Distribuição da aflatoxina em frações de milho contaminado obtidas após separação granulométrica e visual
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-20181127-160208/ |
Resumo: | Estudos têm mostrado que a contaminação com aflatoxinas esta distribuída de forma extremamente heterogênea numa massa de grãos contaminada e que algumas frações especificas apresentam maior concentração. No Brasil, apesar da importância econômica e da possibilidade já demonstrada da contaminação com aflatoxinas no milho, não existem estudos da distribuição desta toxina em frações granulométricas, obtidas nos processos de pré-limpeza utilizados no Brasil e também, nas frações visualmente separáveis e consideradas no processo de classificação do milho. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a distribuição da contaminação, com aflatoxinas, em frações de milho, obtidas após peneiragem e separação visual de 30 amostras contaminadas. O procedimento de preparo das amostras para análise de aflatoxinas consistiu-se em passar cada amostra na peneira de crivos circulares de 4,5 mm de diâmetro obtendo-se uma fração ≥ 4,5 mm e outra < 4,5 mm. A fração < 4,5 mm foi moída e analisada. A fração ≥ 4,5 mm foi subdividida em duas: uma subamostra foi analisada e a outra passada por peneira de crivos circulares de 5,0 mm de diâmetro, sendo em seguida separada em grãos sadios (correspondendo a grãos regulares) e grãos não sadios (correspondendo a grãos ardidos, avariados, brotados, carunchados, chochos e quebrados), conforme a classificação oficial brasileira. Os resultados mostraram que embora a concentração com aflatoxinas nas frações granulométricas tenha sido estaticamente maior em media para a fração < 4,5mm, a fração ≥ 4,5mm apresentou para amostras especificas níveis de concentração mais elevados. Entretanto, se for considerado o peso e a concentração com aflatoxinas de cada fração, a contribuição da fração ≥ 4,5mm para a concentração estimada nas amostras seria sempre maior em comparação a fração < 4,5 mm. Foram encontrados índices de correlação entre as percentagens dos grupos de defeitos definidos pela Classificação Oficial: a) grãos ardidos, queimados e brotados e b) grãos avariados, significativos com relação aos níveis de contaminação estimados para as frações granulométricas. Entretanto, outros estudos em nosso laboratório, ainda não publicados, não mostraram correlação significativa entre estes parâmetros. Portanto o uso dos índices de classificação para estimativa do nível de contaminação com aflatoxinas deve ser melhor estudado. A distribuição da contaminação observada nas frações separadas visualmente mostrou que a contaminação dos grãos não sadios foi estatisticamente maior que dos grãos sadios e em nenhuma amostra os grãos sadios apresentaram maior contaminação que os grãos não sadios. Os níveis de contaminação dos grãos sadios foram menores de 20 μ g/kg, máximo nível permitido pela Legislação no Brasil (Brasil, 1996) em 87% das amostras. Todas as frações de grãos sadios apresentaram contaminação maior que este nível. Considerando o peso e a concentração com aflatoxinas de cada fração, a contribuição dos grãos sadios para a concentração estimada seria sempre maior e a retirada dos grãos não sadios contribuiria para reduzir os níveis de contaminação das amostras. Foram encontrados índices de correlação entre a s percentagens dos grupos de defeitos pela Classificação Oficial; a) grãos ardidos, queimados e brotados e b) grãos avariados, significativos com relação aos níveis de contaminação estimados para as frações de grãos sadios e não sadios. Entretanto, outros estudos em nosso laboratório, ainda não publicados, não mostraram correlação significativa entre estes parâmetros. Portanto o uso dos índices de classificação para estimativa do nível de contaminação com aflatoxinas deve ser melhor estudado |
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Estudos têm mostrado que a contaminação com aflatoxinas esta distribuída de forma extremamente heterogênea numa massa de grãos contaminada e que algumas frações especificas apresentam maior concentração. No Brasil, apesar da importância econômica e da possibilidade já demonstrada da contaminação com aflatoxinas no milho, não existem estudos da distribuição desta toxina em frações granulométricas, obtidas nos processos de pré-limpeza utilizados no Brasil e também, nas frações visualmente separáveis e consideradas no processo de classificação do milho. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a distribuição da contaminação, com aflatoxinas, em frações de milho, obtidas após peneiragem e separação visual de 30 amostras contaminadas. O procedimento de preparo das amostras para análise de aflatoxinas consistiu-se em passar cada amostra na peneira de crivos circulares de 4,5 mm de diâmetro obtendo-se uma fração ≥ 4,5 mm e outra < 4,5 mm. A fração < 4,5 mm foi moída e analisada. A fração ≥ 4,5 mm foi subdividida em duas: uma subamostra foi analisada e a outra passada por peneira de crivos circulares de 5,0 mm de diâmetro, sendo em seguida separada em grãos sadios (correspondendo a grãos regulares) e grãos não sadios (correspondendo a grãos ardidos, avariados, brotados, carunchados, chochos e quebrados), conforme a classificação oficial brasileira. Os resultados mostraram que embora a concentração com aflatoxinas nas frações granulométricas tenha sido estaticamente maior em media para a fração < 4,5mm, a fração ≥ 4,5mm apresentou para amostras especificas níveis de concentração mais elevados. Entretanto, se for considerado o peso e a concentração com aflatoxinas de cada fração, a contribuição da fração ≥ 4,5mm para a concentração estimada nas amostras seria sempre maior em comparação a fração < 4,5 mm. Foram encontrados índices de correlação entre as percentagens dos grupos de defeitos definidos pela Classificação Oficial: a) grãos ardidos, queimados e brotados e b) grãos avariados, significativos com relação aos níveis de contaminação estimados para as frações granulométricas. Entretanto, outros estudos em nosso laboratório, ainda não publicados, não mostraram correlação significativa entre estes parâmetros. Portanto o uso dos índices de classificação para estimativa do nível de contaminação com aflatoxinas deve ser melhor estudado. A distribuição da contaminação observada nas frações separadas visualmente mostrou que a contaminação dos grãos não sadios foi estatisticamente maior que dos grãos sadios e em nenhuma amostra os grãos sadios apresentaram maior contaminação que os grãos não sadios. Os níveis de contaminação dos grãos sadios foram menores de 20 μ g/kg, máximo nível permitido pela Legislação no Brasil (Brasil, 1996) em 87% das amostras. Todas as frações de grãos sadios apresentaram contaminação maior que este nível. Considerando o peso e a concentração com aflatoxinas de cada fração, a contribuição dos grãos sadios para a concentração estimada seria sempre maior e a retirada dos grãos não sadios contribuiria para reduzir os níveis de contaminação das amostras. Foram encontrados índices de correlação entre a s percentagens dos grupos de defeitos pela Classificação Oficial; a) grãos ardidos, queimados e brotados e b) grãos avariados, significativos com relação aos níveis de contaminação estimados para as frações de grãos sadios e não sadios. Entretanto, outros estudos em nosso laboratório, ainda não publicados, não mostraram correlação significativa entre estes parâmetros. Portanto o uso dos índices de classificação para estimativa do nível de contaminação com aflatoxinas deve ser melhor estudado |
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