Perfil psicológico de pacientes com hipopituitarismo congênito
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5166/tde-09082024-150400/ |
Resumo: | Introdução: O hipopituitarismo é definido pela deficiência de um ou mais hormônios hipofisários, em que a deficiência de GH é uma das mais prevalentes. Trabalhos da literatura evidenciam que a deficiência de GH adquirida na vida adulta altera a qualidade de vida e o humor dos pacientes com potencial reversão desses sintomas pela reposição de GH. Essa associação está bem estabelecida para o hipopituitarismo adquirido, mas há poucos estudos na literatura que investiguem o perfil psicológico de pacientes com hipopituitarismo de causa congênita e que chegaram à vida adulta, avaliando os efeitos da reposição do GH e de outros hormônios hipofisários nos parâmetros psicológicos. Avaliar o ajuste emocional, o enfrentamento do estresse, a adesão ao tratamento são aspectos essenciais que modificam a qualidade de vida desses pacientes, além de examinar como as alterações hormonais podem influenciar no humor e bem-estar psicológicos. Objetivos: O presente estudo se propôs a caracterizar o perfil psicológico dos pacientes com hipopituitarismo congênito, compará-los com indivíduos saudáveis e correlacionar o perfil psicológico dos pacientes com os dados clínicos e a influência da reposição hormonal nessa coorte. Casuística: 220 pacientes hipopituitarismo congênito, acompanhados no ambulatório de HC-FMUSP, foram submetidos aos critérios de inclusão que se resume a pacientes em seguimento regular no ambulatório de Desenvolvimento, com idade cronológica entre 25 a 60 anos; portador de deficiência de GH de início na infância e confirmada na vida adulta e com as demais reposições hormonais hipofisárias otimizadas há pelo menos 1 ano. Foram excluídos pacientes com insuficiência intelectual, não capazes de responder sozinhos às entrevistas e questionários propostos, pacientes com depressão não tratada, e sem interesse em participar da pesquisa. Materiais e Métodos: Os pacientes elegíveis foram submetidos a 2 testes screening compostos pelo (G-36), que é o teste de Inteligência não verbal e se presta para excluir os pacientes com insuficiência intelectual e o EBADEP-A, que é a Escala Baptista de Depressão. Após os testes de screening os pacientes foram submetidos aos testes de avaliação psicológica compostos pela Escala dos Pilares de Resiliência (EPR), do Inventário dos Cinco Fatores de Personalidade (NEO- FFI R) e a Entrevista semi-dirigida (ESD). Resultados: No presente estudo transversal, 60 pacientes foram elegíveis e convidados a participarem do estudo. Após assinarem o TCLE, eles foram submetidos aos testes de screening e 2 deles foram excluídos por apresentarem insuficiência intelectual. Dos 58 pacientes incluídos 57% eram do sexo feminino, com média da idade cronológica de 40,9 anos (±8.2). Das deficiências encontradas 100% tinham deficiência de GH (40% repondo GH), 80% com deficiência de TSH, 78% com deficiência de gonadotrofinas, 62% com deficiência de ACTH (39% usavam prednisona e 58% hidrocortisona) e apenas 14% com deficiência de ADH. Os exames de imagem da região hipotálamo hipofisária evidenciaram que 87% apresentavam alterações (hipoplasia hipofisária 71%, neurohipófise ectópica 72% e haste afilada 69%). Nas análises das variáveis relacionadas aos pilares de resiliência e aos traços da personalidade, os pacientes apresentaram um perfil mediano abaixo da normalidade da população brasileira, exceto a variável Independeência. Nas informações estatísticas utilizando o modelo de regressão beta onde os valores menores que 1 influenciam negativamente a variável resposta, e os valores maiores que 1 influenciam positivamente, observou-se que a Escala Baptista de Depressão (EBADEP-A) e o fator de personalidade extroversão ( NEO FFI-R) foram menores que 1. Pacientes que usavam GH tiveram chance de extroversão maior do que pacientes que não usavam GH. Pacientes que tinham deficiência de TSH, tiveram chance menor de extroversão quando comparados com os que não tinham deficiência de TSH. Nas variáveis em que o uso de corticoide esteve abaixo do percentil 50, o efeito foi menos deletério para pacientes que usavam hidrocortisona (neuroticismo 1,75; 2,14, amabilidade 1,64; 1,75, conscienciosidade 0,85; 0,91 ) em relação aos que usam prednisona (neuroticismo 2,57; 3,19, amabilidade 0,34;0,4, conscienciosidade 0,58; 0,63 ). Conclusão: Nas analises das variáveis relacionadas aos pilares de resiliência e aos traços da personalidade, os pacientes apresentaram um perfil mediano abaixo da normalidade da população brasileira, exceto a variável Independência e o uso de GH teve influência positiva, enquanto que a deficiência de TSH e o uso de prednisona tiveram influencias deletéria no perfil psicológico |
