Avaliação in vitro do efeito do extrato bruto da alga marinha Gigartina skottsbergii e do extrato bruto e frações do fungo Acremonium sp. sobre o metabolismo oxidativo de neutrófilos humanos mediado por receptores para IgG e complemento
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-28082023-090151/ |
Resumo: | Os neutrófilos são células importantes para a resposta imune, mas também estão envolvidos na fisiopatologia de doenças inflamatórias devido ao estabelecimento do estresse oxidativo. Portanto, a busca por novas moléculas/substâncias que possam controlar as respostas pró- e anti-inflamatórias dos neutrófilos tem sido alvo de estudos. Nesse contexto, o potencial biológico de extratos, frações e compostos isolados de espécies de algas e fungos endofíticos está sendo estudado, pois esses produtos naturais representam uma fonte de novos metabólitos, principalmente antioxidantes. Em particular, as algas e fungos marinhos são uma fonte potencial para a pesquisa de substâncias com atividade biológica/terapêutica devido à sua capacidade de reaproveitamento de nutrientes. Considerando o estresse oxidativo como alvo terapêutico, este estudo avaliou os efeitos in vitro do extrato bruto da alga marinha Gigartina skosttsbergii e o extrato bruto e frações do fungo endofítico Acremonium sp. sobre o metabolismo oxidativo dos neutrófilos humanos mediado por receptores para IgG e para complemento. Extratos da Gigartina skosttsbergii e do Acremonium sp., bem como as frações deste fungo foram obtidos por adição de solvente acetato de etila, filtrados e concentrados sob pressão reduzida; neutrófilos foram isolados do sangue total de indivíduos humanos saudáveis usando a solução de gelatina (2,5%); o ensaio de quimioluminescência foi usado para avaliar a produção de ERO por neutrófilos tratados com as amostras da alga e do fungo (extratos bruto e frações) e estimulados com imunocomplexos opsonizados com soro humano normal (IC/SHN) ou forbol miristato acetato (PMA); as células endoteliais extraídas da veia do cordão umbilical (HUVEC) foram expostas aos neutrófilos tratados com as amostras da alga e do fungo, os quais foram estimulados com IC/SHN ou PMA, para avaliar os marcadores de estresse oxidativo: a peroxidação lipídica foi avaliada pelo método de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e o consumo de antioxidante pela dosagem da glutationa total; a citotoxicicidade das amostras da alga e do fungo sobre os neutrófilos foi avaliada pelos métodos de exclusão do corante azul de Trypan, da redução do sal de brometo de tretrazólio e dosagem da lactato desidrogenase. Os resultados mostraram que i) os extratos brutos da alga Gigartina skosttsbergii e do fungo endofítico Acremonium sp. e suas frações foram capazes de reduzir a produção de ERO pelos neutrófilos; ii) a substância isolada ergosterol não foi capaz de diminuir a produção de ERO; iii) as amostras estudadas não foram citotóxicas para os neutrófilos; iv) o extrato bruto da alga Gigartina skosttsbergii foi capaz de diminuir a peroxidação lipídica apenas para o estímulo PMA, enquanto o extrato bruto do fungo Acremonium sp. e suas frações foram capazes de diminuir a peroxidação lipídica para PMA e IC/SHN; v) o ergosterol aumentou a peroxidação lipídica das HUVEC; vi) não houve diferença no consumo da glutationa quando os neutrófilos foram tratados com o extrato e frações derivados do fungo. Os dados apresentados mostram um efeito do extrato bruto da alga marinha Gigartina skosttsbergii e do extrato bruto do fungo endofítico Acremonium sp. e suas frações de redução do metabolismo oxidativo dos neutrófilos e da peroxidação lipídica que as ERO promovem em células endoteliais. Estes resultados apontam um potencial uso terapêutico de substâncias provenientes da alga marinha Gigartina skosttsbergii e do fungo endofítico Acremonium sp. para os minimizar os efeitos deletérios da ativação dos neutrófilos em processos inflamatórios crônicos. |
