A experiência de participar de um grupo de reabilitação integral para mastectomizadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franco, Anna Helena Junqueira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-08082011-160037/
Resumo: Estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, que teve como objetivo analisar a influência de um núcleo de reabilitação para mastectomizadas na vida das mulheres que o frequentam e identificar quais tipos de mudanças ocorreram em suas vidas. Participaram 13 mulheres com idade entre 49 e 82 anos, que frequentavam o grupo de reabilitação há no mínimo três meses. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas, com perguntas abertas. Procurou-se identificar unidades temáticas pela Análise de Conteúdo, nas seguintes categorias: 1. Deparando-se com uma nova realidade; 2. Encontrando uma forma de enfrentamento da nova realidade; 3. Mudando comportamentos e maneiras de pensar. Os resultados mostraram que após terem sido encaminhadas ao serviço de reabilitação, as mulheres começaram a entender que havia uma forma de enfrentar, com um pouco menos de sofrimento, a dura realidade de ter câncer de mama, uma doença estigmatizante, que lhes gerava dúvidas e medos em relação ao presente e ao futuro. A frequência ao serviço de reabilitação fez com que elas se descobrissem como membros do grupo e acolhidas, tanto pelas outras mulheres como pelos profissionais; sentiram nestes últimos uma verdadeira preocupação em atender todas as suas necessidades físicas, emocionais e psicossociais. Compartilharam experiências, compreenderam a importância de dividir seus problemas com o grupo, conseguiram pedir e oferecer ajuda. Encontraram um grupo de \"iguais\", e sentiram-se à vontade para compartilhar experiências, criar novas amizades e até mesmo uma \"nova família\". Conseguiram ressocializar-se. Reconheceram-se mais fortes para enfrentar o câncer, sentiram que podiam melhorar e que podiam e deviam participar de sua reabilitação, chegando a modificar comportamentos e maneiras de pensar sobre a doença e suas consequências, sobre as pessoas e sobre si mesmas. Reconheceram o serviço de reabilitação, ou seja, o grupo de mulheres e profissionais, como o grande responsável pelas mudanças positivas que ocorreram em suas vidas; conseguiram lidar melhor até mesmo com as questões da própria finitude e manifestaram a apropriação do senso crítico, quando propuseram, ainda que de forma discreta, algumas sugestões para aprimoramentos na assistência oferecida pelo serviço. O serviço de reabilitação é o lugar onde encontram ânimo para seguir a vida, com segurança para rir e chorar, falar e calar, ouvir e ser ouvida, sem reprimendas. Consideram um privilégio poder desfrutar de tudo o que serviço oferece, inclusive atividades de lazer e sem gastos financeiros. Fazer parte desse grupo significou para as participantes deste estudo um presente de Deus, a chance de vislumbrar uma nova vida.
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spelling A experiência de participar de um grupo de reabilitação integral para mastectomizadasThe experience of taking part of a full mastectomy rehabilitation groupBreast NeoplasmsGrupo de ReabilitaçãoMastectomizadasmastectomyNeoplasia da MamaRehabilitation GroupEstudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, que teve como objetivo analisar a influência de um núcleo de reabilitação para mastectomizadas na vida das mulheres que o frequentam e identificar quais tipos de mudanças ocorreram em suas vidas. Participaram 13 mulheres com idade entre 49 e 82 anos, que frequentavam o grupo de reabilitação há no mínimo três meses. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas, com perguntas abertas. Procurou-se identificar unidades temáticas pela Análise de Conteúdo, nas seguintes categorias: 1. Deparando-se com uma nova realidade; 2. Encontrando uma forma de enfrentamento da nova realidade; 3. Mudando comportamentos e maneiras de pensar. Os resultados mostraram que após terem sido encaminhadas ao serviço de reabilitação, as mulheres começaram a entender que havia uma forma de enfrentar, com um pouco menos de sofrimento, a dura realidade de ter câncer de mama, uma doença estigmatizante, que lhes gerava dúvidas e medos em relação ao presente e ao futuro. A frequência ao serviço de reabilitação fez com que elas se descobrissem como membros do grupo e acolhidas, tanto pelas outras mulheres como pelos profissionais; sentiram nestes últimos uma verdadeira preocupação em atender todas as suas necessidades físicas, emocionais e psicossociais. Compartilharam experiências, compreenderam a importância de dividir seus problemas com o grupo, conseguiram pedir e oferecer ajuda. Encontraram um grupo de \"iguais\", e sentiram-se à vontade para compartilhar experiências, criar novas amizades e até mesmo uma \"nova família\". Conseguiram ressocializar-se. Reconheceram-se mais fortes para enfrentar o câncer, sentiram que podiam melhorar e que podiam e deviam participar de sua reabilitação, chegando a modificar comportamentos e maneiras de pensar sobre a doença e suas consequências, sobre as pessoas e sobre si mesmas. Reconheceram o serviço de reabilitação, ou seja, o grupo de mulheres e profissionais, como o grande responsável pelas mudanças positivas que ocorreram em suas vidas; conseguiram lidar melhor até mesmo com as questões da própria finitude e manifestaram a apropriação do senso crítico, quando propuseram, ainda que de forma discreta, algumas sugestões para aprimoramentos na assistência oferecida pelo serviço. O serviço de reabilitação é o lugar onde encontram ânimo para seguir a vida, com segurança para rir e chorar, falar e calar, ouvir e ser ouvida, sem reprimendas. Consideram um privilégio poder desfrutar de tudo o que serviço oferece, inclusive atividades de lazer e sem gastos financeiros. Fazer parte desse grupo significou para as participantes deste estudo um presente de Deus, a chance de vislumbrar uma nova vida.Exploratory, descriptive, qualitative approach, which aimed to examine the influence of a full mastectomy rehabilitation group in women who lives attend it and identify what kinds of changes in their lives. Participants included 13 women aged between 49 and 82 years who attended the rehabilitation group for at least three months. Data were obtained through interviews with open questions. We sought to identify thematic units through content analysis, the following categories: 1. finding a new reality, 2. finding a way to face the new reality; 3. changing behavior and way of thinking.The results showed that after being sent to rehabilitation services, women began to understand that there was a way to deal with a little less suffering, the harsh reality of having breast cancer, a stigmatizing disease, they generated questions and fears about the present and the future. Attendance at the rehabilitation service meant that they were discovered as members of the group and accepted by both other women and professionals, experienced in the last a genuine concern to meet all their physical, emotional and psychosocial factors. Shared experiences, understood the importance of sharing their problems with the group, could ask for and offer help. They found a group of \"equal\" and felt free to share experiences, new friendships and even a \"new family\". They managed to re-socialize. Acknowledged to be stronger to cope with cancer, they felt they could improve and that could and should participate in them rehabilitation, getting to change behaviors and ways of thinking about disease and its consequences, about people and about themselves. Acknowledged the service of rehabilitation, the group of women and professionals, as largely responsible for the positive changes occurring in their lives got better even with the issues of their own finitude and expressed the appropriation of critical sense, when they proposed , albeit discreetly, some suggestions for improvements on the care offered. The rehabilitation service is the place where they find the courage to follow the life safely to laugh and cry, talk, listen and be heard without reprimand. They consider it a privilege to enjoy all that service offers, including leisure activities and no financial expenditure. Being part of this group has meant to the participants in this study a godsend chance to glimpse a new life.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPanobianco, Marislei SanchesFranco, Anna Helena Junqueira2011-06-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-08082011-160037/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:30Zoai:teses.usp.br:tde-08082011-160037Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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