Doença de Charcot-Marie-Tooth ligado ao X em crianças: série de casos tipo 1 de pacientes do HC-FMRP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Mariana Neiva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17160/tde-24042018-172820/
Resumo: Entre as neuropatias periféricas hereditárias, a Doença de Charcot Marie Tooth (CMT) é a mais prevalente, sendo o Charcot Marie Tooth Lidado ao X tipo 1 (CMTX1) o segundo subtipo mais comum, causado por mutações no gene GJB1 e de herança ligada ao X. A sintomatologia de fraqueza, atrofia e alteração de sensibilidade progressiva, de padrão simétrico e distal é característica da CMT e, no CMTX1, o acometimento do sistema nervoso central pode estar associado ao quadro típico. Com relação à eletroneurofisiologia, há redução dos parâmetros de velocidade de condução nervosa, com prolongamento da latência de onda F. Não há terapias modificadoras do curso da doença, sendo importante acompanhamento multidiciplinar a fim de assistir as possíveis deformidades, dando mais conforto e otimização das atividades de vida diária dos pacientes. O objetivo do presente estudo é relatar casos diagnosticados como CMTX1 atendidos pelo ambulatório de Neurogenética do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e comparar aos dados da literatura pertinente. Os critérios de inclusão foram idade no atendimento abaixo de 17 anos e 11 meses e confirmação do CMTX1 por exame genético molecular, com mutação em GJB1. Assim, foram encontradas quatro crianças, três do sexo feminino e uma do masculino, com idade variando de 3 a 17 anos, sendo que em dois deles foi observado atraso na marcha independente. Os sinais clínicos e eletroneuromiográficos observados foram concordantes com a literatura, exceto por não apresentarem sinais de acometimento do sistema norvoso central (SNC) associados. A presença de atraso na marcha e surgimento de casos precoces suscita a necessidade de protocolo adequado para crianças no primeiro e segundo anos de vida; 1. Anotar época de aparecimento e duração do movimento de levantar-se e postura ereta ou não do tronco ao se manter sentado. 2. Tipo do engatinhar. 3. Idade em meses no início de sentar e andar com e sem apoio. 4. Análise da funcionalidade manual, motricidade fina com auxílio de testes da especialidade em terapia ocupacional, desde os primeiros meses. 5. Tipo de marcha e época de início da marcha. 6. Reflexos fásicos - evolução - com atenção especial aos aquilianos, que são os mais precocemente acometidos. 7. Verificação de clônus de tornozelo, no sentido de detecção de sinais de espasticidade. Para crianças maiores de 3 anos de idade: 1. Início do uso de chinelo (capacidade de reter o chinelo nos pés - desenvolvimento da propriocepção). 2. Verificação do equilíbrio estático e dinâmico de acordo com Lefèvre (1972), nas faixas etárias de 3 a 7 anos.
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Com relação à eletroneurofisiologia, há redução dos parâmetros de velocidade de condução nervosa, com prolongamento da latência de onda F. Não há terapias modificadoras do curso da doença, sendo importante acompanhamento multidiciplinar a fim de assistir as possíveis deformidades, dando mais conforto e otimização das atividades de vida diária dos pacientes. O objetivo do presente estudo é relatar casos diagnosticados como CMTX1 atendidos pelo ambulatório de Neurogenética do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e comparar aos dados da literatura pertinente. Os critérios de inclusão foram idade no atendimento abaixo de 17 anos e 11 meses e confirmação do CMTX1 por exame genético molecular, com mutação em GJB1. Assim, foram encontradas quatro crianças, três do sexo feminino e uma do masculino, com idade variando de 3 a 17 anos, sendo que em dois deles foi observado atraso na marcha independente. Os sinais clínicos e eletroneuromiográficos observados foram concordantes com a literatura, exceto por não apresentarem sinais de acometimento do sistema norvoso central (SNC) associados. A presença de atraso na marcha e surgimento de casos precoces suscita a necessidade de protocolo adequado para crianças no primeiro e segundo anos de vida; 1. Anotar época de aparecimento e duração do movimento de levantar-se e postura ereta ou não do tronco ao se manter sentado. 2. Tipo do engatinhar. 3. Idade em meses no início de sentar e andar com e sem apoio. 4. Análise da funcionalidade manual, motricidade fina com auxílio de testes da especialidade em terapia ocupacional, desde os primeiros meses. 5. Tipo de marcha e época de início da marcha. 6. Reflexos fásicos - evolução - com atenção especial aos aquilianos, que são os mais precocemente acometidos. 7. Verificação de clônus de tornozelo, no sentido de detecção de sinais de espasticidade. Para crianças maiores de 3 anos de idade: 1. Início do uso de chinelo (capacidade de reter o chinelo nos pés - desenvolvimento da propriocepção). 2. Verificação do equilíbrio estático e dinâmico de acordo com Lefèvre (1972), nas faixas etárias de 3 a 7 anos.Among the hereditary peripheral neuropathies, Charcot-Marie-Tooth disease (CMT) is the most prevalent, being the second most common the subtype CMTX1, caused by mutations in the GJB1 gene and producing a X-linked inheritance. The symptoms of symmetrical and distal weakness, atrophy and progressive sensory changes, are characteristics of the CMT and in the CMTX1 central nervous system involvement is often associated with the typical picture. With respect to eletroneurophysiology, there is reduction of nerve conduction velocity parameters, with extension of F wave latency. There is no modifier therapies of the course of the disease, being important, multidisciplinary monitoring to assist the possible deformities, giving more comfort and optimization of daily life activities of patients. The main objective of this study is to report cases diagnosed as CMTX1 by Neurogenetics Clinic of the Hospital of Clinics of the School of Medicine at Ribeirão Preto, São Paulo University (HCFMRPUSP) and to compare the data from the relevant literature. Inclusion criteria were age in attendance below 17 years and 11 months and CMTX1 confirmation by genetic testing, mutation GJB1. Four children were included, three female and a male, with age ranging from 3 to 17 years. Two of them presented late onset of independent walking. Clinical and eletroneuromiographics finds resulted similar to that observed in the literature, except for the absence of clinical signs of CNS involvement. The presence of delay for independent walking raises the need for proper protocol for children in the first and second years of life: 1. Time of onset (age) and duration of motion to lift from a horizontal position and upright posture of trunk to keep sitting. 2. Type of crawl. 3. Age in months earlier to sit and walk with and without support. 4. Analysis of manual functionality, fine motricity with specialty tests in occupational therapy, since the first few months age. 5. Type of gear when he or she begins to walk with support, and then, without support, the use of the heels. 6. Stretch Reflex - evolution - with special attention to the aquileus, that are the most affected early. 7. Ankle clonus checking, aimed to detecting signs of spasticity. For children after 3 years of age: 1. Initiation of the use of slippers (ability to retain the slippers on the feet - proprioception development). 2. Verification of static and dynamic balance according to Lefèvre (1972), in the age groups from 3 to 7 years.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFunayama, Carolina Araujo RodriguesCruz, Mariana Neiva2017-05-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17160/tde-24042018-172820/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-24042018-172820Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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