Os sistemas cooperativistas brasileiro e alemão: aspectos comparativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wstphal, Vera Herweg
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de contabilidade e organizações
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rco/article/view/34720
Resumo: Este trabalho objetiva apresentar diferenças na constituição histórica dos sistemas cooperativistas, bem como comparar a legislação cooperativista, a organização interna e a organização dos sistemas cooperativistas alemão e brasileiro, destacando semelhanças e diferenças entre os mesmos. O estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica e análise de conteúdo de fontes documentais. Na Alemanha o cooperativismo surgiu pela organização de setores empobrecidos da população, enquanto auxílio mútuo para melhorar sua condição social e econômica. Atualmente, cerca de 95% do setor primário e 35% do setor financeiro organizam-se de forma cooperativada. No setor secundário o cooperativismo não tem fixação significativa. Já as cooperativas habitacionais e de consumo são expressivas e nos últimos anos, observa-se um crescimento de cooperativas na área de prestação de serviços. No Brasil, as primeiras cooperativas surgiram como forma de auxílio mútuo, mas é pós-1960 que há um crescimento massivo de cooperativas. Elas foram fomentadas pelo Estado, sobretudo na agricultura, consolidando o agronegócio. Nos últimos anos a quantidade de cooperativas ascende em setores como saúde, educação e serviços. Enquanto na Alemanha as cooperativas privilegiam a dimensão econômica e são organizadas de forma autônoma, sem ingerência do Estado, no Brasil as cooperativas têm também uma importante função social e têm buscado sua autonomia.
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