Contribuição ao estudo da doença exocorte dos citros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1961 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144403/ |
Resumo: | 1 - Os sintomas da exocorte nas plantas sobre limoeiro cravo e trifoliata são semelhantes. A relação entre os diâmetros do tronco do porta-enxêrto de limoeiro cravo e do tronco do enxerto é maior nas plantas doentes. 2 - Sintomas de exocorte, caracterizados por áreas amareladas, rachaduras, escamação e exsudação de goma nos ramos e redução no vigor, foram produzidos em pés francos de limoeiro cravo e trifoliata infectados pelo vírus dessa doença. Bôlsas de goma foram observadas na casca dos ramos de trifoliata, mas não no limoeiro cravo. O tempo mínimo necessário para o aparecimento dêsses sintomas foi de 5 meses nos pés francos de limoeiro cravo e 3 anos nos de trifoliata. 3 - O período de incubação mínimo para o aparecimento dos sintomas de exocorte em laranjeiras sôbre o limoeiro cravo é de 3 anos em plantas deixadas em viveiro e de 4 anos para as transplantadas. Tais sintomas em geral aparecem entre 4 e 7 anos em laranjeiras transplantadas. O período de incubação para o aparecimento dos sintomas de exocorte é de 4 anos para plantas sôbre o trifoliata e de 8 anos para aquelas sôbre o citrange Troyer. 4 - Aparentemente, não há influência do vírus da exocorte, favorável ou desfavorável ao pagamento de gemas na enxertia. 5 - Novas evidências demonstraram a identidade do agente causal da exocorte no trifoliata e no limoeiro cravo. O trifoliata e o limoeiro cravo, embora pertencendo a gêneros distintos da Família Rutaceae, possuem tecidos notadamente sensíveis ao vítrus da exocorte. 6 - Deve ocorrer uma interação entre os vírus responsáveis pela tristeza e pela exocorte. Os sintomas de exocorte aparecem mais rapidamente e com maior gravidade nas plantas infectadas com êsses dois vírus. 7. A presença dos vírus da sorose e xiloporose parece não afetar a manifestação dos sintomas de exocorte nas plantas sôbre o limoeiro cravos. Na plantas portadoras dos vírus da xiloporose e exocorte, o porta-enxêrto de limoeiro cravo mostra os sintomas dessas duas doenças. 8 - O vírus da exocorte parece não ser responsável pelo desenvolvimento da decorticose nos limoeiro. 9 - O teste rápido de exocorte, utilizando o limoeiro cravo como indicador, não é afetado pela presença dos vírus da sorose, xiloporose e tristeza. Sómente o vírus da exocorte produz nos ramos do limoeiro cravo sintomas de amarelecimento, rachaduras, escamação e exsudação de goma. 10 - O teste rápido de exocorte, utilizando o limoeiro cravo como indicador, é aparentemente 100% eficiente, sendo sensível às estirpes fortes e fracas do vírus responsável por essa doença. O diagnóstico apresentado nesse teste não é alterado após uma inspeção realizada um ano após a enxertia. 11 - O vírus da exocorte está presente nas plantas de 38,7% das variedades da coleção cítrica da Estação Experimental de Limeira. A maioria das variedades importadas da Espanha e cêrca da metade daquelas de Riverside (Califórnia - E.U.A.) estão infectadas por êsse vírus. 12 - Além do limoeiro cravo e do trifoliata, outras variedades, quando empregadas como enxêrto, mostram sintomas de exocorte, se infectadas. O tempo necessário para o aparecimento dos sintomas é diferente nelas, variando de 110 a 400 dias. Parece haver uma gradação na sensibilidade dos tecidos dessas variedades ao vírus da exocorte, pela variação na intensidade dos sintomas exibidos.13 - A limeira da Pérsia mostrou ter tecidos menos sensíveis ao vírus da exocorte do que as demais limeiras.14 - São aparentemente tolerantes ao vírus da exocorte, quando utilizados como porta-enxêrto, as laranjeiras azeda, caipira, lima e pêra, as tangerineiras Cleópatra e cravo, o tangeleiro Sampson e os limoeiros rugosos da Flórida e nacional. 15 - Entre os porta-enxêrtos testados para exocorte no Estado de São Paulo, mostram sintomas dessa doença: o limoeiro cravo, o trifoliata, o citrangeTroyer e a limeira da Pérsia. 16 - A utilização de gemas de matrizes infectadas parece ser a única maneira pela qual o vírus da exocorte é transmitido de uma planta e outra. Aparentemente, não existe nas plantações cítricas do Estado de São Paulo um agente vector do vírus dessa doença, não ocorrendo igualmente transmissão por suco (extrato vegetal). 