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Avaliação in vitro do efeito do extrato bruto da alga marinha Gigartina skottsbergii e do extrato bruto e frações do fungo Acremonium sp. sobre o metabolismo oxidativo de neutrófilos humanos mediado por receptores para IgG e complementoIn vitro evaluation of the effect of the crude extract of the seaweed Gigartina skottsbergii and the crude extract and fractions of the fungus Acremonium sp. on the oxidative metabolism of human neutrophils mediated by receptors for IgG and complementAlgas marinhasComplement receptorsEndophytic fungiEspécies reativas de oxigênioFungos endofíticosNatural productsNeutrófilosNeutrophilsProdutos naturaisReactive oxygen speciesReceptores para complementoReceptores para IgGReceptors for IgGSeaweedOs neutrófilos são células importantes para a resposta imune, mas também estão envolvidos na fisiopatologia de doenças inflamatórias devido ao estabelecimento do estresse oxidativo. Portanto, a busca por novas moléculas/substâncias que possam controlar as respostas pró- e anti-inflamatórias dos neutrófilos tem sido alvo de estudos. Nesse contexto, o potencial biológico de extratos, frações e compostos isolados de espécies de algas e fungos endofíticos está sendo estudado, pois esses produtos naturais representam uma fonte de novos metabólitos, principalmente antioxidantes. Em particular, as algas e fungos marinhos são uma fonte potencial para a pesquisa de substâncias com atividade biológica/terapêutica devido à sua capacidade de reaproveitamento de nutrientes. Considerando o estresse oxidativo como alvo terapêutico, este estudo avaliou os efeitos in vitro do extrato bruto da alga marinha Gigartina skosttsbergii e o extrato bruto e frações do fungo endofítico Acremonium sp. sobre o metabolismo oxidativo dos neutrófilos humanos mediado por receptores para IgG e para complemento. Extratos da Gigartina skosttsbergii e do Acremonium sp., bem como as frações deste fungo foram obtidos por adição de solvente acetato de etila, filtrados e concentrados sob pressão reduzida; neutrófilos foram isolados do sangue total de indivíduos humanos saudáveis usando a solução de gelatina (2,5%); o ensaio de quimioluminescência foi usado para avaliar a produção de ERO por neutrófilos tratados com as amostras da alga e do fungo (extratos bruto e frações) e estimulados com imunocomplexos opsonizados com soro humano normal (IC/SHN) ou forbol miristato acetato (PMA); as células endoteliais extraídas da veia do cordão umbilical (HUVEC) foram expostas aos neutrófilos tratados com as amostras da alga e do fungo, os quais foram estimulados com IC/SHN ou PMA, para avaliar os marcadores de estresse oxidativo: a peroxidação lipídica foi avaliada pelo método de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e o consumo de antioxidante pela dosagem da glutationa total; a citotoxicicidade das amostras da alga e do fungo sobre os neutrófilos foi avaliada pelos métodos de exclusão do corante azul de Trypan, da redução do sal de brometo de tretrazólio e dosagem da lactato desidrogenase. Os resultados mostraram que i) os extratos brutos da alga Gigartina skosttsbergii e do fungo endofítico Acremonium sp. e suas frações foram capazes de reduzir a produção de ERO pelos neutrófilos; ii) a substância isolada ergosterol não foi capaz de diminuir a produção de ERO; iii) as amostras estudadas não foram citotóxicas para os neutrófilos; iv) o extrato bruto da alga Gigartina skosttsbergii foi capaz de diminuir a peroxidação lipídica apenas para o estímulo PMA, enquanto o extrato bruto do fungo Acremonium sp. e suas frações foram capazes de diminuir a peroxidação lipídica para PMA e IC/SHN; v) o ergosterol aumentou a peroxidação lipídica das HUVEC; vi) não houve diferença no consumo da glutationa quando os neutrófilos foram tratados com o extrato e frações derivados do fungo. Os dados apresentados mostram um efeito do extrato bruto da alga marinha Gigartina skosttsbergii e do extrato bruto do fungo endofítico Acremonium sp. e suas frações de redução do metabolismo oxidativo dos neutrófilos e da peroxidação lipídica que as ERO promovem em células endoteliais. Estes resultados apontam um potencial uso terapêutico de substâncias provenientes da alga marinha Gigartina skosttsbergii e do fungo endofítico Acremonium sp. para os minimizar os efeitos deletérios