Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Madureira, Rosilaine Aparecida da Silva
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Oliveira, Adriana Cristina de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
spa
Título da fonte: Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204103
Resumo: Objetivo: analisar o processo de limpeza de gastroscópios, colonoscópios e duodenoscópios em oito serviços de saúde intra-hospitalar. Método: estudo transversal com 22 endoscópios, sendo oito gastroscópios, oito colonoscópios e seis duodenoscópios, e análise microbiológica de 60 amostras dos canais de ar/água (todos os endoscópios) e elevador (duodenoscópios), além de teste de proteína. Na análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, com cálculo de frequências e medidas de tendência central. Resultados: o processamento de 22 endoscópios foi acompanhado com análise microbiológica de 60 canais. Na pré-limpeza, em 82,3% (14/17) dos equipamentos, foi utilizada gaze na limpeza do tubo de inserção. A imersão incompleta do endoscópio em solução detergente ocorreu em 72,3% (17/22) dos casos, e em 63,6% (14/22) não havia padronização do preenchimento dos canais. A fricção do canal de biópsia não foi realizada em 13,6% (3/22) dos equipamentos. Na análise microbiológica, 25% (7/32) das amostras dos endoscópios armazenados foram positivas para crescimento microbiano (2x101 a 9,5x104 UFC/mL), enquanto após o processamento, a contaminação foi de 32% (9/28). Resíduos de proteína no canal do elevador foram detectados em 33% dos duodenoscópios. Conclusão: os resultados apontam lacunas importantes nas etapas de pré-limpeza e limpeza dos endoscópios que, associadas à presença de resíduos de proteína e ao crescimento de microrganismo de importância epidemiológica, sinalizam limitações na segurança do processamento, que podem comprometer os processos de desinfecção e consequentemente seu uso seguro entre pacientes submetidos a tais exames.
id USP-38_6adcb4a7206d6fce71c52fec30f7ab8f
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/204103
network_acronym_str USP-38
network_name_str Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
repository_id_str
spelling Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafiosCleaning of in-hospital flexible endoscopes: Limitations and challengesLimpieza de endoscopios flexibles intrahospitalarios: limitaciones y desafíosEndoscopes, Gastrointestinal; Bacteria; Disinfection; Sterilization; Infection Control; Patient SafetyEndoscopios Gastrointestinales; Bacterias; Desinfección; Esterilización; Control de Infecciones; Seguridad del PacienteEndoscópios Gastrointestinais; Bactérias; Desinfecção; Esterilização; Controle de Infecções; Segurança do PacienteObjetivo: analisar o processo de limpeza de gastroscópios, colonoscópios e duodenoscópios em oito serviços de saúde intra-hospitalar. Método: estudo transversal com 22 endoscópios, sendo oito gastroscópios, oito colonoscópios e seis duodenoscópios, e análise microbiológica de 60 amostras dos canais de ar/água (todos os endoscópios) e elevador (duodenoscópios), além de teste de proteína. Na análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, com cálculo de frequências e medidas de tendência central. Resultados: o processamento de 22 endoscópios foi acompanhado com análise microbiológica de 60 canais. Na pré-limpeza, em 82,3% (14/17) dos equipamentos, foi utilizada gaze na limpeza do tubo de inserção. A imersão incompleta do endoscópio em solução detergente ocorreu em 72,3% (17/22) dos casos, e em 63,6% (14/22) não havia padronização do preenchimento dos canais. A fricção do canal de biópsia não foi realizada em 13,6% (3/22) dos equipamentos. Na análise microbiológica, 25% (7/32) das amostras dos endoscópios armazenados foram positivas para crescimento microbiano (2x101 a 9,5x104 UFC/mL), enquanto após o processamento, a contaminação foi de 32% (9/28). Resíduos de proteína no canal do elevador foram detectados em 33% dos duodenoscópios. Conclusão: os resultados apontam lacunas importantes nas etapas de pré-limpeza e limpeza dos endoscópios que, associadas à presença de resíduos de proteína e ao crescimento de microrganismo de importância epidemiológica, sinalizam limitações na segurança do processamento, que podem comprometer os processos de desinfecção e consequentemente seu uso seguro entre pacientes submetidos a tais exames.Objetivo: analizar el proceso de limpieza de gastroscopios, colonoscopios y duodenoscopios en ocho servicios de salud intrahospitalarios. Método: estudio