A naturalidade na tradução: quem garante?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-04122007-102315/ |
Resumo: | Este estudo se baseou em dados extraídos de um corpus paralelo composto por textos originais em inglês de artigos da Revista National Geographic, suas respectivas traduções publicadas em português na National Geographic Brasil, e os textos traduzidos antes da revisão para publicação. O objetivo foi cotejar os três textos a fim de identificar, na tradução, elementos que promovem a produção de um texto natural e fluente, que reflete o uso mais corrente na língua. Sua inserção no âmbito da lingüística de corpus se deu por essa permitir um estudo lingüístico descritivo e não prescritivo da língua e por se voltar não só para as palavras, estruturas ou usos possíveis na língua mas também o que é provável que ocorra, isto é, a diferença entre o que os falantes podem dizer e o que na verdade dizem. Esse cotejo possibilitou o levantamento de aspectos lingüísticos que afetam a naturalidade e fluência do texto, como a fraseologia típica na língua de chegada, suas colocações naturais, suas próprias expressões fixas, que refletem um modo preferido de se expressar de cada comunidade lingüística. Esses aspectos estão intimamente relacionados à convencionalidade, que abrange aquilo que é consolidado pelo uso, constituindo muitas vezes fonte de dificuldade ao \"tradutor ingênuo\" que pode não perceber que dentre formas possíveis existe aquela mais provável de ocorrer. Dentre os elementos levantados, selecionou-se a tradução dos advérbios terminados em *ly em inglês, nem sempre traduzidos por advérbios terminados em *mente em português, procurando compreender essa opção dentro do âmbito da convencionalidade. Essas opções nem sempre são ilustradas em dicionários, constituindo a pesquisa baseada em corpora, tanto paralelos quanto monolíngües, um recurso valioso ao tradutor seja para mostrar estratégias empregadas por outros tradutores profissionais como para conscientizá-lo de um uso consagrado na língua. |
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A naturalidade na tradução: quem garante?The naturalness in translation and fluency of a textAdvérbiosAdverbsConvencionalidadeConventionalityCorpus-based researchInnocent translatorNaturalidadeNaturalnessPesquisa baseada em corpusTradutor ingênuoEste estudo se baseou em dados extraídos de um corpus paralelo composto por textos originais em inglês de artigos da Revista National Geographic, suas respectivas traduções publicadas em português na National Geographic Brasil, e os textos traduzidos antes da revisão para publicação. O objetivo foi cotejar os três textos a fim de identificar, na tradução, elementos que promovem a produção de um texto natural e fluente, que reflete o uso mais corrente na língua. Sua inserção no âmbito da lingüística de corpus se deu por essa permitir um estudo lingüístico descritivo e não prescritivo da língua e por se voltar não só para as palavras, estruturas ou usos possíveis na língua mas também o que é provável que ocorra, isto é, a diferença entre o que os falantes podem dizer e o que na verdade dizem. Esse cotejo possibilitou o levantamento de aspectos lingüísticos que afetam a naturalidade e fluência do texto, como a fraseologia típica na língua de chegada, suas colocações naturais, suas próprias expressões fixas, que refletem um modo preferido de se expressar de cada comunidade lingüística. Esses aspectos estão intimamente relacionados à convencionalidade, que abrange aquilo que é consolidado pelo uso, constituindo muitas vezes fonte de dificuldade ao \"tradutor ingênuo\" que pode não perceber que dentre formas possíveis existe aquela mais provável de ocorrer. Dentre os elementos levantados, selecionou-se a tradução dos advérbios terminados em *ly em inglês, nem sempre traduzidos por advérbios terminados em *mente em português, procurando compreender essa opção dentro do âmbito da convencionalidade. Essas opções nem sempre são ilustradas em dicionários, constituindo a pesquisa baseada em corpora, tanto paralelos quanto monolíngües, um recurso valioso ao tradutor seja para mostrar estratégias empregadas por outros tradutores profissionais como para conscientizá-lo de um uso consagrado na língua.This study was based on data collected from a parallel corpus composed of original texts in English of articles from National Geographic magazine, and their respective translations in Portuguese as published in National Geographic Brazil and the texts translated before their revision for publication. The aim was to compare the three texts in order to identify, in translation, elements that enable the production of a text which sounds natural and fluent, reflecting the current use by the speakers. Corpus Linguistics was chosen as an approach for the research since it allows a descriptive rather than a prescriptive study of the language and is typically concerned not only with what words, structures or uses are possible in a language, but also with what is probable, likely to occur, the difference between what the speakers can say and what they actually say. This comparison brought to light linguistic features which might affect naturalness and fluency of a text, as the typical phraseology in the target-language, its natural collocations and its own fixed expressions, which reflect a preferred way of a community of saying things. These aspects are closely related to conventionality, which encompasses that which is attested by the use, and represent precisely where the difficulties lie for the \"innocent translator\", who might not notice that among a range of possible forms there is one which is more likely to occur. Among the elements found, one was particularly investigated, namely, the translation of adverbs ending in *ly in English , not always translated by adverbs ending in *mente in Portuguese, with a view to understand this option within the idea of conventionality. These options are not frequently displayed in dictionaries, which makes corpus-based research , either using parallel corpora or monolingual corpora, an invaluable resource to translators, in eliciting strategies employed by other professional translators and in bringing awareness to an attested use in language.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTagnin, Stella Esther OrtweilerLamparelli, Alvamar Helena de Campos Andrade2007-09-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-04122007-102315/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:54Zoai:teses.usp.br:tde-04122007-102315Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Este estudo se baseou em dados extraídos de um corpus paralelo composto por textos originais em inglês de artigos da Revista National Geographic, suas respectivas traduções publicadas em português na National Geographic Brasil, e os textos traduzidos antes da revisão para publicação. O objetivo foi cotejar os três textos a fim de identificar, na tradução, elementos que promovem a produção de um texto natural e fluente, que reflete o uso mais corrente na língua. Sua inserção no âmbito da lingüística de corpus se deu por essa permitir um estudo lingüístico descritivo e não prescritivo da língua e por se voltar não só para as palavras, estruturas ou usos possíveis na língua mas também o que é provável que ocorra, isto é, a diferença entre o que os falantes podem dizer e o que na verdade dizem. Esse cotejo possibilitou o levantamento de aspectos lingüísticos que afetam a naturalidade e fluência do texto, como a fraseologia típica na língua de chegada, suas colocações naturais, suas próprias expressões fixas, que refletem um modo preferido de se expressar de cada comunidade lingüística. Esses aspectos estão intimamente relacionados à convencionalidade, que abrange aquilo que é consolidado pelo uso, constituindo muitas vezes fonte de dificuldade ao \"tradutor ingênuo\" que pode não perceber que dentre formas possíveis existe aquela mais provável de ocorrer. Dentre os elementos levantados, selecionou-se a tradução dos advérbios terminados em *ly em inglês, nem sempre traduzidos por advérbios terminados em *mente em português, procurando compreender essa opção dentro do âmbito da convencionalidade. Essas opções nem sempre são ilustradas em dicionários, constituindo a pesquisa baseada em corpora, tanto paralelos quanto monolíngües, um recurso valioso ao tradutor seja para mostrar estratégias empregadas por outros tradutores profissionais como para conscientizá-lo de um uso consagrado na língua. |
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