Ditongos no Português de São Tomé e Príncipe

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Alfredo Christofoletti
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-30072013-105553/
Resumo: O objeto deste trabalho é investigar a realização dos ditongos orais no português vernacular de São Tomé e Príncipe (pvs). Esta variedade de português está em contato com outras línguas faladas no país e difere do sistema linguístico da variedade considerada padrão, o português europeu (pe) (FIGUEIREDO, 2010; GONÇALVES, 2010; CHRISTOFOLETTI, 2011; SANTOS & CHRISTOFOLETTI, 2011). A hipótese para as peculiaridades do comportamento do sistema fonético-fonológico do pvs é o aprendizado do português como L2 (por gerações passadas recentes) (HAGEMEIJER, 2009; GONÇALVES, 2010), e a influência do contato com as línguas crioulas faladas no país, como o santome (FERRAZ, 1979), o principense (MAURER, 2009), o angolar (MAURER, 1995) e o kabuverdianu, visto que as comunidades são, em geral, bilíngues ou convivem em espaços multilíngues. As mudanças linguísticas intergeracionais e o contato também justificariam o comportamento na realização dos ditongos que possuem variações em sua realização no pvs. O corpus deste trabalho é formado por gravações de fala espontânea de 18 informantes, coletados na capital de stp por meio da sociolinguística variacionista (LABOV, 1991 [1972]). A justificativa para o estudo das realizações dos ditongos, constatada a singularidade de suas realizações, é observar o comportamento de uma variante de português em um ambiente multilíngue; aumentar o nosso conhecimento sobre essa variante; confrontar um sistema em diglossia; possibilitar outros estudos sobre o pvs e comparações com outras variantes de português nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Em relação às variáveis sociais, há uma relação da aplicação do processo de monotongação com a quantidade de anos de escolaridade, sendo que as pessoas mais escolarizadas tendem evitar mais a monotongação do que as pessoas menos escolarizadas. Ademais, foi constatada a singularidade do sistema fonético-fonológico dessa variedade africana de português, pois, diferente da norma europeia (MATEUS & DANDRADE, 2000; MATEUS, 2002), considerada de prestígio no país, o pvs realiza a monotongação dos ditongos [eI ], como em dinheiro [di\"ñeKU], primeiro [pri\"meKU] e feijoada [feZu\"ad5], sugerindo uma aproximação ao comportamento do português brasileiro (pb) (cf. BISOL 1991, 1994; ARAÚJO 1999; LOPES 2002 e outros), todavia, a monotongação ocorre ainda em contextos nos quais tanto nas variantes do pb, como nas do pe, ela é bloqueada. Assim, ocorre a monotongação mesmo quando a consoante seguinte é uma oclusiva alveolar surda [t], como em feitiço [fe\"tisU], leitão [le\"tãU ] e direito [di\"KetU], fato não documentado no pb ou no pe. Com relação ao ditongo [oU ] no pvs, a monotongação é categórica, assim como nos estudos apresentados sobre variação nos ditongos de outras variedades de português. No que diz respeito ao ditongo [oI ], observamos que a variação na aplicação da monotongação ocorre apenas quando seguido pela consoante [S], responsável pelo espraiamento do nó vocálico criando o glide [I ] via processo fonético. O ditongo [aI ], por sua vez, sofreu variação no processo de monotongação fundamentalmente diante de consoante palatal, nos demais contextos sua ocorrência foi pouco produtiva. Do mesmo modo, o ditongo [eU ] teve baixo índice de ocorrência de monotongação, sendo mantido em quase todos os contextos. Os demais ditongos, [EI ], [EU ], [uI ] e [iU ], tiveram raras ocorrências, e foi impossível observar variações em suas realizações.
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spelling Ditongos no Português de São Tomé e PríncipeDiphthongs in the Portuguese of Sao Tome e PrincipeDiphthongsDitongosFonética e fonologiaPhonetics and phonologyPortuguêsPortugueseSao Tome and PrincipeSão Tomé e PríncipeSociolinguísticaSociolinguisticsO objeto deste trabalho é investigar a realização dos ditongos orais no português vernacular de São Tomé e Príncipe (pvs). Esta variedade de português está em contato com outras línguas faladas no país e difere do sistema linguístico da variedade considerada padrão, o português europeu (pe) (FIGUEIREDO, 2010; GONÇALVES, 2010; CHRISTOFOLETTI, 2011; SANTOS & CHRISTOFOLETTI, 2011). A hipótese para as peculiaridades do comportamento do sistema fonético-fonológico do pvs é o aprendizado do português como L2 (por gerações passadas recentes) (HAGEMEIJER, 2009; GONÇALVES, 2010), e a influência do contato com as línguas crioulas faladas no país, como o santome (FERRAZ, 1979), o principense (MAURER, 2009), o angolar (MAURER, 1995) e o kabuverdianu, visto que as comunidades são, em geral, bilíngues ou convivem em espaços multilíngues. As mudanças linguísticas intergeracionais e o contato também justificariam o comportamento na realização dos ditongos que possuem variações em sua realização no pvs. O corpus deste trabalho é formado por gravações de fala espontânea de 18 informantes, coletados na capital de stp por meio da sociolinguística variacionista (LABOV, 1991 [1972]). A justificativa para o estudo das realizações dos ditongos, constatada a singularidade de suas realizações, é observar o comportamento de uma variante de português em um ambiente multilíngue; aumentar o nosso conhecimento sobre essa variante; confrontar um sistema em diglossia; possibilitar outros estudos sobre o pvs e comparações com outras variantes de português nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Em relação às variáveis sociais, há uma relação da aplicação do processo de monotongação