transversal con 22 endoscopios, de los cuales ocho eran gastroscopios, ocho colonoscopios y seis duodenoscopios, y análisis microbiológico de 60 muestras de los canales de aire/agua (todos los endoscopios) y elevador (duodenoscopios), además de prueba de proteínas. En el análisis de los datos se utilizó estadística descriptiva, con cálculo de frecuencias y medidas de tendencia central. Resultados: el procesamiento de los 22 endoscopios fue monitoreado con el análisis microbiológico de 60 canales. En la prelimpieza, en el 82,3% (14/17) de los equipos se utilizó gasa para limpiar el tubo de inserción. En el 72,3% (17/22) de los casos la inmersión del endoscopio en solución detergente fue incompleta y en el 63,6% (14/22) no hubo estandarización del llenado de los canales. La fricción del canal de biopsia no se realizó en el 13,6% (3/22) de los equipos. En el análisis microbiológico, el 25% (7/32) de las muestras endoscópicas almacenadas dio positivo para crecimiento microbiano (2x101 a 9,5x104 UFC/ml), mientras que después del procesamiento, la contaminación fue del 32% (9/28). Se detectaron residuos de proteína en el canal elevador en el 33% de los duodenoscopios. Conclusión: los resultados indican que hay importantes lagunas en las etapas de prelimpieza y limpieza de los endoscopios que, junto con la presencia de residuos de proteínas y del crecimiento de microorganismos de importancia epidemiológica, indican limitaciones en la seguridad del procesamiento, que pueden comprometer los procesos de desinfección y, por ende, el uso seguro en los pacientes que se someten a esos procedimientos.Objective: to analyze the cleaning process of gastroscopes, colonoscopes and duodenoscopes in eight in-hospital health services. Method: a cross-sectional study conducted with 22 endoscopes (eight gastroscopes, eight colonoscopes and six duodenoscopes), and microbiological analysis of 60 samples of air/water channels (all endoscopes) and elevator (duodenoscopes), in addition to protein testing. Descriptive statistics with calculation of frequencies and central tendency measures was used in data analysis. Results: the processing of 22 endoscopes was monitored with microbiological analysis for 60 channels. In the pre-cleaning procedure, in 82.3% (14/17) of the devices, gauze was used in cleaning the insertion tube. Incomplete immersion of the endoscope in detergent solution occurred in 72.3% (17/22) of the cases, and in 63.6% (14/22) there was no standardization of filling-in of the channels. Friction of the biopsy channel was not performed in 13.6% (3/22) of the devices. In the microbiological analysis, 25% (7/32) of the samples from the stored endoscopes were positive for microbial growth (from 2x101 to 9.5x104 CFU/mL), while after processing, contamination was 32% (9/28). Protein residues in the elevator channel were detected in 33% of duodenoscopes. Conclusion: the results indicate important gaps in the stages of pre-cleaning and cleaning of endoscopes that, associated with presence of protein residues and growth of microorganisms of epidemiological importance, indicate limitations in safety of the processing procedures, which can compromise the disinfection processes and, consequently, their safe use among patients subjected to such tests.Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto2022-10-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/20410310.1590/1518-8345.5969.3685Revista Latino-Americana de Enfermagem; v. 30 (2022); e3685Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 30 (2022); e3685Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 30 (2022); e36851518-83450104-1169reponame:Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporengspahttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204103/187718https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204103/187719https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204103/187720https://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMadureira, Rosilaine Aparecida da Silva Oliveira, Adriana Cristina de 2022-11-04T15:09:14Zoai:revistas.usp.br:article/204103Revistahttp://www.scielo.br/rlaePUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprlae@eerp.usp.br||shbcassi@eerp.usp.br1518-83450104-1169opendoar:2022-11-04T15:09:14Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafios
Cleaning of in-hospital flexible endoscopes: Limitations and challenges
Limpieza de endoscopios flexibles intrahospitalarios: limitaciones y desafíos
title Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafios
spellingShingle Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafios
Madureira, Rosilaine Aparecida da Silva
Endoscopes, Gastrointestinal; Bacteria; Disinfection; Sterilization; Infection Control; Patient Safety
Endoscopios Gastrointestinales; Bacterias; Desinfección; Esterilización; Control de Infecciones; Seguridad del Paciente
Endoscópios Gastrointestinais; Bactérias; Desinfecção; Esterilização; Controle de Infecções; Segurança do Paciente
title_short Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafios
title_full Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafios
title_fullStr Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafios
title_full_unstemmed Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafios
title_sort Limpeza de endoscópios flexíveis intra-hospitalares: limitações e desafios
author Madureira, Rosilaine Aparecida da Silva
author_facet Madureira, Rosilaine Aparecida da Silva
Oliveira, Adriana Cristina de
author_role author
author2 Oliveira, Adriana Cristina de
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Madureira, Rosilaine Aparecida da Silva
Oliveira, Adriana Cristina de
dc.subject.por.fl_str_mv Endoscopes, Gastrointestinal; Bacteria; Disinfection; Sterilization; Infection Control; Patient Safety
Endoscopios Gastrointestinales; Bacterias; Desinfección; Esterilización; Control de Infecciones; Seguridad del Paciente
Endoscópios Gastrointestinais; Bactérias; Desinfecção; Esterilização; Controle de Infecções; Segurança do Paciente
topic Endoscopes, Gastrointestinal; Bacteria; Disinfection; Sterilization; Infection Control; Patient Safety
Endoscopios Gastrointestinales; Bacterias; Desinfección; Esterilización; Control de Infecciones; Seguridad del Paciente
Endoscópios Gastrointestinais; Bactérias; Desinfecção; Esterilização; Controle de Infecções; Segurança do Paciente
description Objetivo: analisar o processo de limpeza de gastroscópios, colonoscópios e duodenoscópios em oito serviços de saúde intra-hospitalar. Método: estudo transversal com 22 endoscópios, sendo oito gastroscópios, oito colonoscópios e seis duodenoscópios, e análise microbiológica de 60 amostras dos canais de ar/água (todos os endoscópios) e elevador (duodenoscópios), além de teste de proteína. Na análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, com cálculo de frequências e medidas de tendência central. Resultados: o processamento de 22 endoscópios foi acompanhado com análise microbiológica de 60 canais. Na pré-limpeza, em 82,3% (14/17) dos equipamentos, foi utilizada gaze na limpeza do tubo de inserção. A imersão incompleta do endoscópio em solução detergente ocorreu em 72,3% (17/22) dos casos, e em 63,6% (14/22) não havia padronização do preenchimento dos canais. A fricção do canal de biópsia não foi realizada em 13,6% (3/22) dos equipamentos. Na análise microbiológica, 25% (7/32) das amostras dos endoscópios armazenados foram positivas para crescimento microbiano (2x101 a 9,5x104 UFC/mL), enquanto após o processamento, a contaminação foi de 32% (9/28). Resíduos de proteína no canal do elevador foram detectados em 33% dos duodenoscópios. Conclusão: os resultados apontam lacunas importantes nas etapas de pré-limpeza e limpeza dos endoscópios que, associadas à presença de resíduos de proteína e ao crescimento de microrganismo de importância epidemiológica, sinalizam limitações na segurança do processamento, que podem comprometer os processos de desinfecção e consequentemente seu uso seguro entre pacientes submetidos a tais exames.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-10-21
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204103
10.1590/1518-8345.5969.3685
url https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204103
identifier_str_mv 10.1590/1518-8345.5969.3685
dc.language.iso.fl_str_mv por
eng
spa
language por
eng
spa
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204103/187718
https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204103/187719
https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/204103/187720
dc.rights.driver.fl_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
dc.source.none.fl_str_mv Revista Latino-Americana de Enfermagem; v. 30 (2022); e3685
Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 30 (2022); e3685
Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 30 (2022); e3685
1518-8345
0104-1169
reponame:Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
collection Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv rlae@eerp.usp.br||shbcassi@eerp.usp.br
_version_ 1800222856924102656