17 - Evidências demonstraram a transmissão do vírus da exocorte pela semente de laranjeira Baianinha em porcentagens relativamente elevadas (8 e 25%). Parece, porém, que apenas uma estirpe fraca desse vírus passa pela semente.18 - O vírus da exocorte é aparentemente um vírus de floema, sistêmico, podendo ser encontrado nas raízes, troncos e ramos. Parece, porém, que êsse vírus não está presente nas fôlhas da laranjeira infectada. 19 - O tempo mínimo necessário, após a enxertia, para a passagem do vírus da exocorte da gema infectada ao porta-enxêrto, varia de 5 a 13 dias. 20 - O vírus da exocorte locomove-se cerca de 3 cm por dia, em sentido descendente no tronco de uma laranjeira jovem, e a sua movimentação das raízes para a copa, se é que ocorre, é muito lenta. 21 - Dada a variação na intensidade dos sintomas de exocorte em plantas enxertadas e em seedlings de limoeiro cravo, o vírus dessa doença deve existir em uma multiplicidade de estirpes, fortes e fracas ou atenuadas. 22 Comprovou-se a ocorrência de várias estirpes (fortes e fracas) do vírus da exocorte em uma mesma planta. 23 - Parece ser possível a obtenção de gemas sadias de plantas infectadas pelo vírus da exocorte, através de grande número de propagações. 24 - Não foram constatadas diferenças no crescimento de mudas de laranjeira Baianinha em porta-enxertos de laranjeira caipira e limoeiro cravo, formadas com gemas sadias e infectadas pelo vírus da exocorte, até 18 meses após a enxertia. 25 - Em laranjeiras sôbre o limoeiro cravo infectadas pelo vírus da exocorte, com 8 ou mais anos, constataram-se reduções no crescimento, variáveis de 36,7 a 43,4%, e na produtividade, ao redor de 70%. |
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Tais sintomas em geral aparecem entre 4 e 7 anos em laranjeiras transplantadas. O período de incubação para o aparecimento dos sintomas de exocorte é de 4 anos para plantas sôbre o trifoliata e de 8 anos para aquelas sôbre o citrange Troyer. 4 - Aparentemente, não há influência do vírus da exocorte, favorável ou desfavorável ao pagamento de gemas na enxertia. 5 - Novas evidências demonstraram a identidade do agente causal da exocorte no trifoliata e no limoeiro cravo. O trifoliata e o limoeiro cravo, embora pertencendo a gêneros distintos da Família Rutaceae, possuem tecidos notadamente sensíveis ao vítrus da exocorte. 6 - Deve ocorrer uma interação entre os vírus responsáveis pela tristeza e pela exocorte. Os sintomas de exocorte aparecem mais rapidamente e com maior gravidade nas plantas infectadas com êsses dois vírus. 7. A presença dos vírus da sorose e xiloporose parece não afetar a manifestação dos sintomas de exocorte nas plantas sôbre o limoeiro cravos. Na plantas portadoras dos vírus da xiloporose e exocorte, o porta-enxêrto de limoeiro cravo mostra os sintomas dessas duas doenças. 8 - O vírus da exocorte parece não ser responsável pelo desenvolvimento da decorticose nos limoeiro. 9 - O teste rápido de exocorte, utilizando o limoeiro cravo como indicador, não é afetado pela presença dos vírus da sorose, xiloporose e tristeza. Sómente o vírus da exocorte produz nos ramos do limoeiro cravo sintomas de amarelecimento, rachaduras, escamação e exsudação de goma. 10 - O teste rápido de exocorte, utilizando o limoeiro cravo como indicador, é aparentemente 100% eficiente, sendo sensível às estirpes fortes e fracas do vírus responsável por essa doença. O diagnóstico apresentado nesse teste não é alterado após uma inspeção realizada um ano após a enxertia. 11 - O vírus da exocorte está presente nas plantas de 38,7% das variedades da coleção cítrica da Estação Experimental de Limeira. A maioria das variedades importadas da Espanha e cêrca da metade daquelas de Riverside (Califórnia - E.U.A.) estão infectadas por êsse vírus. 12 - Além do limoeiro cravo e do trifoliata, outras variedades, quando empregadas como enxêrto, mostram sintomas de exocorte, se infectadas. O tempo necessário para o aparecimento dos sintomas é diferente nelas, variando de 110 a 400 dias. Parece haver uma gradação na sensibilidade dos tecidos dessas variedades ao vírus da exocorte, pela variação na intensidade dos sintomas exibidos.13 - A limeira da Pérsia mostrou ter tecidos menos sensíveis ao vírus da exocorte do que as demais limeiras.14 - São aparentemente tolerantes ao vírus da exocorte, quando utilizados como porta-enxêrto, as laranjeiras azeda, caipira, lima e pêra, as tangerineiras Cleópatra e cravo, o tangeleiro Sampson e os limoeiros rugosos da Flórida e nacional. 