O zinco como promotor do crescimento de suínos em recria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Botelho, Fábio Guilherme Autran
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191108-105541/
Resumo: O presente estudo de 28 dias teve como objetivo avaliar altos níveis de zinco (Zn) suplementar como promotor do crescimento de suínos na fase de recria. Foram utilizados 150 leitões, machos e fêmeas, puros ou cruzados, das raças Landrace, Large White e Duroc desmamados aos 28 dias de idade média, com peso médio inicial 6,85 kg, para testar níveis supranutricionais de 0,750, 1500, 2750 e 3000 ppm de Zn, na forma de óxido de zinco (ZnO), fornecido durante 28 dias. A ração basal era composta de milho (56%), farelo de soja (26%), leite em pó desnatado (5%), soro de leite desidratado (5%), açúcar (4%), óleo de soja (1%), além dos suplementos minerais e vitamínicos, proporcionando 18,89% de PB e 3329 kcal EM/kg de ração. A ração e a água foram fornecidas à vontade durante todo o período experimental de 28 dias. O delineamento experimental foi de blocos completos casualizados, com 8 repetições/tratamento, sendo 6 blocos com 4 animais/baia e 2 blocos com 3 animais/baia. Semanalmente foram feitas pesagens individuais dos leitões e registrados o consumo de ração das baias para o cálculo de conversão alimentar. No final de cada repetição foram coletadas amostras de sangue de 2 animais/unidade experimental, para a determinação dos parâmetros sanguíneos e plasmáticos. Nas duas primeiras semanas de experimentação, o Zn proporcionou respostas lineares do ganho diário de peso (P<0,00001;138, 141, 172, 223 e 257 g; GDP = 121,925 + 0,004285X; R2 = 0,94) , no consumo diário de ração (P<0,00001; 325, 314, 356, 410 e 443 g; CDR = 303,125 + 0,0441833X; R2 = 0,90) e na conversão alimentar (P<0,0005; 2,23, 2,21, 2,19, 1,90 e 1,76; CA = 2,309933 - 0,000168X; R2 = 0,67). No período total de experimentação, o Zn suplementar determinou respostas linear (P<0,0001) e cúbica (P<0,004) do ganho diário de peso (299, 299, 340, 398 e 385 g; GDP = 299,519643 - 0,0672718X + 0,00009832X2 -0,000000022X3; R2 0,99) e também linear (P<0,0001) e cúbica (P<0,003) do consumo diário de ração (589, 581, 653, 756 e 753 g; CDR = 590,45 - 0,1261667X + 0,00017 044X2 - 0, 000000037X3; R2 = 1,00), sem influenciar (P<0,05) a conversão alimentar. Em relação aos componentes sanguíneos, o Zn não influenciou (P>0,05) os parâmetros hematócrito e hemoglobina, mas apresentou efeitos quadráticos (P<0,003 e P<0,0004) para os níveis plasmáticos de proteína total (5,4, 5,6, 5,7, 5,7 e 5,4 g/dl; Pt = 5,398571 + 0,0004255X - 0,00000014X2; R2 = 0,95) e albumina (3,2, 3,3, 3,4, 3,4 e 3,0 g/dl; Alb = 3,2075 + 0,00035X – 0,00000013X2; R2 = 0,83). O Zn determinou, ainda, uma resposta linear (P<0,002) do conteúdo de uréia plasmática (24, 27, 29, 30 e 31 mg/dl; Ur = 24,625 + 0,0024333X; R2 = 0,94). Assim, determinou-se que a suplementação com 2250 ppm de Zn continuadamente por quatro semanas pós-desmama proporcionou as melhores respostas em ganho diário de peso e consumo diário de ração dos leitões em recria. O melhor desempenho com o nível de 3000 ppm nas três primeiras semanas pós-desmama não se manteve até o final do experimento, muito provavelmente devido a um efeito tóxico decorrente do uso prolongado do nível mais elevado de zinco. Os valores máximos observados para os componentes proteína total e albumina obtidos com o nível de 1500 ppm de Zn constitui outra evidência de que os níveis mais elevados de Zn suplementar, por períodos prolongados, podem ter efeitos negativos no metabolismo animal.