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Perfil psicológico de pacientes com hipopituitarismo congênitoPsychological profile of patients with congenital hypopituitarismCongenital hypopituitarismDeficiência de GHDepressãoDepressionHipopituitarismoHipopituitarismo congênitoHypopituitarismPerfil psicológicoPsychological profileResilienceResiliênciaIntrodução: O hipopituitarismo é definido pela deficiência de um ou mais hormônios hipofisários, em que a deficiência de GH é uma das mais prevalentes. Trabalhos da literatura evidenciam que a deficiência de GH adquirida na vida adulta altera a qualidade de vida e o humor dos pacientes com potencial reversão desses sintomas pela reposição de GH. Essa associação está bem estabelecida para o hipopituitarismo adquirido, mas há poucos estudos na literatura que investiguem o perfil psicológico de pacientes com hipopituitarismo de causa congênita e que chegaram à vida adulta, avaliando os efeitos da reposição do GH e de outros hormônios hipofisários nos parâmetros psicológicos. Avaliar o ajuste emocional, o enfrentamento do estresse, a adesão ao tratamento são aspectos essenciais que modificam a qualidade de vida desses pacientes, além de examinar como as alterações hormonais podem influenciar no humor e bem-estar psicológicos. Objetivos: O presente estudo se propôs a caracterizar o perfil psicológico dos pacientes com hipopituitarismo congênito, compará-los com indivíduos saudáveis e correlacionar o perfil psicológico dos pacientes com os dados clínicos e a influência da reposição hormonal nessa coorte. Casuística: 220 pacientes hipopituitarismo congênito, acompanhados no ambulatório de HC-FMUSP, foram submetidos aos critérios de inclusão que se resume a pacientes em seguimento regular no ambulatório de Desenvolvimento, com idade cronológica entre 25 a 60 anos; portador de deficiência de GH de início na infância e confirmada na vida adulta e com as demais reposições hormonais hipofisárias otimizadas há pelo menos 1 ano. Foram excluídos pacientes com insuficiência intelectual, não capazes de responder sozinhos às entrevistas e questionários propostos, pacientes com depressão não tratada, e sem interesse em participar da pesquisa. Materiais e Métodos: Os pacientes elegíveis foram submetidos a 2 testes screening compostos pelo (G-36), que é o teste de Inteligência não verbal e se presta para excluir os pacientes com insuficiência intelectual e o EBADEP-A, que é a Escala Baptista de Depressão. Após os testes de screening os pacientes foram submetidos aos testes de avaliação psicológica compostos pela Escala dos Pilares de Resiliência (EPR), do Inventário dos Cinco Fatores de Personalidade (NEO- FFI R) e a Entrevista semi-dirigida (ESD). Resultados: No presente estudo transversal, 60 pacientes foram elegíveis e convidados a participarem do estudo. Após assinarem o TCLE, eles foram submetidos aos testes de screening e 2 deles foram excluídos por apresentarem insuficiência intelectual. Dos 58 pacientes incluídos 57% eram do sexo feminino, com média da idade cronológica de 40,9 anos (±8.2). Das deficiências encontradas 100% tinham deficiência de GH (40% repondo GH), 80% com deficiência de TSH, 78% com deficiência de gonadotrofinas, 62% com deficiência de ACTH (39% usavam prednisona e 58% hidrocortisona) e apenas 14% com deficiência de ADH. Os exames de imagem da região hipotálamo hipofisária evidenciaram que 87% apresentavam alterações (hipoplasia hipofisária 71%, neurohipófise ectópica 72% e haste afilada 69%). Nas análises das variáveis relacionadas aos pilares de resiliência e aos traços da personalidade, os pacientes apresentaram um perfil mediano abaixo da normalidade da população brasileira, exceto a variável Independeência. Nas informações estatísticas utilizando o modelo de regressão beta onde os valores menores que 1 influenciam negativamente a variável resposta, e os valores maiores que 1 influenciam positivamente, observou-se que a Escala Baptista de Depressão (EBADEP-A) e o fator de personalidade extroversão ( NEO FFI-R) foram menores que 1. Pacientes que usavam GH tiveram chance de extroversão maior do que pacientes que não usavam GH. Pacientes que tinham deficiência de TSH, tiveram chance menor de extroversão quando comparados com os que não tinham deficiência de TSH. Nas variáveis em que o uso de corticoide esteve abaixo do percentil 50, o efeito foi menos deletério para pacientes que usavam hidrocortisona (neuroticismo 1,75; 2,14, amabilidade 1,64; 1,75, conscienciosidade 0,85; 0,91 ) em relação aos que usam prednisona (neuroticismo 2,57; 3,19, amabilidade 0,34;0,4, conscienciosidade 0,58; 0,63 ). Conclusão: Nas analises das variáveis relacionadas aos pilares de resiliência e aos traços da personalidade, os pacientes apresentaram um perfil mediano abaixo da normalidade da população brasileira, exceto a variável Independência e o uso de GH teve influência positiva, enquanto que a deficiência de TSH e o uso de prednisona tiveram