15 - Entre os porta-enxêrtos testados para exocorte no Estado de São Paulo, mostram sintomas dessa doença: o limoeiro cravo, o trifoliata, o citrangeTroyer e a limeira da Pérsia. 16 - A utilização de gemas de matrizes infectadas parece ser a única maneira pela qual o vírus da exocorte é transmitido de uma planta e outra. Aparentemente, não existe nas plantações cítricas do Estado de São Paulo um agente vector do vírus dessa doença, não ocorrendo igualmente transmissão por suco (extrato vegetal). 17 - Evidências demonstraram a transmissão do vírus da exocorte pela semente de laranjeira Baianinha em porcentagens relativamente elevadas (8 e 25%). Parece, porém, que apenas uma estirpe fraca desse vírus passa pela semente.18 - O vírus da exocorte é aparentemente um vírus de floema, sistêmico, podendo ser encontrado nas raízes, troncos e ramos. Parece, porém, que êsse vírus não está presente nas fôlhas da laranjeira infectada. 19 - O tempo mínimo necessário, após a enxertia, para a passagem do vírus da exocorte da gema infectada ao porta-enxêrto, varia de 5 a 13 dias. 20 - O vírus da exocorte locomove-se cerca de 3 cm por dia, em sentido descendente no tronco de uma laranjeira jovem, e a sua movimentação das raízes para a copa, se é que ocorre, é muito lenta. 21 - Dada a variação na intensidade dos sintomas de exocorte em plantas enxertadas e em seedlings de limoeiro cravo, o vírus dessa doença deve existir em uma multiplicidade de estirpes, fortes e fracas ou atenuadas. 22 Comprovou-se a ocorrência de várias estirpes (fortes e fracas) do vírus da exocorte em uma mesma planta. 23 - Parece ser possível a obtenção de gemas sadias de plantas infectadas pelo vírus da exocorte, através de grande número de propagações. 24 - Não foram constatadas diferenças no crescimento de mudas de laranjeira Baianinha em porta-enxertos de laranjeira caipira e limoeiro cravo, formadas com gemas sadias e infectadas pelo vírus da exocorte, até 18 meses após a enxertia. 25 - Em laranjeiras sôbre o limoeiro cravo infectadas pelo vírus da exocorte, com 8 ou mais anos, constataram-se reduções no crescimento, variáveis de 36,7 a 43,4%, e na produtividade, ao redor de 70%.1 - The exocortis symptoms in trees budded on Rangpur lime and trifoliate orange are very similar, however the ratio between the trunk diameters of the Rangpur lime rootstook and the scion is bigger in diseased trees. 2 - These symptoms, characterized by yellow spots, splitting, shelling and gum exudation in the bark of the branches and by stunting of the trees were produced in Rangpur lime and trifoliate orange seedlings infected by the virus, of this disease. Gum pookets were observed in the bark of the branches of the trifoliate orange seedlings but not in those of the Rangpur lime ones. The minimtim time required for the development of these symptoms was 5 months for the Rangpur lime and 3 years for the trifoliate orange. 3 - The minimum incubation period for the development of exocortis symptoms in orange trees on Rangpur lime rootstook is 3 years for nursery trees and 4 years if they are transplanted. Those symptoms generally appear within 4 to 7 years in transplanted trees. The incubation period for the development of the exocortis symptoms is 4 years for transplanted trees on trifoliate orange rootstock and 8 years for those on Troyer citrange rootstook. 4 - Apparently there is no influence either favorable or unfavorable of the exocortis virus, in the bud take. 5 - New evidences have confirmed the identity of the causal agent of the Rangpur lime disease and the exocortis of trifoliate orange. The trifoliate orange and the Rangpur lime, in spite of belonging to different genera of the Rutaceae family, have tissues susceptible to the exocortis virus. 6 - It seems that an interaction must occur between the tristeza and exocortis viruses. The exocortis symptoms develop sooner and with greater intensity in trees infected with both of these viruses. 7 - The occurrence of the viruses of psorosis and xyloporosis does not seem to affect the expression of the exocortis symptoms in trees on Rangpur lime rootstock. The Rangpur lime rootstock of the tree infected with the viruses of xyloporosis and exocortis shows symptoms of both diseases. 8 - The exocortis virus seems not to be responsible for the development ot the shell bark of lemon trees. 