Nutrição mineral do gergelim (Sesamum indicum L.): I - concentração e acúmulo de macronutrientes em condições de campo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Romildo Albuquerque dos
Data de Publicação: 1982
Outros Autores: Haag, Henrique Paulo, Minami, Keigo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/4873
Resumo: Tendo-se como objetivo conhecer o comportamento nutricional da cultura de gergelim (Sesamum indicum L.), instalou-se um ensaio no campo experimental do Departamento de Agricultura e Horticultura, da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo, visando analisar o crescimento, determinar as concentrações e acúmulo de macronutrientes pelo cultivar Venezuela em diferentes estágios de desenvolvimento, e avaliar a exportação pela colheita. O experimento foi conduzido no decorrer do ano agrícola 1981/1982, num solo Terra Rosa Extruturada, Série Luiz de Queiroz. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com um cultivar, oito épocas de amostragem e quatro repetições. As primeiras amostras foram coletadas 28 dias após a emergência das plântulas (desbaste) e as demais em intervalos regulares de 12 dias, de tal maneira que sempre houvessem outras quatro competitivas na fileira. No material coletado (folha, caule e fruto), determinou-se os teores e acúmulo de macronutrientes, assim como a quantidade de matéria seca. Concluiu-se que: a) até os 112 dias a produção de matéria seca foi de 344,40 gramas por planta; b) a matéria seca acumulada nas folhas tem representação quadrática, nos caules é sigmoidal e nos frutos linear; c) a concentração dos macronutrientes foi sempre maior nas folhas do que nos caules, com exceção apenas do potássio; d) a acumulação dos macronutrientes foi sempre maior nas folhas do que nos caules, com exceção do potássio: e) a concentração dos macronutrientes nos órgãos amostrados, ocorreu na seguinte ordem: Folha: N(3,97%) >; K(3,60%) >; Ca(2,91%) >; P (0,54%) >; Mg(0,45%) >;.S(0,30%). Caule: K(6,14%) >; N(1,48%) >; Ca(1,36%) >; Mg (0,42%) >; P(0,40%) >; S(0,-2%). Fruto: K(1,86%) >; N(1,6%) >; Ca(O,41%) >; P (0,40%) >; Mg(0,21%) >; S(0,20%). f) a acumulação total dos macronutrientes pela planta inteira foi crescente com a idade até os 112 dias, com exceção do P, K nas folhas e Ca nos caules. g) a acumulação pela planta (mg/planta) foi em ordem decrescente: N(5391,70) >; K(4075,26) >; Ca(2759,85) >; P(986,72) >; Mg(667,97) >; S(647,01). h) a exportação através da colheita (mg/planta) foi em ordem decrescente: N( 1931,10) >; K(170)I; 7,70) >; Ca(528,68) >; P(492,69) >; S(260,67) >; Mg(295,54).
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As primeiras amostras foram coletadas 28 dias após a emergência das plântulas (desbaste) e as demais em intervalos regulares de 12 dias, de tal maneira que sempre houvessem outras quatro competitivas na fileira. No material coletado (folha, caule e fruto), determinou-se os teores e acúmulo de macronutrientes, assim como a quantidade de matéria seca. Concluiu-se que: a) até os 112 dias a produção de matéria seca foi de 344,40 gramas por planta; b) a matéria seca acumulada nas folhas tem representação quadrática, nos caules é sigmoidal e nos frutos linear; c) a concentração dos macronutrientes foi sempre maior nas folhas do que nos caules, com exceção apenas do potássio; d) a acumulação dos macronutrientes foi sempre maior nas folhas do que nos caules, com exceção do potássio: e) a concentração dos macronutrientes nos órgãos amostrados, ocorreu na seguinte ordem: Folha: N(3,97%) >; K(3,60%) >; Ca(2,91%) >; P (0,54%) >; Mg(0,45%) >;.S(0,30%). Caule: K(6,14%) >; N(1,48%) >; Ca(1,36%) >; Mg (0,42%) >; P(0,40%) >; S(0,-2%). Fruto: K(1,86%) >; N(1,6%) >; Ca(O,41%) >; P (0,40%) >; Mg(0,21%) >; S(0,20%). f) a acumulação total dos macronutrientes pela planta inteira foi crescente com a idade até os 112 dias, com exceção do P, K nas folhas e Ca nos caules. g) a acumulação pela planta (mg/planta) foi em ordem decrescente: N(5391,70) >; K(4075,26) >; Ca(2759,85) >; P(986,72) >; Mg(667,97) >; S(647,01). h) a exportação através da colheita (mg/planta) foi em ordem decrescente: N( 1931,10) >; K(170)I; 7,70) >; Ca(528,68) >; P(492,69) >; S(260,67) >; Mg(295,54). A field experiment was set in Piracicaba (SL:22º41'31" and LW: 47º38'01"), State of São Paulo, Brasil, in a soil classified as 'Terra Roxa Estruturada (Alfissol), Serie Luiz de Queiroz", in order to study: the growth rate of sesame plants; the concentration of macro nutrients in the different plant organs; the accumulation of macronutrients by the whole plant, and the exportation of macronutrients through the pods. Plants (4 replications) with 28, 40, 52, 64, 76, 88, 100, and 102 days from emergence were collected and divided into leaves, stems and pods. The material was dried at 80ºC and analysed for macronutrients. The results were as follows: at 112 days de maximum dry matter production obtained was 344.4 g per plant; the accumulation of dry matter by the leaves corresponds to a quadratic equation, while it is sigmoidal for the stems and linear for the pods; the accumulation of macronutrients was always higher in the leaves than in the stems, except for K; the concentration of macronutrients in the leaves, stems and pods occurred in the following order: Leaves: N(3-97%) >; K(3.60%) >; Ca(2.91%) >; P(0.54%) >; Mg (0.45%) >; S(0.30%). Stems: K(6.14%) >; N(1.48%) >; Ca(1.36%) >; Mg(0.42%) >; P (0.40%) >; S(0.22%). Pods: K(1.86%) >; N(1.61%) >; Ca(0.41%) >; P(0.40%) >; Mg (0.21%) >; S(0.20%). The total accumulation of macronutrients by the whole plant increased with aging until 112 days except for P and K in the leaves and Ca in the stems; the accumulation of macronutrients (mg) at the final growth stage was: N(5391.70) >; K(4075.26) >; Ca(2759.85) >; P(986.72) >; Mg (667.97) >; S(647.01) Universidade de São Paulo. 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