Atividades de trade marketing desenvolvidas pela indústria de bens de consumo não duráveis no pequeno varejo alimentar: a perspectiva varejista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-08012018-114659/ |
Resumo: | Historicamente, as indústrias conquistaram espaço no mercado a partir do aumento de seu volume de produção e da redução no preço dos produtos. Tal estratégia, no entanto, não se mostrou eficaz nas últimas décadas, visto que a mesma foi copiada por todos os fabricantes. Dessa forma, uma nova estratégia foi adotada pelas indústrias com o objetivo de diferenciar seus produtos da concorrência, especialmente no âmbito varejista. As indústrias passaram, então, a criar novas linhas de produtos, com o propósito de atingir esse objetivo. Todavia, mais uma vez as estratégias adotadas pelas indústrias não tiveram o impacto esperado. Em especial no setor de bens de consumo não duráveis, os espaços varejistas passaram a ficar super abastecidos, sendo que muitos dos produtos comercializados apresentavam baixo giro e baixa rentabilidade, além de muitas marcas possuírem pouco apelo junto ao consumidor final. Diante desse cenário, o varejo começou a ditar os produtos e marcas que seriam comercializados em seus estabelecimentos, elevando seu poder frente à indústria. Essa inversão de poder no mercado varejista obrigou os fabricantes a reverem a maneira como desenvolviam o relacionamento com seus clientes de canal, principalmente com o varejo. Antes preocupada em atender apenas as necessidades dos consumidores finais, a indústria buscou atender também as demandas de seus clientes de canal, criando, então, os departamentos de trade marketing. As atividades de trade marketing foram inicialmente aplicadas pelas indústrias de bens de consumo não duráveis em grandes redes varejistas. Esse fenômeno se reflete na academia, aonde a maioria dos estudos sobre trade marketing tem como objeto de pesquisa essas indústrias, com poucos estudos realizando uma abordagem a partir da visão do varejo. No entanto, os poucos estudos que abordam a visão do varejo sobre o trade marketing não são aplicados no segmento alimentar, no qual ocorreram as transformações varejistas mais intensamente. O pequeno varejo, apesar de possuir considerável importância na economia brasileira e na comercialização de muitas categorias de produto, é pouco explorado na literatura de trade marketing. Dessa forma, torna-se interessante compreender como funciona o trade marketing quando desenvolvido em pequenos varejistas do segmento alimentar e, se não for desenvolvido, quais as razões para esse fenômeno. Diante dessa oportunidade de pesquisa, esta dissertação foi conduzida com um referencial teórico abordando os grandes tópicos \"canais de distribuição\" e \"trade marketing\". A pesquisa, do tipo exploratória e qualitativa, utilizou-se do método de estudo de casos múltiplos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com três pequenos varejistas da cidade de Piracicaba, e tiradas fotos do interior dos estabelecimentos. Os resultados proporcionaram a conclusão que as atividades envolvendo comunicação e promoção são realizadas tanto em conjunto por indústria e pequeno varejo, quanto individualmente pelo varejista; que a definição de preços é realizada individualmente pelo varejista; que o relacionamento estabelecido entre indústria e pequeno varejo é eficaz, apesar dos varejistas não acreditarem na existência de cooperação entre ambos; que o compartilhamento de informações é pessoal, sem o auxílio de ferramentas eletrônicas e que a gestão por categorias é desenvolvida pelo pequeno varejo sem o auxílio da indústria. |
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Atividades de trade marketing desenvolvidas pela indústria de bens de consumo não duráveis no pequeno varejo alimentar: a perspectiva varejistaTrade marketing activities developed by the non-durable consumer goods industry in small retail food: the retail perspectiveCanais de distribuiçãoFood retailMarketingMarketingMarketing channelsPequeno varejoSmall retailVarejo alimentarHistoricamente, as indústrias conquistaram espaço no mercado a partir do aumento de seu volume de produção e da redução no preço dos produtos. Tal estratégia, no entanto, não se mostrou eficaz nas últimas décadas, visto que a mesma foi copiada por todos os fabricantes. Dessa forma, uma nova estratégia foi adotada pelas indústrias com o objetivo de diferenciar seus produtos da concorrência, especialmente no âmbito varejista. As indústrias passaram, então, a criar novas linhas de produtos, com o propósito de atingir esse objetivo. Todavia, mais uma vez as estratégias adotadas pelas indústrias não tiveram o impacto esperado. Em especial no setor de bens de consumo não duráveis, os espaços varejistas passaram a ficar super abastecidos, sendo que muitos dos produtos