9. The quick field test for exocortis by using the Rangpur lime as an indicator is not affected by the presence of psorosis, xyloporosis and tristeza viruses. The exocortis virus, is the only one that produces yellowing, splitting, shelling and gum exudation in the bark of the branches of Rangpur lime. 10 - This test seems to be 100% efficient, and indicates also the presence of strong and mild strains of the exocortis virus. The results obtained by this test in readings done up to one year after budding are not changed in further readings. 11 - The trees of 38,7% of the varieties of the citrus collection at the Limeira Experiment Station are carrying the exocortis virus. The most part of the varieties imported from Spain and about half of those from Riverside (California - U.S.A.) are infected by this virus. 12 - Varieties other than Rangpur lime and trifoliate orange, when used as scion, show exocortis symptoms, if infected. The time required for the development of the symptoms is variable for the different varieties, ranging from 110 to 400 days. It seems to be a gradient in the sensibility of the tissues of these varieties to the exocortis virus, as suggested by the variation in the intensity of the symptoms. The citrons (Citron of Commerce, Comprida, Doce and Redonda) and the Harvey lemon showed the following symptoms: yellowing and splitting of the bark, twisting of the branches, death of the peduncle, e and drying of the leaves that stay hanged, dead areas in the place of the insertion of the peduncle, gum exudation and death of the twigs. The Rangpur lime and other mandarin-limes, the sweet limes, (Americana, Columbia, Dourada, da Persia, Tehern and Vermelha de Goias), the lemons (Acido Camargo, Kulu, Marrocos and Perrine) the Tahiti lime and Citrus sp. (EEL - 135) showed symptoms of yellowing, splitting, shelling and gum exudation in the bark of the branches. The trifoliate and the tetraploid trifoliate orange showed symptoms of yellowing, rarely splitting or shelling and sometimes gum pockets in the bark of the branches. Citrus celebica, C. karna, C. pectinifera, Citrus sp (EEL-307) , the Troyer citrange, the sweet limes Francana and de Umbigo and the Sweet lemon showed symptoms of yellowing in the bark of the branches and rarely splitting. The Shatenyan shaddock and the Cuba lemon showed small splitting and yellow areas in the bark at the bifurcation of the branches. 13 - The lima da Persia (sweet lime used as rootstook in Brazil) showed to have tissues less sensitive to the exocortis virus than the other sweet limes. 14 - The sour orange, the sweet oranges caipira, lima and pera, the tangerinas Cleopatra and cravo, the Sampson tangelo and the Florida and Brasilian rough lemons rootstocks are apparently tolerant to the exocortis virus. 15 Among the varieties tested as rootstocks in the State of São Paulo, the Rangpur lime, trifoliate orange, Troyer citrange and Lima da Persia (sweet lime) were found showing exocortis symptoms. 16 - The use of buds from infected sources seems to be the only way by which the exocortis virus is transmitted from tree to tree. Apparently one vector of the exocortis virus, does not exist in the citrus orchards of the State of São Paulo. It has been noticed also no juice transmission of this virus. 17 - Evidences proved transmission of the exocortis virus through the seeds of Baianinha orange in percentage fairly high (8 and 25%). It seems, however, that only mild strains of this virus are seed transmited. 18 - The exocortis virus is apparently one floema virus, sistemic, that can be found in the roots, trunk and branches. It seems however that this virus is not present in the leaves of diseased trees. 19 - The minimun time after budding necessary for the transmission of the exocortis virus from the infected bud to the rootstook ranges from 5 to 13 days. 20 - The exocortis virus moves about 3 cm daily, in the way down in the trunk of a young orange tree, but its movement from the roots to the scion, if it ever occurs, must be very slow. 21 - According to the variation in the intensity of exocortis symptoms in budded trees and Rangpur lime seedlings, the virus of this disease should occur in a multiplicity of strains, strong and mild. 22 - Several strains (strong and mild) of the exocortis virus were observed to oocur in the same tree. 23 - It seems possible to obtain healthy buds from exocortis infected trees by a great number of propagations (budding). 