Contribuição ao estudo da remoção do cobre da aguardente de cana-de-açúcar com resinas catiônicas

• Autor(a) principal: Oliveira, Antônio Joaquim de
• Data de Publicação: 1970
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143241/
• topic: AGUARDENTE DE CANA; COBRE; REMOÇÃO; RESINAS CATIÔNICAS

A finalidade do presente trabalho foi estudar o tratamento da aguardente de cana-de-açúcar com resinas trocadoras de íons, visando a remoção do cobre da mesma e a influência sôbre os seus componentes secundários. Para maior facilidade de execução, o mesmo foi dividido em dois experimentos, a saber: I) Experimento Nº 1: realizado com as seguintes resinas: a) Amberlite IR-120, catiônica, fortemente ácida, grupo ácido sulfônico, forma hidrogênica; b) Amberlite IR-120, catiônica, fortemente ácida, grupo ácido sulfônico, forma sódica; c) Amberlite IRC-50, catiônica, fracamente ácida, grupo ácido carboxílico, forma hidrogênica; d) Amberlite IRC-50, catiônica, fracamente ácida, forma sódica. II) Experimento N° 2: realizado com as seguintes resinas: a) Dowex 50W-X8, catiônica, fortemente ácida, grupo ácido sulfônico, forma hidrogênica; b) Dowex 50W-X8, catiônica, fortemente ácida, grupo ácido sulfônico, forma sódica; c) Amberlite IRC-50, catiônica, fracamente ácida, grupo ácido carboxílico, forma sódica, a qual foi introduzida para funcionar como têrmo de comparação entre os dois experimentos, uma vez que se pretendia fazer a análise conjunta, comparando-se o comportamento das resinas utilizadas nos dois experimentos. Tanto para o experimento Nº 1 como para o N° 2, os procedimentos tecnológicos foram os mais semelhantes possíveis. Assim é que, para cada tipo de resina, pesaram-se 5 gramas de resinas, com as quais prepararam-se as colunas para o tratamento das amostras das aguardentes. A aguardente utilizada nos ensaios foi coletada na Destilaria São José Viegas, de Rio das Pedras, Estado de São Paulo. Antes de passar pelas colunas de resinas, as amostras tiveram seus índices pH ajustados potenciometricamente aos níveis 3,0, 4,0 e 5,0 com soluções de ácido sulfúrico ou de hidróxido de sódio, de concentrações diferentes, visando a obter a mesma diluição das amostras. Em cada coluna, tanto para o experimento N° 1 como para o N° 2, passaram-se 500 ml das aguardentes, em todos os índices pH acima mencionados. O fluxo de passagem das aguardentes era de 1 a 2 ml por minuto. Para o estudo da remoção do cobre, cada 100 ml de aguardente percolados, eram recolhidos em provetas graduadas de tampa esmerilhada, constituindo-se em cinco subamostras no total. Para o estudo da influência do tratamento da aguardente pelas resinas iônicas acima referidas, essas cinco subamostras foram reunidas em uma única. As análises tecnológicas constaram das determinações do Pêso- Específico a 15° / 15°C, Índice pH, Acidez Total, Acidez Fixa, Aldeídos, Ésteres, Álcoois Homólogos Superiores e Furfural. Foram calculados: Grau Alcoólico em volume, Acidez Volátil e Coeficiente de Impurezas. Pela análise estatística dos resultados obtidos nos dois experimentos, evidenciaram-se as seguintes principais conclusões: a) Das resinas experimentadas, somente a Amberlite IR-120, forma hidrogênica, a Amberlite IR-120, forma sódica, a Dowex 50W-X8, forma hidrogênica e a Dowex 50W-X8, forma sódica, apresentaram remoção total de cobro da aguardente; b) Geralmente, o tratamento da aguardente de cana-de-açúcar por resinas catiônicas causou um decréscimo no coeficiente de impurezas da mesma; c) O índice pH da aguardente teve uma relativa influência no comportamento das resinas em relação aos seus componentes secundários; d) Em virtude do comportamento diferente das resinas de um experimento para outro, impossibilitando inclusive a análise conjunta dos resultados, deve-se, em estudos futuros, levar-se em conta êsse acontecimento.