Sobre a leitura de A la recherche du temps perdu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-09112012-103700/ |
Resumo: | Seguindo uma pista lançada pelo próprio Proust num texto crítico sobre a leitura, a crítica proustiana vem dedicando bastante espaço à compreensão deste tema na Recherche. Em geral, essa compreensão tem sido levada a cabo por meio da análise das figurações da leitura no romance de modo a construir o posicionamento teórico do escritor sobre a leitura que, por sua vez, funcionaria como modelo para a leitura da própria Recherche. Entretanto, essas análises apontam para incoerências e contradições que potencialmente poderiam invalidar seu caráter de modelo. Revisitando algumas das interpretações críticas bem como o próprio ensaio de Proust sobre a questão, esta tese defende que a compreensão da leitura da Recherche vai além da discussão da figuração do tema no texto. Para isso, propõe a análise do papel do leitor dimensão textual virtual que comporta diversas operações interpretativas potenciais. Controladas pela organização do texto, isto é, por sua disposição arquitetônica, em seus mais diversos planos, essas operações, uma vez percebidas pelos leitores (o que não se deu imediatamente na história da recepção da Recherche) sustentam essas leituras (críticas ou não) de modo que podem ser vistas como a base ou as condições de possibilidade de toda e qualquer interpretação. |
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Sobre a leitura de A la recherche du temps perduOn reading A la recherche du temps perduAnálise do discursoDiscourse analysisEm busca do tempo perdidoEstética da recepçãoInterpretive operationsLeituraLinguística textualMarcel ProustMarcel ProustOperações interpretativasReader-response criticismReadingReception theoryRemembrance of things pastTeoria do efeito estéticoText linguisticsSeguindo uma pista lançada pelo próprio Proust num texto crítico sobre a leitura, a crítica proustiana vem dedicando bastante espaço à compreensão deste tema na Recherche. Em geral, essa compreensão tem sido levada a cabo por meio da análise das figurações da leitura no romance de modo a construir o posicionamento teórico do escritor sobre a leitura que, por sua vez, funcionaria como modelo para a leitura da própria Recherche. Entretanto, essas análises apontam para incoerências e contradições que potencialmente poderiam invalidar seu caráter de modelo. Revisitando algumas das interpretações críticas bem como o próprio ensaio de Proust sobre a questão, esta tese defende que a compreensão da leitura da Recherche vai além da discussão da figuração do tema no texto. Para isso, propõe a análise do papel do leitor dimensão textual virtual que comporta diversas operações interpretativas potenciais. Controladas pela organização do texto, isto é, por sua disposição arquitetônica, em seus mais diversos planos, essas operações, uma vez percebidas pelos leitores (o que não se deu imediatamente na história da recepção da Recherche) sustentam essas leituras (críticas ou não) de modo que podem ser vistas como a base ou as condições de possibilidade de toda e qualquer interpretação.Following the clue given by Proust himself on his essay on reading, recently, proustian critics have been paying a lot of attention to this theme in A la Recherche. In general, these interpretations analyse the figurations of reading in the text which, in turn, is used as a model for the reading of Prousts text. However, many of these analyses point out to incoherencies in Prousts theoretical discourse which can invalidate its status as a model for the reader. Revisiting some of the analyses on the topic and Prousts own essay On reading, this thesis tries to indicate that the understanding of the subject of reading should move beyond the discussion of its figuration in the text. In order to do that, we propose an analysis of the role of the reader a virtual textual dimension formed by the interpretive operations designed by the text itself. Controlled by the organization of the materials that form the text, these operations, once perceived by the reader, support many of the critical readings of Prousts text and so, they are, as it seems, the foundations for most of the readings of A la Recherche.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPino, Claudia Consuelo AmigoWillemart, Philippe Leon Marie GhislainMurad, Samira2012-06-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-09112012-103700/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-09112012-103700Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Seguindo uma pista lançada pelo próprio Proust num texto crítico sobre a leitura, a crítica proustiana vem dedicando bastante espaço à compreensão deste tema na Recherche. Em geral, essa compreensão tem sido levada a cabo por meio da análise das figurações da leitura no romance de modo a construir o posicionamento teórico do escritor sobre a leitura que, por sua vez, funcionaria como modelo para a leitura da própria Recherche. Entretanto, essas análises apontam para incoerências e contradições que potencialmente poderiam invalidar seu caráter de modelo. Revisitando algumas das interpretações críticas bem como o próprio ensaio de Proust sobre a questão, esta tese defende que a compreensão da leitura da Recherche vai além da discussão da figuração do tema no texto. Para isso, propõe a análise do papel do leitor dimensão textual virtual que comporta diversas operações interpretativas potenciais. Controladas pela organização do texto, isto é, por sua disposição arquitetônica, em seus mais diversos planos, essas operações, uma vez percebidas pelos leitores (o que não se deu imediatamente na história da recepção da Recherche) sustentam essas leituras (críticas ou não) de modo que podem ser vistas como a base ou as condições de possibilidade de toda e qualquer interpretação. |
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