Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Homero
Data de Publicação: 1974
Outros Autores: Martinelli Filho, Alcides, Del Nery, Humberto, Roncatto, Elisabeth
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/39061
Resumo: No presente trabalho foram isoladas, e estudadas quanto à produção de aflatoxina, espécies do gênero Aspergillus, principalmente as linhagens de A. flavus ocorrentes na região Araraquarense. o isolamento, seguindo métodos usuais em microbiologia, foram executados em amostras de amendoim, provenientes de duas épocas do ano, ou seja, da safra das «águas» e da safra da «seca». Após o isolamento as culturas foram classificadas. Dessa classificação pôde-se obter: 102 culturas de A. flavus; 4 culturas de A. oryzae; var. effusus; 2 culturas de A. oryzae; 2 culturas de A. parasiticus e 1 cultura do Grupo A. ochraceus. Durante os trabalhos 4 culturas foram perdidas, dessa forma foram estudadas realmente 107 culturas. Todas as culturas, a seguir, foram estudadas para a verificação de sua habilidade em produzir aflatoxina. A extração da toxina foi feita no micélio e no meio de cultura, usando-se técnicas padrões. A separação dos metabólitos foi feita em placas de camada delgada de silicagel, usando-se como solvente o benzeno-acetato de etila-etnol e quantificadas sob luz ultra-violeta. Analisando-se as 107 culturas de Aspergillus, notou-se que apenas 33 delas (31%) produziram aflatoxina, sendo que destas, 4 produriram apenas no meio de cultura, enquanto que duas produziram aflatoxina apenas no micélio. Observando-se ainda o comportamento das culturas que produziram aflatoxina, verificou-se que a produção da toxina no micélio foi muito maior que no meio da cultura, algumas produzindo elevadas quantidades (até 400 ppm de B1 e 300 ppm de G1). 3) Uma percentagem razoável de amostras (65% na série A e 70% na série B) produziram aflatoxina em pelo menos uma das colônias isoladas. 4) Algumas colônias produziram elevada quantidade de aflatoxina, chegando a 400 ppm de Bi e 300 ppm de d. 5) Uma baixa proporção do total das colônias (31%) produziu aflatoxina. 6) Dentre as demais espécies de Aspergillus apenas uma colônia de A. oryzae produziu aflatoxina e mesmo assim, só no meio de cultura. 7) Não houve correlação entre a produção de aflatoxina no meio de cultura e no micélio (r = 0,027), porém houve uma correlação fortemente positiva entre a produção de aflatoxina Bx e Gx no meio de cultura (r = 0,988) e também no micélio (r = 0,826).
id USP-46_d62b7e0db3c5f441717eae9983aa4f9a
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/39061
network_acronym_str USP-46
network_name_str Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
repository_id_str
spelling Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP Aflatoxin producing species of Aspergilli in the region Araraquarense, SP, Brazil No presente trabalho foram isoladas, e estudadas quanto à produção de aflatoxina, espécies do gênero Aspergillus, principalmente as linhagens de A. flavus ocorrentes na região Araraquarense. o isolamento, seguindo métodos usuais em microbiologia, foram executados em amostras de amendoim, provenientes de duas épocas do ano, ou seja, da safra das «águas» e da safra da «seca». Após o isolamento as culturas foram classificadas. Dessa classificação pôde-se obter: 102 culturas de A. flavus; 4 culturas de A. oryzae; var. effusus; 2 culturas de A. oryzae; 2 culturas de A. parasiticus e 1 cultura do Grupo A. ochraceus. Durante os trabalhos 4 culturas foram perdidas, dessa forma foram estudadas realmente 107 culturas. Todas as culturas, a seguir, foram estudadas para a verificação de sua habilidade em produzir aflatoxina. A extração da toxina foi feita no micélio e no meio de cultura, usando-se técnicas padrões. A separação dos metabólitos foi feita em placas de camada delgada de silicagel, usando-se como solvente o benzeno-acetato de etila-etnol e quantificadas sob luz ultra-violeta. Analisando-se as 107 culturas de Aspergillus, notou-se que apenas 33 delas (31%) produziram aflatoxina, sendo que destas, 4 produriram apenas no meio de cultura, enquanto que duas produziram aflatoxina apenas no micélio. Observando-se ainda o comportamento das culturas que produziram aflatoxina, verificou-se que a produção da toxina no micélio foi muito maior que no meio da cultura, algumas produzindo elevadas quantidades (até 400 ppm de B1 e 300 ppm de G1). 3) Uma percentagem razoável de amostras (65% na série A e 70% na série B) produziram aflatoxina em pelo menos uma das colônias isoladas. 4) Algumas colônias produziram elevada quantidade de aflatoxina, chegando a 400 ppm de Bi e 300 ppm de d. 5) Uma baixa proporção do total das colônias (31%) produziu aflatoxina. 6) Dentre as demais espécies de Aspergillus apenas uma colônia de A. oryzae produziu aflatoxina e mesmo assim, só no meio de cultura. 7) Não houve correlação entre a produção de aflatoxina no meio de cultura e no micélio (r = 0,027), porém houve uma correlação fortemente positiva entre a produção de aflatoxina Bx e Gx no meio de cultura (r = 0,988) e também no micélio (r = 0,826). Species of the genus Aspergillus, mainly A. flavus strains, occuring in the Araraquarense region (State of São Paulo, Brazil), were isolated and their ability to produce aflatoxin was studied. The isolation was conducted following routine methods in microbiology. The cultures were obtained from samples of peanuts collected in the 'rainy season" and in the "dry season". After the isolation the cultures were classified as follows: 102 A. flavus; 4 A. oryzae var. effusus; 2 A. oryzae; 2 A. parasiticus and 1 A. ochraceus. During the work, 4 cultures were lost, remaining 107 cultures. The cultures were then tested in their ability to produce aflatoxin, which was extracted from the mycelium and from the culture medium. The metabolites were separated by thin layer chromatography using the solvent benzene-ethyl acetate-ethanol and quantified under long wave U. V. light. From 107 cultures of Aspergillus only 33 (31%) produced aflatoxin; seven of those produced it only in the culture medium, while two, only in the mycelium. The production of aflatoxin was much higher in the mycelium than in the culture medium; some of them produced very high quantities, up to 400 p.p.m. of B1 and 300 p.p.m. of G1. From the 33 cultures producing aflatoxin, 32 belonged to the A. flavus species and only one to the A. oryzae. Previous studies when high yields of aflatoxin G1 as related to B1 were reported in that region, were confirmed in the present work. Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz1974-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/3906110.1590/S0071-12761974000100042Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz; v. 31 (1974); 519-536 2316-89350071-1276reponame:Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirozinstname:Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/39061/41945Fonseca, HomeroMartinelli Filho, AlcidesDel Nery, HumbertoRoncatto, Elisabethinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-08-20T12:27:56Zoai:revistas.usp.br:article/39061Revistahttps://www.revistas.usp.br/aesalq/about/contactPUBhttps://www.revistas.usp.br/aesalq/oaiscientia@esalq.usp.br0071-12760071-1276opendoar:2012-08-20T12:27:56Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP
Aflatoxin producing species of Aspergilli in the region Araraquarense, SP, Brazil
title Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP
spellingShingle Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP
Fonseca, Homero
title_short Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP
title_full Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP
title_fullStr Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP
title_full_unstemmed Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP
title_sort Espécies de Aspergillus produtoras de aflatoxina, na região Araraquarense, SP
author Fonseca, Homero
author_facet Fonseca, Homero
Martinelli Filho, Alcides
Del Nery, Humberto
Roncatto, Elisabeth
author_role author
author2 Martinelli Filho, Alcides
Del Nery, Humberto
Roncatto, Elisabeth
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fonseca, Homero
Martinelli Filho, Alcides
Del Nery, Humberto
Roncatto, Elisabeth
description No presente trabalho foram isoladas, e estudadas quanto à produção de aflatoxina, espécies do gênero Aspergillus, principalmente as linhagens de A. flavus ocorrentes na região Araraquarense. o isolamento, seguindo métodos usuais em microbiologia, foram executados em amostras de amendoim, provenientes de duas épocas do ano, ou seja, da safra das «águas» e da safra da «seca». Após o isolamento as culturas foram classificadas. Dessa classificação pôde-se obter: 102 culturas de A. flavus; 4 culturas de A. oryzae; var. effusus; 2 culturas de A. oryzae; 2 culturas de A. parasiticus e 1 cultura do Grupo A. ochraceus. Durante os trabalhos 4 culturas foram perdidas, dessa forma foram estudadas realmente 107 culturas. Todas as culturas, a seguir, foram estudadas para a verificação de sua habilidade em produzir aflatoxina. A extração da toxina foi feita no micélio e no meio de cultura, usando-se técnicas padrões. A separação dos metabólitos foi feita em placas de camada delgada de silicagel, usando-se como solvente o benzeno-acetato de etila-etnol e quantificadas sob luz ultra-violeta. Analisando-se as 107 culturas de Aspergillus, notou-se que apenas 33 delas (31%) produziram aflatoxina, sendo que destas, 4 produriram apenas no meio de cultura, enquanto que duas produziram aflatoxina apenas no micélio. Observando-se ainda o comportamento das culturas que produziram aflatoxina, verificou-se que a produção da toxina no micélio foi muito maior que no meio da cultura, algumas produzindo elevadas quantidades (até 400 ppm de B1 e 300 ppm de G1). 3) Uma percentagem razoável de amostras (65% na série A e 70% na série B) produziram aflatoxina em pelo menos uma das colônias isoladas. 4) Algumas colônias produziram elevada quantidade de aflatoxina, chegando a 400 ppm de Bi e 300 ppm de d. 5) Uma baixa proporção do total das colônias (31%) produziu aflatoxina. 6) Dentre as demais espécies de Aspergillus apenas uma colônia de A. oryzae produziu aflatoxina e mesmo assim, só no meio de cultura. 7) Não houve correlação entre a produção de aflatoxina no meio de cultura e no micélio (r = 0,027), porém houve uma correlação fortemente positiva entre a produção de aflatoxina Bx e Gx no meio de cultura (r = 0,988) e também no micélio (r = 0,826).
publishDate 1974
dc.date.none.fl_str_mv 1974-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/39061
10.1590/S0071-12761974000100042
url https://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/39061
identifier_str_mv 10.1590/S0071-12761974000100042
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/39061/41945
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
dc.source.none.fl_str_mv Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz; v. 31 (1974); 519-536
2316-8935
0071-1276
reponame:Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
instname:Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)
instacron:USP
instname_str Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
collection Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
repository.name.fl_str_mv Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)
repository.mail.fl_str_mv scientia@esalq.usp.br
_version_ 1797050006708944896