Avaliação dos potenciais efeitos de toxicidade sub-aguda, teratogenicidade e imunotoxicidade da Cynara scolymus (alcachofra): estudo em ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mattos, Maria Izabel da Silva
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-12122014-103538/
Resumo: A Cynara scolymus, popularmente conhecida como alcachofra, é uma planta hepatoprotetora com função colerética e colagoga. O extrato de C.scolymus foi recentemente liberado para a confecção de medicamentos fitoterápicos sem a necessidade de testes toxicológicos específicos, por ser uma planta utilizada há muito tempo e ter eficácia comprovada. Devido à falta de estudos sobre os efeitos dessa planta e por ela ser muito utilizada, o presente estudo visou avaliar os possíveis efeitos imunotóxicos, teratogênicos e de toxicidade geral do extrato seco da Cynara scolymus. O extrato seco da planta foi administrado a ratos Wistar adultos, machos e fêmeas, nas doses de 1, 2 e 4g/Kg, por gavagem, durante 28 dias, de acordo com o protocolo de testes de toxicidade da OECD Organization for Economic Co-operation and Development, para avaliação de toxicidade geral e imunotoxicidade. Foi avaliado o ganho de peso, consumo de alimento e água, os órgãos linfóides e a fenotipagem de suas células; a atividade de fagócitos, as respostas imunes humoral e celular e a atividade proliferativa de linfócitos também foram avaliados. No estudo da teratogenicidade, ratas prenhes receberam as mesmas doses do extrato seco de C.scolymus do 6° ao 19° dia de gestação. Avaliou-se o tamanho, peso, viabilidade e malformações externas dos fetos, bem como procedeu-se à análise óssea e visceral. O presente estudo revelou que o extrato de alcachofra não promoveu toxicidade geral nos ratos adultos tratados subagudamente; por outro lado, o extrato seco de C.scolymus promoveu aumento no peso relativo e celularidade do baço, aumento no peso relativo dos rins, diminuição na celularidade do timo e diminuição no DTH Delayed-type hypersensivity . Apesar disso a análise destes dados em conjunto não permite sugerir efeito imunotóxico dessa planta. O estudo da teratogenicidade mostrou que fêmeas gestantes tratadas com a C.scolymus apresentaram diminuição no ganho de peso; além disso, foi observada diminuição do peso uterino e fetal, menor comprimento fetal e queda do número de fetos vivos por ninhada. Assim, pode-se sugerir que embora a alcachofra não apresente toxicidade geral, nem efeito imunotóxico, não deve ser utilizado durante a gestação, tendo em vista que foi observada toxicidade fetal.
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O extrato seco da planta foi administrado a ratos Wistar adultos, machos e fêmeas, nas doses de 1, 2 e 4g/Kg, por gavagem, durante 28 dias, de acordo com o protocolo de testes de toxicidade da OECD Organization for Economic Co-operation and Development, para avaliação de toxicidade geral e imunotoxicidade. Foi avaliado o ganho de peso, consumo de alimento e água, os órgãos linfóides e a fenotipagem de suas células; a atividade de fagócitos, as respostas imunes humoral e celular e a atividade proliferativa de linfócitos também foram avaliados. No estudo da teratogenicidade, ratas prenhes receberam as mesmas doses do extrato seco de C.scolymus do 6° ao 19° dia de gestação. Avaliou-se o tamanho, peso, viabilidade e malformações externas dos fetos, bem como procedeu-se à análise óssea e visceral. O presente estudo revelou que o extrato de alcachofra não promoveu toxicidade geral nos ratos adultos tratados subagudamente; por outro lado, o extrato seco de C.scolymus promoveu aumento no peso relativo e celularidade do baço, aumento no peso relativo dos rins, diminuição na celularidade do timo e diminuição no DTH Delayed-type hypersensivity . Apesar disso a análise destes dados em conjunto não permite sugerir efeito imunotóxico dessa planta. O estudo da teratogenicidade mostrou que fêmeas gestantes tratadas com a C.scolymus apresentaram diminuição no ganho de peso; além disso, foi observada diminuição do peso uterino e fetal, menor comprimento fetal e queda do número de fetos vivos por ninhada. Assim, pode-se sugerir que embora a alcachofra não apresente toxicidade geral, nem efeito imunotóxico, não deve ser utilizado durante a gestação, tendo em vista que foi observada toxicidade fetal.Cynara scolymus, commonly known as artichoke, is popular used as hepatoprotectant, choleretic and colagogue agent. The C.scolymus extrat was recently approved by Brazilian regulatory agency, for production of phytotherapeutic drugs, without toxicological tests, because it has been considered both harmless and effective. Due to lack of toxicological studies and its widely usage, the aim of this study is evaluate the immune system and the teratogenic effects as well as the general toxicity of C. scolymus extracts. Therefore, the extract was administered to adult male and female Wistar rats by gavage at 1, 2 and 4g/Kg doses for 28 days, according to the OECD (Organization for Economic Co-operation and Development) protocols. Body weight gain, food and water consumption, lymphoid organs and their cell phenotype were evaluated as well as the phagocyte analysis, humoural and cellular immune responses, and lymphocyte proliferation. In teratogenic study, pregnant rats received the same doses of C.scolymus extract from the 6th to the 19th gestational day. Fetuses size, weight, viability and external malformations were evaluated and subjected to bone and visceral analysis. The present study showed that C. scolymus extracts did not promote sub-acute toxicity in adult rats; however, the relative spleen weight and it cellularity were increased just as the kidney weight, but the thymus cellularity and DTH (Delayed-type hypersensivity) decreased. None of those results represent immunotoxic effect. The teratogenic study showed a decrease of body weight gain, uterus weight, fetal weight and number of fetuses, in practically all doses of the extract. Thus, these results showed that the C. scolymus extract is not toxic or immunotoxic but should not be used in pregnancy, due to fetal toxicity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGorniak, Silvana LimaMattos, Maria Izabel da Silva2014-08-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-12122014-103538/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:56Zoai:teses.usp.br:tde-12122014-103538Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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