A prática do processamento de gastroscópios, colonoscópios e duodenoscópios nos serviços de saúde intra - hospitalares
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/43222 |
Resumo: | Procedimentos endoscópicos representam um importante recurso diagnóstico e terapêutico amplamente utilizado nos serviços de saúde. Entretanto, durante o exame, ao entrar em contato com o trato gastrointestinal, o endoscópio se torna altamente contaminado pela microbiota humana. Portanto, a limpeza meticulosa e desinfecção desse equipamento é extremamente crítica na prevenção de infecção e segurança do seu uso. Diante disso, objetivou-se avaliar a prática do processamento de gastroscópios, colonoscópios e duodenoscópios nos serviços de saúde intra – hospitalares. Tratou-se de um estudo transversal, com apoio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), realizado em oito serviços de endoscopia intra-hospitalares em Belo Horizonte, sendo avaliado o processamento de 22 equipamentos endoscópicos e 60 amostras dos canais dos equipamentos. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista, observação das práticas adotadas, análise microbiológica dos canais de ar/água e, no duodenoscópio acrescentou-se a análise do canal do elevador, somado à aplicação de teste de proteína após a limpeza. A análise dos dados se deu por meio de estatística descritiva, com cálculo de frequências, medidas de tendência central. A maioria dos serviços dispuham de endoscópios com média global de uso de 7,3 anos. As manutenções preventivas ocorriam em média a cada 90 dias. Protocolos de processamento não estavam ao alcance dos profissionais de forma facilitada em 50% (4/8) dos serviços. A auditoria do processo de limpeza é realizada em 62,5% (5/8) dos serviços, por meio de teste adenosina trifosfato (ATP) bioluminescência. Nenhum serviço possuía rotina de vigilância dos pacientes submetidos a procedimentos endoscópicos. Todas as etapas do processamento apresentaram não conformidades com as diretrizes nacionais e internacionais, destacando-se a etapa da limpeza como a de maior desafio, seguida da secagem, pré-limpeza, teste de vedação e armazenamento. Na pré-limpeza, verificou-se que 86,4% (19/22) dos equipamentos não era padronizada a compressa para limpeza externa do equipamento, sendo adotada a gaze. O teste de vedação não foi realizado em 36,4% (8/22) dos equipamentos. Na limpeza, 72,7% (17/22) dos endoscópios não foram imersos em solução detergente e 63,6% (14/22) dos equipamentos, os canais eram friccionados com esvova de tamanho único. Nenhum serviço havia padronização de tempo para a secagem final dos canais. No armazenamento, os armários convencionais em MDF foram encontrados em 37,5% (3/8) dos serviços, sem qualquer ventilação. Quanto ao potencial de contaminação, após o processamento verificou-se um predomínio de Pseudomonas, sendo que 28,5% eram resistentes a carbepenem e 21,4% com perfil intermediário. Serratia marcescens resistente a carbapenem foi isolada em 33,3% das amostras. Em relação aos testes de avaliação da limpeza, 33% (2/6) dos duodenoscópios apresentavam resíduos de proteína no canal do elevador. Conclui-se que as práticas cotidianas do processamento de endoscópios em serviços de saúde não têm sido realizadas conforme as evidências e as recomendações científicas. |
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Tratou-se de um estudo transversal, com apoio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), realizado em oito serviços de endoscopia intra-hospitalares em Belo Horizonte, sendo avaliado o processamento de 22 equipamentos endoscópicos e 60 amostras dos canais dos equipamentos. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista, observação das práticas adotadas, análise microbiológica dos canais de ar/água e, no duodenoscópio acrescentou-se a análise do canal do elevador, somado à aplicação de teste de proteína após a limpeza. A análise dos dados se deu por meio de estatística descritiva, com cálculo de frequências, medidas de tendência central. A maioria dos serviços dispuham de endoscópios com média global de uso de 7,3 anos. As manutenções preventivas ocorriam em média a cada 90 dias. Protocolos de processamento não estavam ao alcance dos profissionais de forma facilitada em 50% (4/8) dos serviços. A auditoria do processo de limpeza é realizada em 62,5% (5/8) dos serviços, por meio de teste adenosina trifosfato (ATP) bioluminescência. Nenhum serviço possuía rotina de vigilância dos pacientes submetidos a procedimentos endoscópicos. Todas as etapas do processamento apresentaram não conformidades com as diretrizes nacionais e internacionais, destacando-se a etapa da limpeza como a de maior desafio, seguida da secagem, pré-limpeza, teste de vedação e armazenamento. Na pré-limpeza, verificou-se que 86,4% (19/22) dos equipamentos não era padronizada a compressa para limpeza externa do equipamento, sendo adotada a gaze. O teste de vedação não foi realizado em 36,4% (8/22) dos equipamentos. Na limpeza, 72,7% (17/22) dos endoscópios não foram imersos em solução detergente e 63,6% (14/22) dos equipamentos, os canais eram friccionados com esvova de tamanho único. Nenhum serviço havia padronização de tempo para a secagem final dos canais. 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Conclui-se que as práticas cotidianas do processamento de endoscópios em serviços de saúde não têm sido realizadas conforme as evidências e as recomendações científicas.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUFMGBrasilENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEMEndoscópios gastrointestinaisDesinfecçãoEsterilizaçãoControle de infecçõesSegurança do PacienteDissertação AcadêmicaEndoscópios gastrointestinaisDesinfecçãoEsterilizaçãoControle de infecçõesSegurança do PacienteA prática do processamento de gastroscópios, colonoscópios e duodenoscópios nos serviços de saúde intra - hospitalaresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Rosilaine Madureira 12072022.pdfDissertação Rosilaine Madureira 12072022.pdfapplication/pdf5291666https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43222/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Rosilaine%20Madureira%2012072022.pdf9bc42135e437354c4aea21c6d33d15b8MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43222/6/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD561843/432222022-07-13 09:05:53.298oai:repositorio.ufmg.br:1843/43222TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-07-13T12:05:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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