comercializados apresentavam baixo giro e baixa rentabilidade, além de muitas marcas possuírem pouco apelo junto ao consumidor final. Diante desse cenário, o varejo começou a ditar os produtos e marcas que seriam comercializados em seus estabelecimentos, elevando seu poder frente à indústria. Essa inversão de poder no mercado varejista obrigou os fabricantes a reverem a maneira como desenvolviam o relacionamento com seus clientes de canal, principalmente com o varejo. Antes preocupada em atender apenas as necessidades dos consumidores finais, a indústria buscou atender também as demandas de seus clientes de canal, criando, então, os departamentos de trade marketing. As atividades de trade marketing foram inicialmente aplicadas pelas indústrias de bens de consumo não duráveis em grandes redes varejistas. Esse fenômeno se reflete na academia, aonde a maioria dos estudos sobre trade marketing tem como objeto de pesquisa essas indústrias, com poucos estudos realizando uma abordagem a partir da visão do varejo. No entanto, os poucos estudos que abordam a visão do varejo sobre o trade marketing não são aplicados no segmento alimentar, no qual ocorreram as transformações varejistas mais intensamente. O pequeno varejo, apesar de possuir considerável importância na economia brasileira e na comercialização de muitas categorias de produto, é pouco explorado na literatura de trade marketing. Dessa forma, torna-se interessante compreender como funciona o trade marketing quando desenvolvido em pequenos varejistas do segmento alimentar e, se não for desenvolvido, quais as razões para esse fenômeno. Diante dessa oportunidade de pesquisa, esta dissertação foi conduzida com um referencial teórico abordando os grandes tópicos \"canais de distribuição\" e \"trade marketing\". A pesquisa, do tipo exploratória e qualitativa, utilizou-se do método de estudo de casos múltiplos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com três pequenos varejistas da cidade de Piracicaba, e tiradas fotos do interior dos estabelecimentos. Os resultados proporcionaram a conclusão que as atividades envolvendo comunicação e promoção são realizadas tanto em conjunto por indústria e pequeno varejo, quanto individualmente pelo varejista; que a definição de preços é realizada individualmente pelo varejista; que o relacionamento estabelecido entre indústria e pequeno varejo é eficaz, apesar dos varejistas não acreditarem na existência de cooperação entre ambos; que o compartilhamento de informações é pessoal, sem o auxílio de ferramentas eletrônicas e que a gestão por categorias é desenvolvida pelo pequeno varejo sem o auxílio da indústria.Historically, industries have gained market space by increasing their production volume and reducing product prices. Such a strategy, however, has not proved effective in recent decades since it has been copied by all manufacturers. In this way, a new strategy was adopted by the industries with the objective of differentiating their products from the competition, especially in the retail area. The industries then started to create new product lines, in order to achieve this objective. However, again the strategies adopted by the industries did not have the expected result. Particularly in the non-durable consumer goods sector, retail spaces became overcrowded, with many of the products marketed presenting low rotation and low profitability, as well as the fact that many brands have little appeal to the shopper. Faced with this scenario, the retailer began to choose the products and brands that would be marketed in their establishments, which increased their power. This exchange of power in the retail market forced manufacturers to review how they developed the relationship with their channel partners, particularly retailers. Previously concerned with meeting only the needs of shoppers, the industry also began to meet the demands of its channel partners, creating the trade marketing departments. Trade marketing activities were initially applied by non-durable consumer goods industries in large retail chains. This phenomenon is reflected in the academy, where most of the studies on trade marketing have as object of research these industries, with few studies taking an approach from the perspective of the retail. However, the few studies that approach the retail vision about trade marketing are not applied in the food segment, where the retail transformations occurred more intensely. Small retailers, despite having considerable importance in the Brazilian economy and in the commercialization of many product categories, are little explored in the trade marketing literature. In this way, it becomes interesting to understand how trade marketing works when developed in small retailers in the food segment and, if not developed, what the reasons for this phenomenon. Faced with