Xisto: Um estudo de viabilidade econômica para o Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Marilin Mariano dos
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/86/86131/tde-13062011-115719/
Resumo: Desde o início de 1980, quando o governo brasileiro decidiu reduzir os investimentos para a industrialização de óleo de xisto, os recursos existentes de xisto não tem feito parte da agenda da política energética nacional e pouca atenção tem sido dirigida à indústrialização do xisto no Brasil. Contudo, as discussões atuais sobre o pico de produção de petróleo no mundo e o aumento da demanda tem despertado a atenção dos gestores de recursos energéticos de vários países para os recursos de hidrocarbonetos nãoconvencionais, como os de óleo de xisto, ainda pouco explorado no mundo. Assim sendo, este estudo teve por objetivo geral a avaliação da viabilidade econômica do desenvolvimento dos recursos de óleo de xisto do sul do Brasil. Este estudo descreve os recursos de xisto no mundo e no Brasil, os custos operacionais, os custos de investimento e a tecnologia brasileira para retortagem de superfície para xisto. Para a avaliação da viabilidade econômica foram extrapoladas as estimativas dos custos de um projeto para explotação de xisto com capacidade de produção de 50.000 bbl por dia, do ano de 1980 para o ano de 2009, corrigindo-os apenas com a taxa de inflação em seguida foram feitas simulações de Monte Carlo para determinar o valor presente líquido (VPL), taxa de retorno (TIR) e período de retorno para vários cenários. Os resultados, considerando as condições de contorno descritas na metodologia, mostram como resultado mais importante, que os projetos de xisto apresentam viabilidade econômica e riscos aceitáveis quando o preço do barril do petróleo é maior que US$ 60,00 e pneus inservíveis são pirolisados juntamente com o xisto. Outros cenários podem ser viáveis, porém os riscos envolvidos foram considerados elevados. Contudo, quando analisados os resultados obtidos com as perspectivas do pré sal, o resultado desta análise nos induz a concluir que, para o Brasil, o xisto não se coloca como a melhor alternativa energética e, portanto, não deve ser criada a industria do xisto no Brasil.
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