O negacionismo histórico sobre o Regime Militar nas redes sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zani, Gabriel Silva Ramos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-31012024-165222/
Resumo: Nos últimos anos, particularmente, a partir da fase de instabilidade pelo qual o governo de Dilma Rousseff passou (que culminou em um golpe parlamentar, apoiado por setores civis), determinados grupos – de forma isolada – passaram a pedir a intervenção dos militares no governo brasileiro, a fim de que \"solucionassem\" os problemas vigentes. Articulado a isso, soma-se o fato do ex-Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, quando ainda era um Deputado Federal, ter aproveitado o espaço na Câmara dos Deputados para convidar todos os ouvintes a lerem o livro escrito pelo agente da repressão e torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra (A Verdade Sufocada), uma das principais obras negacionistas sobre o Regime Militar e que teve um elevado número de vendas após a indicação de Bolsonaro. A partir desse momento, diversas páginas do Facebook, canais do YouTube, entre outras redes sociais passaram a ser dominadas por grupos negacionistas, que possuíam um objetivo em comum: mostrar o \"outro lado da História\". Com a capilaridade da internet e a elevada interconexão das redes sociais, esses grupos obtiveram uma voz maior, assim como ganharam mais adeptos, iniciando uma \"campanha negacionista\" direcionada, especialmente, ao período de vigência do Regime Militar no Brasil. Levando em conta o crescimento dessas comunidades virtuais, torna-se relevante o estudo sobre quais bases intelectuais fundamentam as suas visões e reforçam a arbitrariedade presente em seus discursos, assim como os riscos que o negacionismo histórico traz para a democracia brasileira.
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