com a quantidade de anos de escolaridade, sendo que as pessoas mais escolarizadas tendem evitar mais a monotongação do que as pessoas menos escolarizadas. Ademais, foi constatada a singularidade do sistema fonético-fonológico dessa variedade africana de português, pois, diferente da norma europeia (MATEUS & DANDRADE, 2000; MATEUS, 2002), considerada de prestígio no país, o pvs realiza a monotongação dos ditongos [eI ], como em dinheiro [di\"ñeKU], primeiro [pri\"meKU] e feijoada [feZu\"ad5], sugerindo uma aproximação ao comportamento do português brasileiro (pb) (cf. BISOL 1991, 1994; ARAÚJO 1999; LOPES 2002 e outros), todavia, a monotongação ocorre ainda em contextos nos quais tanto nas variantes do pb, como nas do pe, ela é bloqueada. Assim, ocorre a monotongação mesmo quando a consoante seguinte é uma oclusiva alveolar surda [t], como em feitiço [fe\"tisU], leitão [le\"tãU ] e direito [di\"KetU], fato não documentado no pb ou no pe. Com relação ao ditongo [oU ] no pvs, a monotongação é categórica, assim como nos estudos apresentados sobre variação nos ditongos de outras variedades de português. No que diz respeito ao ditongo [oI ], observamos que a variação na aplicação da monotongação ocorre apenas quando seguido pela consoante [S], responsável pelo espraiamento do nó vocálico criando o glide [I ] via processo fonético. O ditongo [aI ], por sua vez, sofreu variação no processo de monotongação fundamentalmente diante de consoante palatal, nos demais contextos sua ocorrência foi pouco produtiva. Do mesmo modo, o ditongo [eU ] teve baixo índice de ocorrência de monotongação, sendo mantido em quase todos os contextos. Os demais ditongos, [EI ], [EU ], [uI ] e [iU ], tiveram raras ocorrências, e foi impossível observar variações em suas realizações.The purpose of this work is to investigate the realization of oral diphthongs in vernacular portuguese of Sao Tome and Principe (pvs). This variety of portuguese is in contact with other languages spoken in the country and differs from the linguistic system of the considered standard variety, the european portuguese (pe) (FIGUEIREDO, 2010; GONÇALVES, 2010; CHRISTOFOLETTI, 2011; SANTOS & CHRISTOFOLETTI, 2011). The hypothesis for the behavior of the phonetic-phonological system of pvs is the learning of portuguese as L2 (from recent past generations) (HAGEMEIJER, 2009; GONÇALVES, 2010), and the influence of contact with the creole languages spoken in the country, as the santome (FERRAZ, 1979), the principense (MAURER, 2009), angolar (MAURER, 1995) and kabuverdianu, since the communities are usually bilingual or living in multilingual environment. The intergenerational linguistic changes and the linguistic contact also justify the behavior in the realization of diphthongs that have variations in their realization in pvs. The corpus of this study consists of recordings of spontaneous speech of 18 informants, collected in the capital of stp through the assumptions of sociolinguistic theory and method (LABOV, 1991 [1972]). The reason to study the achievements of diphthongs, noted the uniqueness of its accomplishments, is to observe the behavior of a variant from portuguese in a multilingual environment; increase our knowledge of this variant; confront a system in diglossia; enable further studies on the pvs and compare it with other variants in the African countries witch have portuguese as official language. Regarding social variables, there is a link to the application of the process of monophthongization with the number of years of schooling, once that people with more time of school education tend to avoid monophthongization than people with less time of school education. Moreover, it was found the uniqueness of the phonetic-phonological system of pvs, because, unlike the pe (MATEUS & DANDRADE, 2000; MATEUS, 2002), considered prestigious in the country, pvs performs the monophthongization of diphthongs [eI ], as seeing in dinheiro [di\"ñeKU], primeiro [pri\"meKU] and feijoada [feZu\"ad5], it suggests an approach to behavior of Brazilian portuguese (pb) (cf. BISOL 1991, 1994; ARAÚJO 1999; LOPES 2002 e outros), however, monophthongization still occurs in contexts in both the variants whrer it is blocked as pb, as in the pe. So monophthongization occurs even when the following consonant is an voiceless alveolar occlusive [t], as in feitiço [fe\"tisU], leitão [le\"tãU ] e direito [di\"KetU], nons-documented fact in pb or pe. Regarding the diphthong [oU ] in pvs the monophthongization is categorical, as shown in studies on diphthongs variation in other varieties of portuguese. With respect to the diphthong [oI ] we observed that the variation in the application of monophthongization occurs only when it followed by the consonant [S], responsible for spreading the vocalic feature creating the glide [I ] through phonetic process. The diphthong [aI ] suffered variation in the monophthongization process, mainly before palatal consonant, in other contexts its occurrence was not very productive. Similarly, the diphthong [eU ] had a low rate of occurrence of monophthongization, and was kept in almost all contexts. The other diphthongs, [EI ], [EU ], [uI ] and [iU ], had rare occurrences, and it was impossible to observe variations in their realizations.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAraujo, Gabriel Antunes deSilveira, Alfredo Christofoletti2013-05-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-30072013-105553/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:36Zoai:teses.usp.br:tde-30072013-105553Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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