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A ração e a água foram fornecidas à vontade durante todo o período experimental de 28 dias. O delineamento experimental foi de blocos completos casualizados, com 8 repetições/tratamento, sendo 6 blocos com 4 animais/baia e 2 blocos com 3 animais/baia. Semanalmente foram feitas pesagens individuais dos leitões e registrados o consumo de ração das baias para o cálculo de conversão alimentar. No final de cada repetição foram coletadas amostras de sangue de 2 animais/unidade experimental, para a determinação dos parâmetros sanguíneos e plasmáticos. Nas duas primeiras semanas de experimentação, o Zn proporcionou respostas lineares do ganho diário de peso (P<0,00001;138, 141, 172, 223 e 257 g; GDP = 121,925 + 0,004285X; R2 = 0,94) , no consumo diário de ração (P<0,00001; 325, 314, 356, 410 e 443 g; CDR = 303,125 + 0,0441833X; R2 = 0,90) e na conversão alimentar (P<0,0005; 2,23, 2,21, 2,19, 1,90 e 1,76; CA = 2,309933 - 0,000168X; R2 = 0,67). No período total de experimentação, o Zn suplementar determinou respostas linear (P<0,0001) e cúbica (P<0,004) do ganho diário de peso (299, 299, 340, 398 e 385 g; GDP = 299,519643 - 0,0672718X + 0,00009832X2 -0,000000022X3; R2 0,99) e também linear (P<0,0001) e cúbica (P<0,003) do consumo diário de ração (589, 581, 653, 756 e 753 g; CDR = 590,45 - 0,1261667X + 0,00017 044X2 - 0, 000000037X3; R2 = 1,00), sem influenciar (P<0,05) a conversão alimentar. Em relação aos componentes sanguíneos, o Zn não influenciou (P>0,05) os parâmetros hematócrito e hemoglobina, mas apresentou efeitos quadráticos (P<0,003 e P<0,0004) para os níveis plasmáticos de proteína total (5,4, 5,6, 5,7, 5,7 e 5,4 g/dl; Pt = 5,398571 + 0,0004255X - 0,00000014X2; R2 = 0,95) e albumina (3,2, 3,3, 3,4, 3,4 e 3,0 g/dl; Alb = 3,2075 + 0,00035X – 0,00000013X2; R2 = 0,83). O Zn determinou, ainda, uma resposta linear (P<0,002) do conteúdo de uréia plasmática (24, 27, 29, 30 e 31 mg/dl; Ur = 24,625 + 0,0024333X; R2 = 0,94). Assim, determinou-se que a suplementação com 2250 ppm de Zn continuadamente por quatro semanas pós-desmama proporcionou as melhores respostas em ganho diário de peso e consumo diário de ração dos leitões em recria. O melhor desempenho com o nível de 3000 ppm nas três primeiras semanas pós-desmama não se manteve até o final do experimento, muito provavelmente devido a um efeito tóxico decorrente do uso prolongado do nível mais elevado de zinco. Os valores máximos observados para os componentes proteína total e albumina obtidos com o nível de 1500 ppm de Zn constitui outra evidência de que os níveis mais elevados de Zn suplementar, por períodos prolongados, podem ter efeitos negativos no metabolismo animal.An experiment, involving 150 crossbred weanling pigs (Landrace x Large White x Duroc) with 6.85 kg average initial live weight, was carried out to evaluate the effect of fi ve dietary supplemental zinc leveIs - 0, 750, 1500, 2250 and 3000 ppm - (as zinc oxide) on performance and on blood and plasma components. The basal diet (18.89% crude protein and 3329 kcal DE/kg) was based on corn (56%), soybean meal (26%), dried skim milk (5%), dried whey (5%), sucrose (4%), soybean oil (1%), and supplemented with mineraIs and vitamins. Feed and water were given "ad libitum" to pigs during the 28-day experimental period. A randomized complete block design with 8 replications and 3 or 4 animaIs/experimental unit (pen) was utilized. Pigs were weighed individually and f eed intake/pen was registered weekly. At the end of experimental period, blood samples were collected from anterior vena cava of 2 pigs/pen after a 5-hour fasting period. In the first two weeks, supplemental dietary zinc resulted in a linear response of average daily gain xiv (P<.00001; 138, 141, 172, 223 and 257 g; ADG = 121.925 + .004285X; R2 = .94) , daily feed intake (P<.00001; 325, 314, 356, 410 and 443 g; ADFI = 303.125 + .0441833X; R2 = .90 ) and feed conversion (P<.0005; 2.23, 2.21, 2.19, 1. 90 and 1.76; F/G 2.309933 - .000168X; R2 = .67) . Considering the total experimental period, supplemental dietary zinc resul ted in a linear (P<. 00001) and cubic (P<.004) response of average daily gain (299, 299, 340, 398 and 385 g; ADG = 299.519643 -.0672718X + .00009832X2 - .000000022X3 ; R2 = .99), linear (P<. 00001) and cubic (P<.003) response of daily feed intake (589, 581, 653, 756 and 753 g; ADFI = 590.45 - .1261667X + .00017044X2 .000000037X3; R2 = 1.00), but no effect (P>.05) was observed on feed conversion. For blood parameters, supplemental zinc showed no effect (P&#62.05) on hematocrit and hemoglobin content Supplemental zinc resulted in a quadratic effect on plasma total protein (P<.003; 5.4, 5.6, 5.7, 5.7 and 5.4 g/dl; Pt 5.398571 + .0004255X .00000014X2; R2 = .95) and on plasma albumin (P<.0004; 3.2, 3.3, 3.4, 3.4 and 3.0 g/dl; Alb = 3.2075 + .00035X - . 0000013X2; R2 = .83) , and a linear increase (P<.002) on plasma urea content (24, 27, 29, 30 and 31 mg/dl; Ur = 24.625 + . 0024333X; R2 = .94) . This experiment showed that supplemental zinc can be an effective growth promoter when given at 2250 ppm in weanling pig diet for 28-d post-weaning. The best performance in the first three weeks was obtained with 3000 ppm Zn fed piglets. For plasma protein and albumin, the best results were obtained with 1500 ppm Zn. On the other hand, 3000 ppm Zn fed for four weeks showed a depressive effect on performance, which is a indication of zinc toxicity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMiyada, Valdomiro ShigueruBotelho, Fábio Guilherme Autran1996-11-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191108-105541/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-08T23:44:40Zoai:teses.usp.br:tde-20191108-105541Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-08T23:44:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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