787.2021055003588Revista de Saúde Pública; Vol. 55 (2021); 13Revista de Saúde Pública; Vol. 55 (2021); 13Revista de Saúde Pública; v. 55 (2021); 131518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/184335/170669https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/184335/170668https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/184335/170667Copyright (c) 2021 Caroline dos Santos Costa, Franciane Rocha de Faria, Kamila Tiemann Gabe, Isabela Fleury Sattamini, Neha Khandpur, Fernanda Helena Marrocos Leite, Eurídice Martínez Steele, Maria Laura da Costa Louzada, Renata Bertazzi Levy, Carlos Augusto Monteirohttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCosta, Caroline dos Santos Faria, Franciane Rocha de Gabe, Kamila Tiemann Sattamini, Isabela FleuryKhandpur, NehaLeite, Fernanda Helena MarrocosSteele, Eurídice MartínezLouzada, Maria Laura da Costa Levy, Renata Bertazzi Monteiro, Carlos Augusto2021-04-14T19:07:09Zoai:revistas.usp.br:article/184335Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2021-04-14T19:07:09Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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