Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Querubini, Wanderleia Pinheiro
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-07052010-105959/
Resumo: O propósito desta dissertação é apresentar uma leitura de duas narrativas de Sagarana, São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga, como alegorias do fazer literário em G. Rosa. Na primeira, os elementos de feitiçaria, de reza brava e de experiências com a palavra são tomados como alegorias das concepções de linguagem e dos modos como se produzem os fazeres literários. Estas concepções e estes procedimentos passam por vários ensaios de avaliação de sua força produtora de efeitos poéticos e ficcionais, o que faz de São Marcos um laboratório da língua e de seus personagens verdadeiros artífices da palavra. Na segunda, a experiência do homem frente ao seu destino e sua luta contra a dominação e em favor da permanência de sua fama são consideradas como experiências semelhantes às do trabalho com a linguagem contra a domesticação normativa da escrita, o desgaste pelo uso excessivo ou o esquecimento pelo desuso. Assim, neste conto, a ficção encena, como seu efeito alegórico, a recaptura da condição selvagem, primitiva da linguagem. Em ambas, esta leitura tenta colher os elementos de uma poética rosiana, profundamente meditada e pensada no interior de sua própria produção literária.
id USP_43541ad745c7fec64240b5c44dcfc1c6
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-07052010-105959
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto MatragaFiction and language in São Marcos and A hora e vez de Augusto MatragaAlegoriaAlegorieConcepção de linguagemFazer literárioGuimarães RosaGuimarães RosaLanguage conceptionLiterary composingPoéticaPoeticsO propósito desta dissertação é apresentar uma leitura de duas narrativas de Sagarana, São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga, como alegorias do fazer literário em G. Rosa. Na primeira, os elementos de feitiçaria, de reza brava e de experiências com a palavra são tomados como alegorias das concepções de linguagem e dos modos como se produzem os fazeres literários. Estas concepções e estes procedimentos passam por vários ensaios de avaliação de sua força produtora de efeitos poéticos e ficcionais, o que faz de São Marcos um laboratório da língua e de seus personagens verdadeiros artífices da palavra. Na segunda, a experiência do homem frente ao seu destino e sua luta contra a dominação e em favor da permanência de sua fama são consideradas como experiências semelhantes às do trabalho com a linguagem contra a domesticação normativa da escrita, o desgaste pelo uso excessivo ou o esquecimento pelo desuso. Assim, neste conto, a ficção encena, como seu efeito alegórico, a recaptura da condição selvagem, primitiva da linguagem. Em ambas, esta leitura tenta colher os elementos de uma poética rosiana, profundamente meditada e pensada no interior de sua própria produção literária.This dissertation aims at presenting a reading of the Sagaranas two narratives, São Marcos and A hora e vez de Augusto Matraga, as literary composing alegories in G. Rosa. In the first narrative, the elements of sorcery, praying and experience with the word are taking as alegories of the language conceptions and the manners by wich the literary composings are created. These conceptions and proceedings are essayed to evaluate their producing force of poetics and fictional effects, in such a way that São Marcos turns a language laboratory and theirs characters true word artisans. In the further, The mans experience in front of his destiny and his fight both against the domination and for the permanency of his fame are taking as experiences like that of the labor with a language against writing normative domestication, the waste of excessive usage and the oblivion of the disuse. Therefore, in this story, the fiction shows, like alegoric effect, the recapture of the wild, primitive language condition. In both, this reading attempts to collect the elements of a Rosas poetic, deeply meditated and wellconsidered inside of their owns literary production.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCunha, Cilaine AlvesQuerubini, Wanderleia Pinheiro2010-03-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-07052010-105959/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:05Zoai:teses.usp.br:tde-07052010-105959Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga
Fiction and language in São Marcos and A hora e vez de Augusto Matraga
title Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga
spellingShingle Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga
Querubini, Wanderleia Pinheiro
Alegoria
Alegorie
Concepção de linguagem
Fazer literário
Guimarães Rosa
Guimarães Rosa
Language conception
Literary composing
Poética
Poetics
title_short Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga
title_full Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga
title_fullStr Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga
title_full_unstemmed Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga
title_sort Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga
author Querubini, Wanderleia Pinheiro
author_facet Querubini, Wanderleia Pinheiro
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Cunha, Cilaine Alves
dc.contributor.author.fl_str_mv Querubini, Wanderleia Pinheiro
dc.subject.por.fl_str_mv Alegoria
Alegorie
Concepção de linguagem
Fazer literário
Guimarães Rosa
Guimarães Rosa
Language conception
Literary composing
Poética
Poetics
topic Alegoria
Alegorie
Concepção de linguagem
Fazer literário
Guimarães Rosa
Guimarães Rosa
Language conception
Literary composing
Poética
Poetics
description O propósito desta dissertação é apresentar uma leitura de duas narrativas de Sagarana, São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga, como alegorias do fazer literário em G. Rosa. Na primeira, os elementos de feitiçaria, de reza brava e de experiências com a palavra são tomados como alegorias das concepções de linguagem e dos modos como se produzem os fazeres literários. Estas concepções e estes procedimentos passam por vários ensaios de avaliação de sua força produtora de efeitos poéticos e ficcionais, o que faz de São Marcos um laboratório da língua e de seus personagens verdadeiros artífices da palavra. Na segunda, a experiência do homem frente ao seu destino e sua luta contra a dominação e em favor da permanência de sua fama são consideradas como experiências semelhantes às do trabalho com a linguagem contra a domesticação normativa da escrita, o desgaste pelo uso excessivo ou o esquecimento pelo desuso. Assim, neste conto, a ficção encena, como seu efeito alegórico, a recaptura da condição selvagem, primitiva da linguagem. Em ambas, esta leitura tenta colher os elementos de uma poética rosiana, profundamente meditada e pensada no interior de sua própria produção literária.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-03-10
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-07052010-105959/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-07052010-105959/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090477345996800