Fatores psicossociais e a infecção por HIV em mulheres, Maringá, PR
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/31478 |
Resumo: | OBJECTIVE: To analyze the risk perception among HIV-positive women before getting a positive test result. METHODS: An exploratory study using in-depth interviews was conducted among 26 women who attended the outpatient clinic of a regional health center in Maringá, Brazil. The sample was drawn according to the women's availability. The interviews were carried out using a semi-structured questionnaire with open and closed questions on social-demographics, knowledge of primary and secondary prevention, risk perception before getting the test results, and impact of the diagnosis on their lives and sexual activity. Data was assessed using content analysis. RESULTS: Though the participants were aware that anyone could get infected, none of them believed they could actually be infected. Psychological mechanisms such as denial, avoidance, thought omnipotence, and projection are encouraged by practices and gender-dominant relationships in the Brazilian culture, which increases women's vulnerability to HIV infection. They feel helpless and many have unprotected sex with their partners, and are prone to unwanted pregnancies and re-infection. CONCLUSION: HIV prevention programs should take into account psychological, social, economical and cultural aspects that impact on women's vulnerability before and after being infected. For a wider outreach of actions, programs cannot to be restricted to massive information diffusion and need to apply psychoeducational strategies to small groups of women not only to increase their medical knowledge but also to enhance their awareness. |
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Fatores psicossociais e a infecção por HIV em mulheres, Maringá, PR Psychosocial aspects of HIV infection among women in Brazil MulheresSíndrome de imunodeficiência adquirida^i1^sprevenSíndrome de imunodeficiência adquirida^i1^spsicoloConhecimentosatitudes e práticaHIVPercepçãoSoropositividade para HIVFatores socioeconômicosRiscoImpacto psicossocialInfecções por HIVWomenAcquired immunodeficiency syndrome^i2^spreventAcquired immunodeficiency syndrome^i2^spsycholKnowledgeattitudespracticeHIVPerceptionHIV seropositivitySocioeconomic factorsRiskPsychosocial impactHIV infections OBJECTIVE: To analyze the risk perception among HIV-positive women before getting a positive test result. METHODS: An exploratory study using in-depth interviews was conducted among 26 women who attended the outpatient clinic of a regional health center in Maringá, Brazil. The sample was drawn according to the women's availability. The interviews were carried out using a semi-structured questionnaire with open and closed questions on social-demographics, knowledge of primary and secondary prevention, risk perception before getting the test results, and impact of the diagnosis on their lives and sexual activity. Data was assessed using content analysis. RESULTS: Though the participants were aware that anyone could get infected, none of them believed they could actually be infected. Psychological mechanisms such as denial, avoidance, thought omnipotence, and projection are encouraged by practices and gender-dominant relationships in the Brazilian culture, which increases women's vulnerability to HIV infection. They feel helpless and many have unprotected sex with their partners, and are prone to unwanted pregnancies and re-infection. CONCLUSION: HIV prevention programs should take into account psychological, social, economical and cultural aspects that impact on women's vulnerability before and after being infected. For a wider outreach of actions, programs cannot to be restricted to massive information diffusion and need to apply psychoeducational strategies to small groups of women not only to increase their medical knowledge but also to enhance their awareness. OBJETIVO: Analisar a percepção do risco de infecção em mulheres infectadas pelo HIV, antes de elas receberem o resultado positivo para essa patologia. MÉTODOS: Estudo exploratório com entrevistas em profundidade em amostra de conveniência constituída de 26 mulheres que freqüentavam o ambulatório de um centro regional de saúde em Maringá, PR. A entrevista foi semidirigida com um roteiro de perguntas fechadas e abertas sobre características sociodemográficos, conhecimento sobre prevenção primária e secundária, percepção de risco antes do teste positivo para HIV, impacto do resultado em suas vidas -- inclusive a sexual -- depois de saberem ser portadoras do vírus. Os resultados foram analisados pela metodologia de análise de conteúdo. RESULTADOS: Apesar de ter consciência de que essa doença pode atingir qualquer um, nenhuma das 26 mulheres estudadas acreditava estar infectada pelo HIV/Aids. Os mecanismos psicológicos, "negação", "evitação", "onipotência do pensamento" e "projeção" foram os que puderam ser identificados como aqueles que as mulheres mais utilizaram para lidar com as dificuldades e as ansiedades decorrentes da percepção de risco e das normas e relações de gêneros hegemônicas presentes na cultura brasileira. Verificou-se que, se o uso desses mecanismos alivia a angústia, por outro lado aumenta a vulnerabilidade das mulheres. Elas se sentem incapazes de atuar, e muitas mantêm relações sexuais desprotegidas com os parceiros, expondo-se à gravidez indesejada e à reinfecção. CONCLUSÕES: Os programas de prevenção do HIV devem considerar também aspectos psicológicos, socioeconômicos e culturais que interferem na vulnerabilidade das mulheres, antes e depois da infecção. Para haver maior alcance de suas ações, os programas devem ir além da distribuição massiva de informações e usar abordagens psicoeducativas em pequenos grupos que estimulem a conscientização das mulheres para além das informações biomédicas. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2002-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/.pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/3147810.1590/S0034-89102002000500006Revista de Saúde Pública; Vol. 36 No. 4 supl.0 (2002); 32-39 Revista de Saúde Pública; Vol. 36 Núm. 4 supl.0 (2002); 32-39 Revista de Saúde Pública; v. 36 n. 4 supl.0 (2002); 32-39 1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/31478/33363Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessAlves, Rozilda NevesKovács, Maria JúliaStall, RonPaiva, Vera2012-07-08T14:46:51Zoai:revistas.usp.br:article/31478Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2012-07-08T14:46:51Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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