this research opportunity, this dissertation was conducted with a theoretical framework approachig the major topics \"distribution channels\" and \"trade marketing\". The research is exploratory and qualitative and used the multiple case study method. Semi-structured interviews were conducted with three small retailers in the city of Piracicaba, and photographs were taken of the inside the establishments. The results provided the conclusion that the activities involving communication and promotion are carried out jointly by industry and small retail and also individually by the retailer; that the pricing is carried out individually by the retailer; that the established relationship between industry and small retailers is effective, although retailers do not believe in the existence of cooperation between them; that the sharing of information is personal, without the help of EDI and that category management is developed by small retailers without the help of industry.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPVeloso, Andres RodriguezDuarte, Guilherme2017-10-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-08012018-114659/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-09-20T19:49:24Zoai:teses.usp.br:tde-08012018-114659Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-09-20T19:49:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Historicamente, as indústrias conquistaram espaço no mercado a partir do aumento de seu volume de produção e da redução no preço dos produtos. Tal estratégia, no entanto, não se mostrou eficaz nas últimas décadas, visto que a mesma foi copiada por todos os fabricantes. Dessa forma, uma nova estratégia foi adotada pelas indústrias com o objetivo de diferenciar seus produtos da concorrência, especialmente no âmbito varejista. As indústrias passaram, então, a criar novas linhas de produtos, com o propósito de atingir esse objetivo. Todavia, mais uma vez as estratégias adotadas pelas indústrias não tiveram o impacto esperado. Em especial no setor de bens de consumo não duráveis, os espaços varejistas passaram a ficar super abastecidos, sendo que muitos dos produtos comercializados apresentavam baixo giro e baixa rentabilidade, além de muitas marcas possuírem pouco apelo junto ao consumidor final. Diante desse cenário, o varejo começou a ditar os produtos e marcas que seriam comercializados em seus estabelecimentos, elevando seu poder frente à indústria. Essa inversão de poder no mercado varejista obrigou os fabricantes a reverem a maneira como desenvolviam o relacionamento com seus clientes de canal, principalmente com o varejo. Antes preocupada em atender apenas as necessidades dos consumidores finais, a indústria buscou atender também as demandas de seus clientes de canal, criando, então, os departamentos de trade marketing. As atividades de trade marketing foram inicialmente aplicadas pelas indústrias de bens de consumo não duráveis em grandes redes varejistas. Esse fenômeno se reflete na academia, aonde a maioria dos estudos sobre trade marketing tem como objeto de pesquisa essas indústrias, com poucos estudos realizando uma abordagem a partir da visão do varejo. No entanto, os poucos estudos que abordam a visão do varejo sobre o trade marketing não são aplicados no segmento alimentar, no qual ocorreram as transformações varejistas mais intensamente. O pequeno varejo, apesar de possuir considerável importância na economia brasileira e na comercialização de muitas categorias de produto, é pouco explorado na literatura de trade marketing. Dessa forma, torna-se interessante compreender como funciona o trade marketing quando desenvolvido em pequenos varejistas do segmento alimentar e, se não for desenvolvido, quais as razões para esse fenômeno. Diante dessa oportunidade de pesquisa, esta dissertação foi conduzida com um referencial teórico abordando os grandes tópicos \"canais de distribuição\" e \"trade marketing\". A pesquisa, do tipo exploratória e qualitativa, utilizou-se do método de estudo de casos múltiplos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com três pequenos varejistas da cidade de Piracicaba, e tiradas fotos do interior dos estabelecimentos. Os resultados proporcionaram a conclusão que as atividades envolvendo comunicação e promoção são realizadas tanto em conjunto por indústria e pequeno varejo, quanto individualmente pelo varejista; que a definição de preços é realizada individualmente pelo varejista; que o relacionamento estabelecido entre indústria e pequeno varejo é eficaz, apesar dos varejistas não acreditarem na existência de cooperação entre ambos; que o compartilhamento de informações é pessoal, sem o auxílio de ferramentas eletrônicas e que a gestão por categorias é desenvolvida pelo pequeno varejo sem o auxílio da indústria. |
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