da ativação dos neutrófilos em processos inflamatórios crônicos.Neutrophils are important cells for the immune response, but they are also involved in the pathophysiology of inflammatory diseases due to the establishment of oxidative stress. Therefore, the search for new molecules/substances that can control the pro- and anti-inflammatory responses of neutrophils has been the subject of studies. In this context, the biological potential of extracts, fractions and compounds isolated from algae species and endophytic fungi is being studied, as these natural products represent a source of new metabolites, mainly antioxidants. Marine algae and fungi are a potential source for researching substances with biological/therapeutic activity due to their ability to reuse nutrients. Considering oxidative stress as a therapeutic target, this study evaluated the in vitro effects of the crude extract of the seaweed Gigartina skosttsbergii and the crude extract and fractions of the endophytic fungus Acremonium sp. on the oxidative metabolism of human neutrophils mediated by receptors for IgG and for complement. Extracts of Gigartina skosttsbergii and Acremonium sp., as well as the fractions of this fungus were obtained by adding ethyl acetate solvent, filtered and concentrated under reduced pressure; neutrophils were isolated from whole blood of healthy human subjects using the gelatin solution (2.5%); the chemiluminescence assay was used to evaluate ROS production by neutrophils treated with alga and fungus samples (crude extracts and fractions) and stimulated with immune complexes opsonized with normal human serum (IC/NHS) or phorbol myristate acetate (PMA); endothelial cells extracted from umbilical cord vein (HUVEC) were exposed to neutrophils treated with samples of alga and fungus, which were stimulated with IC/NHS or PMA, to evaluate markers of oxidative stress: lipid peroxidation was evaluated by the method of reactive substances to thiobarbituric acid and the consumption of antioxidant by the dosage of total glutathione; the cytotoxicity of samples of algae and fungus on neutrophils was evaluated by the methods of exclusion of Trypan blue dye, reduction of the salt of tretrazolium bromide and measurement of lactate dehydrogenase. The results showed that i) the crude extracts of the algae Gigartina skosttsbergii and the fungus Acremonium sp., and the fractions of the fungus were able to reduce ROS production by neutrophils; ii) the isolated substance ergosterol was not able to decrease the production of ROS; iii) the samples studied were not cytotoxic to neutrophils; iv) the crude extract of the algae Gigartina skosttsbergii was able to reduce lipid peroxidation only in the presence of the PMA stimulus, while the crude extract of the fungus Acremonium sp. and its fractions obtained were able to decrease lipid peroxidation in the presence of PMA and IC/NHS; v) ergosterol increased HUVEC lipid peroxidation; vi) there was no difference in the consumption of glutathione when the neutrophils were treated with the extract and fractions derived from the fungus. The data presented show an effect of the crude extract of the seaweed Gigartina skosttsbergii and the crude extract of the endophytic fungus Acremonium sp. and its fractions that reduce the oxidative metabolism of neutrophils and the lipid peroxidation that ROS promote in endothelial cells. These results point to a potential therapeutic use of substances from the seaweed Gigartina skosttsbergii and the endophytic fungus Acremonium sp. to minimize the deleterious effects of neutrophil activation in chronic inflammatory processes.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMachado, Cleni Mara MarzocchiCanicoba, Nathália Cristina2022-09-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-28082023-090151/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-09-13T13:00:04Zoai:teses.usp.br:tde-28082023-090151Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-09-13T13:00:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Avaliação in vitro do efeito do extrato bruto da alga marinha Gigartina skottsbergii e do extrato bruto e frações do fungo Acremonium sp. sobre o metabolismo oxidativo de neutrófilos humanos mediado por receptores para IgG e complemento Canicoba, Nathália Cristina Algas marinhas Complement receptors Endophytic fungi Espécies reativas de oxigênio Fungos endofíticos Natural products Neutrófilos Neutrophils Produtos naturais Reactive oxygen species Receptores para complemento Receptores para IgG Receptors for IgG Seaweed |
