Desigualdades raciais na mortalidade de mulheres adultas no Recife, 2001 a 2003
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7527 |
Resumo: | As desigualdades raciais, resultantes dos efeitos da exclusão social, são influenciadas pela prática de preconceitos e discriminações. O termo raça pode ser entendido como identidade coletiva ou consciência política que constrói uma auto-estima socialmente positiva. Objetivou-se caracterizar desigualdades raciais na mortalidade de mulheres adultas negras e brancas, residentes em Recife, entre 2001 e 2003. No estudo, tipo transversal, incluíram-se 2.943 óbitos de mulheres de 20 a 59 anos, captados no Sistema de Informação sobre Mortalidade, com raça/cor branca e negra (preta + parda), analisando-se a mortalidade proporcional, coeficientes de mortalidade e razões de taxas. O risco de morte de negras foi 1,7 vezes superior ao de brancas. Entre as negras identificou-se maior risco de morte em todas as faixas etárias e maior proporção de óbitos em hospitais do SUS, de mulheres sem companheiro e que exerciam serviços/atividades domésticas. Quanto às causas básicas, observaram-se maiores coeficientes de mortalidade em todos os capítulos e causas específicas, exceto por neoplasias na faixa de 20 a 29 anos e por câncer de mama nas faixas de 30 a 39 e 50 a 59 anos. Entre negras e brancas, quanto menor a idade, maior a desigualdade do risco de morte por causas externas. Em negras, ressalta-se o maior risco de morte por homicídios; acidentes de transporte; doenças isquêmicas do coração, cerebrovasculares e hipertensivas; diabetes e tuberculose. Os achados revelam iniqüidades na saúde das mulheres negras, decorrentes da violação de direitos que dificultam a ascensão social e o acesso a condições dignas de saúde. |
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Desigualdades raciais na mortalidade de mulheres adultas no Recife, 2001 a 2003 Racial inequality in the mortality of adult women in Recife, 2001-2003 Racial InequalityAdult Women MortalityBlack Women and HealthDesigualdade RacialMortalidade em Mulheres AdultasMulher Negra e Saúde As desigualdades raciais, resultantes dos efeitos da exclusão social, são influenciadas pela prática de preconceitos e discriminações. O termo raça pode ser entendido como identidade coletiva ou consciência política que constrói uma auto-estima socialmente positiva. Objetivou-se caracterizar desigualdades raciais na mortalidade de mulheres adultas negras e brancas, residentes em Recife, entre 2001 e 2003. No estudo, tipo transversal, incluíram-se 2.943 óbitos de mulheres de 20 a 59 anos, captados no Sistema de Informação sobre Mortalidade, com raça/cor branca e negra (preta + parda), analisando-se a mortalidade proporcional, coeficientes de mortalidade e razões de taxas. O risco de morte de negras foi 1,7 vezes superior ao de brancas. Entre as negras identificou-se maior risco de morte em todas as faixas etárias e maior proporção de óbitos em hospitais do SUS, de mulheres sem companheiro e que exerciam serviços/atividades domésticas. Quanto às causas básicas, observaram-se maiores coeficientes de mortalidade em todos os capítulos e causas específicas, exceto por neoplasias na faixa de 20 a 29 anos e por câncer de mama nas faixas de 30 a 39 e 50 a 59 anos. Entre negras e brancas, quanto menor a idade, maior a desigualdade do risco de morte por causas externas. Em negras, ressalta-se o maior risco de morte por homicídios; acidentes de transporte; doenças isquêmicas do coração, cerebrovasculares e hipertensivas; diabetes e tuberculose. Os achados revelam iniqüidades na saúde das mulheres negras, decorrentes da violação de direitos que dificultam a ascensão social e o acesso a condições dignas de saúde. Racial inequalities are effects of social exclusion, being influenced by prejudice and discrimination. The term race is used here meaning group identity or political perception of sharing a particular racial heritage, which builds a positive social self-esteem. The study aimed to characterize the mortality pattern of black and white adult women living in Recife, between 2001 and 2003. In this cross-sectional study, 2,943 deaths of women aged between 20 and 59 years were included, identified in the Mortality Information System of the National Health System (SUS), with race/skin color white or black (black + mestizo). Proportional mortality, mortality rates and ratios were obtained. The risk of dying was 1.7 times higher for black women compared to whites. Black women had higher risk of death in all age groups and higher proportion of deaths in public hospitals, of women who did not have a partner (single, widow or separated), who were housewives or worked as domestic servants, and who were less educated. Regarding the underlying causes, black women had a higher mortality rate for all chapters of the International Classification of Diseases and for specific causes of death, except for neoplasm in women aged 20 to 29 years and for breast cancer in women aged 30 to 39 and 50 to 59 years. As age decreases, a large difference between black and white women was found in the risk of deaths caused by external causes. Among black women, there was an increase in the risk of dying due to homicides, motor vehicle accidents, ischemic heart diseases, cerebral vascular and hypertensive diseases, diabetes, and tuberculosis. The findings showed inequality in health, with disadvantages for the black women, which are the expression of human rights violation that challenges social rise and the access to decent health conditions. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2007-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/752710.1590/S0104-12902007000200009Saúde e Sociedade; v. 16 n. 2 (2007); 87-102 Saúde e Sociedade; Vol. 16 No. 2 (2007); 87-102 Saúde e Sociedade; Vol. 16 Núm. 2 (2007); 87-102 1984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7527/9044Santos, Sony Maria dosGuimarães, Maria José BezerraAraújo, Thália Velho Barreto deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-04T01:14:17Zoai:revistas.usp.br:article/7527Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2012-05-04T01:14:17Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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