Barulho! Vamos deixar cantar o Fado Bicha. Cidadania, resistência e política na música popular contemporânea
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/197977 |
Resumo: | Notando a desadequação do entendimento da música como mero fenómeno superficial de uma expressão sociopolítica, mostraremos, neste artigo, como os Fado Bicha enfatizam a importância da performatividade numa improvável resistência fundada no fado. Na verdade, procuramos demonstrar como as performances e as canções do Fado Bicha se assumem como produtores de denúncia e de protesto e, sobretudo, são (re)criadoras de temáticas/problemáticas de género. A sua insurgência manifesta na realidade portuguesa, ao provocar-lhe agitação e mudança pela leitura que dela fazem, constitui-se em elemento integrante de uma identidade coletiva reconfigurada pelo artivismo. Assim, procurou-se romper com o facto de a música, enquanto meio que atinge um elevado número de pessoas a uma escala transglobal, ter sido ainda pouco estudada no seu impacto político, isto é, como instrumento de refutação de hegemonias, de resistência e de articulação de novas alternativas – e, justamente, onde menos se esperava - no fado. |
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Barulho! Vamos deixar cantar o Fado Bicha. Cidadania, resistência e política na música popular contemporâneaNoise! Let Fado Bicha sing. Citizenship, Resistance and Politics in Contemporary Popular MusicQueerartivismoresistênciaidentidadespolíticaQueerartivismresistanceidentitiespoliticsNotando a desadequação do entendimento da música como mero fenómeno superficial de uma expressão sociopolítica, mostraremos, neste artigo, como os Fado Bicha enfatizam a importância da performatividade numa improvável resistência fundada no fado. Na verdade, procuramos demonstrar como as performances e as canções do Fado Bicha se assumem como produtores de denúncia e de protesto e, sobretudo, são (re)criadoras de temáticas/problemáticas de género. A sua insurgência manifesta na realidade portuguesa, ao provocar-lhe agitação e mudança pela leitura que dela fazem, constitui-se em elemento integrante de uma identidade coletiva reconfigurada pelo artivismo. Assim, procurou-se romper com o facto de a música, enquanto meio que atinge um elevado número de pessoas a uma escala transglobal, ter sido ainda pouco estudada no seu impacto político, isto é, como instrumento de refutação de hegemonias, de resistência e de articulação de novas alternativas – e, justamente, onde menos se esperava - no fado.Noting the inadequacy of the understanding of music as a mere superficial phenomenon of a sociopolitical expression, the article presents how Fado Bicha emphasizes the importance of performativity in an improbable resistance founded in fado. It seeks to demonstrate how the performances and songs of Fado Bicha assume themselves as producers of denunciation and protest and, above all, as (re)creators of gender themes/problems. Their manifest insurgence in the Portuguese reality is based in provoking agitation and change through their reading of it, as it constitutes an integral element of a collective identity reconfigured by artivism. Thus, we sought to break with the fact that music, as a medium that reaches a large number of people on a trans-global scale, has still been little studied in its political impact, that is, as an instrument of refutation of hegemonies, of resistance and of articulation of new alternatives - and, precisely, where it was least expected - in fado.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2023-01-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/19797710.11606/1678-9857.ra.2022.197977Revista de Antropologia; v. 65 n. 2 (2022); e197977Revista de Antropologia; Vol. 65 No 2 (2022); e197977Revista de Antropologia; Vol. 65 Núm. 2 (2022); e197977Revista de Antropologia; Vol. 65 No. 2 (2022); e1979771678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/197977/188043https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/197977/188109Copyright (c) 2022 Revista de Antropologiahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGuerra, Paula2023-01-13T10:54:09Zoai:revistas.usp.br:article/197977Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2023-01-13T10:54:09Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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