Atributos de rede para pedestres com restrições de mobilidade em um modelo para avaliação da acessibilidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Suzana Andrade Valverde Lima
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18144/tde-13062015-143424/
Resumo: Este estudo parte do pressuposto que os atributos qualitativos das vias para pedestres têm um impacto direto sobre os níveis de acessibilidade do local em que estas vias formam uma rede. A partir desta hipótese, o objetivo principal desta pesquisa foi incorporar medidas qualitativas na configuração da rede de vias de pedestres que compõem um modelo de acessibilidade, a fim de avaliar o impacto das mudanças propostas nos resultados do modelo. Um modelo multicritério para avaliação de acessibilidade, baseado em SIG, foi tomado como referência para as alterações propostas, que foram testadas em um estudo de caso desenvolvido no campus sede da Universidade Federal de Sergipe, Brasil. O estudo envolveu os seguintes procedimentos: coleta de dados; cálculo dos valores de acessibilidade com o modelo original; inserção de atributos qualitativos na rede do modelo e cálculo dos valores de acessibilidade após as mudanças; comparação dos resultados obtidos com os dois modelos; e avaliação dos níveis de acessibilidade relativa. Valores de acessibilidade relativa são obtidos a partir de uma comparação entre os resultados encontrados para os usuários com restrições de mobilidade e os resultados encontrados para usuários sem restrições de mobilidade. Os resultados confirmaram que as medidas qualitativas de vias para pedestres afetam os valores de acessibilidade, se comparados com os valores calculados com o modelo que considera apenas as distâncias entre origens e destinos como impedâncias. Além disso, a combinação dos efeitos da velocidade e da distribuição espacial dos destinos-chave fez com que os nós da rede mais distantes da região central apresentassem baixos índices de acessibilidade, apesar de em muitos casos pertencerem a segmentos de rede bem classificados na avaliação de qualidade realizada para o estudo. O grupo de deficientes visuais foi o mais prejudicado no caso estudado, o que de certa forma contraria o senso comum, de que os cadeirantes são os mais prejudicados em se tratando de acessibilidade. Este resultado é, no entanto, uma consequência direta da topografia do campus, que se situa em um terreno praticamente plano. Se não são criadas barreiras artificiais, o local é, em princípio, favorável a deslocamentos de cadeira de rodas.
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Um modelo multicritério para avaliação de acessibilidade, baseado em SIG, foi tomado como referência para as alterações propostas, que foram testadas em um estudo de caso desenvolvido no campus sede da Universidade Federal de Sergipe, Brasil. O estudo envolveu os seguintes procedimentos: coleta de dados; cálculo dos valores de acessibilidade com o modelo original; inserção de atributos qualitativos na rede do modelo e cálculo dos valores de acessibilidade após as mudanças; comparação dos resultados obtidos com os dois modelos; e avaliação dos níveis de acessibilidade relativa. Valores de acessibilidade relativa são obtidos a partir de uma comparação entre os resultados encontrados para os usuários com restrições de mobilidade e os resultados encontrados para usuários sem restrições de mobilidade. Os resultados confirmaram que as medidas qualitativas de vias para pedestres afetam os valores de acessibilidade, se comparados com os valores calculados com o modelo que considera apenas as distâncias entre origens e destinos como impedâncias. Além disso, a combinação dos efeitos da velocidade e da distribuição espacial dos destinos-chave fez com que os nós da rede mais distantes da região central apresentassem baixos índices de acessibilidade, apesar de em muitos casos pertencerem a segmentos de rede bem classificados na avaliação de qualidade realizada para o estudo. O grupo de deficientes visuais foi o mais prejudicado no caso estudado, o que de certa forma contraria o senso comum, de que os cadeirantes são os mais prejudicados em se tratando de acessibilidade. Este resultado é, no entanto, uma consequência direta da topografia do campus, que se situa em um terreno praticamente plano. Se não são criadas barreiras artificiais, o local é, em princípio, favorável a deslocamentos de cadeira de rodas.This study is based on the assumption that qualitative attributes of pedestrians\' pathways have a direct impact on the accessibility levels of the site in which these paths form a network. Starting from this hypothesis, the main aim of this research was to incorporate qualitative measures in the configuration of a network of pedestrians\' pathways that form an accessibility model, in order to evaluate the impact of the proposed changes on the model outcomes. An existing GIS-based multicriteria accessibility model was taken as a reference for the proposed changes, which were tested in a case study developed at the main campus of the Federal University of Sergipe, Brazil. The study involved the following procedures: data collection; calculation of the accessibility values with the original model; insertion of qualitative attributes in the model network and calculation of the accessibility values after the changes; comparison of the results obtained with the two models; and evaluation of relative accessibility levels. Relative accessibility values were obtained from a comparison between the results found for users with mobility constraints and the results found for users without mobility constraints. The results confirmed that the qualitative measures of pedestrians pathways do affect the accessibility values, if compared to the values calculated with the model that considers only the distances between origins and destinations as impedances. Furthermore, the combination of walking speeds and spatial distribution of the key-destinations has produced low accessibility levels in the network nodes that are not close to the campus central area, even though they belong to links well classified in the quality assessment conducted for the case study. Also, the group of visually-impaired users had the worst accessibility conditions of all groups considered. This somehow contradicts the general assumption that wheelchair users constitute the group most affected by low accessibility conditions. This result is, however, a direct consequence of the flat topography of the campus. If no artificial barriers are created, the site is not, at least in principle, unfavorable to wheelchair displacements.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Antônio Nélson Rodrigues daCorreia, Suzana Andrade Valverde Lima2015-04-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18144/tde-13062015-143424/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-13062015-143424Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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