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Os neutrófilos são células importantes para a resposta imune, mas também estão envolvidos na fisiopatologia de doenças inflamatórias devido ao estabelecimento do estresse oxidativo. Portanto, a busca por novas moléculas/substâncias que possam controlar as respostas pró- e anti-inflamatórias dos neutrófilos tem sido alvo de estudos. Nesse contexto, o potencial biológico de extratos, frações e compostos isolados de espécies de algas e fungos endofíticos está sendo estudado, pois esses produtos naturais representam uma fonte de novos metabólitos, principalmente antioxidantes. Em particular, as algas e fungos marinhos são uma fonte potencial para a pesquisa de substâncias com atividade biológica/terapêutica devido à sua capacidade de reaproveitamento de nutrientes. Considerando o estresse oxidativo como alvo terapêutico, este estudo avaliou os efeitos in vitro do extrato bruto da alga marinha Gigartina skosttsbergii e o extrato bruto e frações do fungo endofítico Acremonium sp. sobre o metabolismo oxidativo dos neutrófilos humanos mediado por receptores para IgG e para complemento. Extratos da Gigartina skosttsbergii e do Acremonium sp., bem como as frações deste fungo foram obtidos por adição de solvente acetato de etila, filtrados e concentrados sob pressão reduzida; neutrófilos foram isolados do sangue total de indivíduos humanos saudáveis usando a solução de gelatina (2,5%); o ensaio de quimioluminescência foi usado para avaliar a produção de ERO por neutrófilos tratados com as amostras da alga e do fungo (extratos bruto e frações) e estimulados com imunocomplexos opsonizados com soro humano normal (IC/SHN) ou forbol miristato acetato (PMA); as células endoteliais extraídas da veia do cordão umbilical (HUVEC) foram expostas aos neutrófilos tratados com as amostras da alga e do fungo, os quais foram estimulados com IC/SHN ou PMA, para avaliar os marcadores de estresse oxidativo: a peroxidação lipídica foi avaliada pelo método de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e o consumo de antioxidante pela dosagem da glutationa total; a citotoxicicidade das amostras da alga e do fungo sobre os neutrófilos foi avaliada pelos métodos de exclusão do corante azul de Trypan, da redução do sal de brometo de tretrazólio e dosagem da lactato desidrogenase. Os resultados mostraram que i) os extratos brutos da alga Gigartina skosttsbergii e do fungo endofítico Acremonium sp. e suas frações foram capazes de reduzir a produção de ERO pelos neutrófilos; ii) a substância isolada ergosterol não foi capaz de diminuir a produção de ERO; iii) as amostras estudadas não foram citotóxicas para os neutrófilos; iv) o extrato bruto da alga Gigartina skosttsbergii foi capaz de diminuir a peroxidação lipídica apenas para o estímulo PMA, enquanto o extrato bruto do fungo Acremonium sp. e suas frações foram capazes de diminuir a peroxidação lipídica para PMA e IC/SHN; v) o ergosterol aumentou a peroxidação lipídica das HUVEC; vi) não houve diferença no consumo da glutationa quando os neutrófilos foram tratados com o extrato e frações derivados do fungo. Os dados apresentados mostram um efeito do extrato bruto da alga marinha Gigartina skosttsbergii e do extrato bruto do fungo endofítico Acremonium sp. e suas frações de redução do metabolismo oxidativo dos neutrófilos e da peroxidação lipídica que as ERO promovem em células endoteliais. Estes resultados apontam um potencial uso terapêutico de substâncias provenientes da alga marinha Gigartina skosttsbergii e do fungo endofítico Acremonium sp. para os minimizar os efeitos deletérios da ativação dos neutrófilos em processos inflamatórios crônicos. |
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