Análise microestrutural do esmalte decíduo desmineralizado após escovação dentária in vitro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neves, Aline de Almeida
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Castro, Rodolfo de Almeida, Coutinho, Eduardo Tavares, Primo, Laura Guimarães
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Pesquisa odontológica brasileira (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/pob/article/view/42990
Resumo: O objetivo do estudo foi investigar as características morfológicas do esmalte decíduo desmineralizado submetido à escovação com dentifrício fluoretado ou não fluoretado. Para isto, 32 blocos de esmalte foram separados em 4 grupos diferentes, contendo 8 elementos cada que foram imersos em saliva artificial por 15 dias: C = controle; E = atacado com gel de ácido fosfórico a 37% por 30 segundos; EB = atacado e escovado 3 vezes ao dia com dentifrício não fluoretado; EBF = atacado e escovado 3 vezes ao dia com dentifrício fluoretado. A escovação foi padronizada em 0,2 kgf e 15 movimentos de vai-e-vem foram executados em cada bloco. Após o período experimental, as amostras foram preparadas e examinadas no MEV. O grupo controle (C) apresentou lisura superficial e riscos causados pela escovação habitual; as amostras atacadas (E) apresentaram diferentes graus de desintegração superficial, porém o padrão de ataque ácido foi predominantemente a dissolução do tipo II. As superfícies escovadas apresentaram-se alisadas, com exposição das elevações correspondentes aos processos de Tomes e as depressões de esmalte interprismático. Partículas semelhantes a carbonato de cálcio foram encontradas nas partes mais protegidas das depressões. Não houve diferença quando os grupos foram escovados com dentifrício fluoretado (EBF) e dentifrício sem fluoreto (EB). Os resultados sugerem que a abrasão mecânica da escovação com dentifrício sobre o esmalte desmineralizado alisa a superfície rugosa causada pelo condicionamento ácido e que a presença do fluoreto não altera morfologicamente este padrão.
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