influencias deletéria no perfil psicológicoIntroduction: Hypopituitarism is defined by the deficiency of one or more pituitary hormones, with growth hormone (GH) deficiency being one of the most prevalent. Literature works indicate that acquired GH deficiency in adulthood alters the quality of life and mood of patients, with potential reversal of these symptoms through GH replacement. This association is well established for acquired hypopituitarism, but there are few studies in the literature investigating the psychological profile of patients with congenital hypopituitarism who have reached adulthood, evaluating the effects of GH replacement and other pituitary hormones on psychological parameters. Assessing emotional adjustment, stress coping, treatment adherence are essential aspects that modify the quality of life of these patients, in addition to examining how hormonal changes may influence psychological mood and well-being. Aims: This study aimed to characterize the psychological profile of patients with congenital hypopituitarism, compare them with healthy individuals, and correlate the psychological profile of patients with clinical data and the influence of hormonal replacement in this cohort. Patients: 220 patients with congenital hypopituitarism, followed at the outpatient clinic at HC-FMUSP, were submitted to inclusion criteria, which included patients regularly followed up in the Development outpatient clinic, with a chronological age between 25 and 60 years; carriers of GH deficiency at the onset of childhood, confirmed in adulthood and with other pituitary hormone replacements optimized for at least 1 year. Patients with intellectual disability, unable to respond to interviews and questionnaires alone, untreated depression, and those not interested in participating in the research were excluded. Materials and Methods: Eligible patients underwent 2 screening tests consisting of the G-36, which is the non-verbal Intelligence test aimed at excluding patients with intellectual disability, and the EBADEP-A, which is the Baptista Depression Scale. After the screening tests, patients underwent psychological evaluation tests consisting of the Resilience Pillars Scale (EPR), the NEO Five-Factor Inventory (NEO-FFI R), and the semi-directed interview (ESD). Results: In this cross-sectional study, 60 patients were eligible and invited to participate. After signing the informed consent form, they underwent screening tests, and 2 of them were excluded due to intellectual disability. Of the 58 included patients, 57% were female, with a mean chronological age of 40.9 years (±8.2). Regarding the deficiencies found, 100% had GH deficiency (40% replacing GH), 80% had TSH deficiency, 78% had gonadotropin deficiency, 62% had ACTH deficiency (39% using prednisone and 58% hydrocortisone), and only 14% had ADH deficiency. Imaging exams of the hypothalamic-pituitary region showed that 87% had alterations (pituitary hypoplasia 71%, ectopic neurohypophysis 72%, and tapered stalk 69%). In the analysis of variables related to resilience pillars and personality traits, patients presented a median profile below the normality of the Brazilian population, except for the Independence variable. In the statistical information using the beta regression model where values less than 1 negatively influence the response variable, and values greater than 1 positively influence it, it was observed that the Baptista Depression Scale (EBADEP-A) and the extroversion personality factor (NEO FFI-R) were less than 1. Patients using GH had a greater chance of extroversion than those not using GH. Patients with TSH deficiency had a lower chance of extroversion compared to those without TSH deficiency. In variables where corticosteroid use was below the 50th percentile, the effect was less deleterious for patients using hydrocortisone (neuroticism - 1.75; 2.14, agreeableness 1.64; 1.75, conscientiousness 0.85; 0.91) compared to those using prednisone (neuroticism - 2.57; 3.19, agreeableness 0.34; 0.4, conscientiousness 0.58; 0.63). Conclusion: In the analysis of variables related to resilience pillars and personality traits, patients presented a median profile below the normality of the Brazilian population, except for the independence variable, and GH use had a positive influence, while TSH deficiency and prednisone use had deleterious influences on the psychological profileBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCarvalho, Luciani Renata Silveira deSilva, Patricia Mara de Hugo2024-04-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5166/tde-09082024-150400/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-16T18:08:02Zoai:teses.usp.br:tde-09082024-150400Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-16T18:08:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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