Exposição a fatores de risco psicossocial em contexto de trabalho: revisão sistemática
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126612 |
Resumo: | OBJECTIVO Analisar a literatura científica acerca dos efeitos da exposição a fatores de risco psicossocial em contextos de trabalho. MÉTODOS Realizou-se revisão sistemática usando os termos “psychosocial factors” AND “COPSOQ” nas bases de dados PubMed, Medline e Scopus. Foi analisado o período entre 1o de janeiro de 2004 e 30 de junho de 2012. Foram incluídos artigos que utilizaram o Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ) como instrumento de medida dos fatores psicossociais e a apresentação de resultados quantitativos ou qualitativos. Foram excluídos artigos em alemão, estudos psicométricos ou estudos que não analisavam fatores individuais ou do trabalho. RESULTADOS Foram incluídos 22 artigos na análise. Fatores individuais como género, idade e estatuto socioeconómico foram analisados a par com fatores relacionados com o trabalho como exigências laborais, organização do trabalho e conteúdo, relações sociais e liderança, interface trabalho-indivíduo, valores no local de trabalho, justiça e respeito, personalidade, saúde e bem-estar, comportamentos ofensivos. Foi analisado o tipo de amostra e os designs experimentais aplicados. Existem públicos mais vulneráveis como os jovens e os migrantes. O ambiente psicossocial de trabalho deteriorado associa-se a indicadores de saúde física e saúde mental débeis. É também fator de risco para o desenvolvimento de quadros clínicos de gravidade moderada a severa, predizendo absentismo ou intenção de deixar o trabalho. CONCLUSÕES A literatura fundamenta o contributo da exposição a fatores de risco psicossocial em ambientes de trabalho e o seu impacto na saúde mental e no bem-estar dos trabalhadores. Permite que o desenho de intervenções práticas em contexto de trabalho tenha como base evidências científicas. Faltam investigações em populações específicas como a indústria e estudos com delineamentos mais robustos. |
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Exposição a fatores de risco psicossocial em contexto de trabalho: revisão sistemática Exposure to psychosocial risk factors in the context of work: a systematic review OBJECTIVO Analisar a literatura científica acerca dos efeitos da exposição a fatores de risco psicossocial em contextos de trabalho. MÉTODOS Realizou-se revisão sistemática usando os termos “psychosocial factors” AND “COPSOQ” nas bases de dados PubMed, Medline e Scopus. Foi analisado o período entre 1o de janeiro de 2004 e 30 de junho de 2012. Foram incluídos artigos que utilizaram o Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ) como instrumento de medida dos fatores psicossociais e a apresentação de resultados quantitativos ou qualitativos. Foram excluídos artigos em alemão, estudos psicométricos ou estudos que não analisavam fatores individuais ou do trabalho. RESULTADOS Foram incluídos 22 artigos na análise. Fatores individuais como género, idade e estatuto socioeconómico foram analisados a par com fatores relacionados com o trabalho como exigências laborais, organização do trabalho e conteúdo, relações sociais e liderança, interface trabalho-indivíduo, valores no local de trabalho, justiça e respeito, personalidade, saúde e bem-estar, comportamentos ofensivos. Foi analisado o tipo de amostra e os designs experimentais aplicados. Existem públicos mais vulneráveis como os jovens e os migrantes. O ambiente psicossocial de trabalho deteriorado associa-se a indicadores de saúde física e saúde mental débeis. É também fator de risco para o desenvolvimento de quadros clínicos de gravidade moderada a severa, predizendo absentismo ou intenção de deixar o trabalho. CONCLUSÕES A literatura fundamenta o contributo da exposição a fatores de risco psicossocial em ambientes de trabalho e o seu impacto na saúde mental e no bem-estar dos trabalhadores. Permite que o desenho de intervenções práticas em contexto de trabalho tenha como base evidências científicas. Faltam investigações em populações específicas como a indústria e estudos com delineamentos mais robustos. OBJECTIVE To analyze the scientific literature about the effects of exposure to psychosocial risk factors in work contexts. METHODS A systematic review was performed using the terms “psychosocial factors” AND “COPSOQ” in the databases PubMed, Medline, and Scopus. The period analyzed was from January 1, 2004 to June 30, 2012. We have included articles that used the Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ) as a measuring instrument of the psychosocial factors and the presentation of quantitative or qualitative results. German articles, psychometric studies or studies that did not analyze individual or work factors were excluded. RESULTS We included 22 articles in the analysis. Individual factors, such as gender, age, and socioeconomic status, were analyzed along with work-related factors such as labor demands, work organization and content, social relationships and leadership, work-individual interface, workplace values, justice and respect, personality, health and well-being, and offensive behaviors. We analyzed the sample type and the applied experimental designs. Some population groups, such as young people and migrants, are more vulnerable. The deteriorated working psychosocial environment is associated with physical health indicators and weak mental health. This environment is also a risk factor for the development of moderate to severe clinical conditions, predicting absenteeism or intention of leaving the job. CONCLUSIONS The literature shows the contribution of exposure to psychosocial risk factors in work environments and their impact on mental health and well-being of workers. It allows the design of practical interventions in the work context to be based on scientific evidences. Investigations in specific populations, such as industry, and studies with more robust designs are lacking. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2016-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/12661210.1590/S1518-8787.2016050006129Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 24Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 24Revista de Saúde Pública; v. 50 (2016); 241518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126612/123620https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126612/123621Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessFernandes, CláudiaPereira, Anabela2018-02-26T17:09:54Zoai:revistas.usp.br:article/126612Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2018-02-26T17:09:54Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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