24 - No differences were found in the ratio of the growth of Baianinha sweet orange nursery trees on Caipira sweet orange and Rangpur lime rootstocks, grown from healthy and exocortis infected buds, up to 18 months from budding. 25 - There were found reductions in the growth (36,7 to 43,4%) and in productivity (about 70%) of sweet orange trees on Rangpur lime rootstook 8 years old or more, infected by the exocortis virus.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMoreira, SylvioSalibe, Ary Apparecido1961-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144403/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-04-17T14:12:14Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-144403Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-04-17T14:12:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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1 - Os sintomas da exocorte nas plantas sobre limoeiro cravo e trifoliata são semelhantes. A relação entre os diâmetros do tronco do porta-enxêrto de limoeiro cravo e do tronco do enxerto é maior nas plantas doentes. 2 - Sintomas de exocorte, caracterizados por áreas amareladas, rachaduras, escamação e exsudação de goma nos ramos e redução no vigor, foram produzidos em pés francos de limoeiro cravo e trifoliata infectados pelo vírus dessa doença. Bôlsas de goma foram observadas na casca dos ramos de trifoliata, mas não no limoeiro cravo. O tempo mínimo necessário para o aparecimento dêsses sintomas foi de 5 meses nos pés francos de limoeiro cravo e 3 anos nos de trifoliata. 3 - O período de incubação mínimo para o aparecimento dos sintomas de exocorte em laranjeiras sôbre o limoeiro cravo é de 3 anos em plantas deixadas em viveiro e de 4 anos para as transplantadas. Tais sintomas em geral aparecem entre 4 e 7 anos em laranjeiras transplantadas. O período de incubação para o aparecimento dos sintomas de exocorte é de 4 anos para plantas sôbre o trifoliata e de 8 anos para aquelas sôbre o citrange Troyer. 4 - Aparentemente, não há influência do vírus da exocorte, favorável ou desfavorável ao pagamento de gemas na enxertia. 5 - Novas evidências demonstraram a identidade do agente causal da exocorte no trifoliata e no limoeiro cravo. O trifoliata e o limoeiro cravo, embora pertencendo a gêneros distintos da Família Rutaceae, possuem tecidos notadamente sensíveis ao vítrus da exocorte. 6 - Deve ocorrer uma interação entre os vírus responsáveis pela tristeza e pela exocorte. Os sintomas de exocorte aparecem mais rapidamente e com maior gravidade nas plantas infectadas com êsses dois vírus. 7. A presença dos vírus da sorose e xiloporose parece não afetar a manifestação dos sintomas de exocorte nas plantas sôbre o limoeiro cravos. Na plantas portadoras dos vírus da xiloporose e exocorte, o porta-enxêrto de limoeiro cravo mostra os sintomas dessas duas doenças. 8 - O vírus da exocorte parece não ser responsável pelo desenvolvimento da decorticose nos limoeiro. 9 - O teste rápido de exocorte, utilizando o limoeiro cravo como indicador, não é afetado pela presença dos vírus da sorose, xiloporose e tristeza. Sómente o vírus da exocorte produz nos ramos do limoeiro cravo sintomas de amarelecimento, rachaduras, escamação e exsudação de goma. 10 - O teste rápido de exocorte, utilizando o limoeiro cravo como indicador, é aparentemente 100% eficiente, sendo sensível às estirpes fortes e fracas do vírus responsável por essa doença. O diagnóstico apresentado nesse teste não é alterado após uma inspeção realizada um ano após a enxertia. 11 - O vírus da exocorte está presente nas plantas de 38,7% das variedades da coleção cítrica da Estação Experimental de Limeira. A maioria das variedades importadas da Espanha e cêrca da metade daquelas de Riverside (Califórnia - E.U.A.) estão infectadas por êsse vírus. 12 - Além do limoeiro cravo e do trifoliata, outras variedades, quando empregadas como enxêrto, mostram sintomas de exocorte, se infectadas. O tempo necessário para o aparecimento dos sintomas é diferente nelas, variando de 110 a 400 dias. Parece haver uma gradação na sensibilidade dos tecidos dessas variedades ao vírus da exocorte, pela variação na intensidade dos sintomas exibidos.13 - A limeira da Pérsia mostrou ter tecidos menos sensíveis ao vírus da exocorte do que as demais limeiras.14 - São aparentemente tolerantes ao vírus da exocorte, quando utilizados como porta-enxêrto, as laranjeiras azeda, caipira, lima e pêra, as tangerineiras Cleópatra e cravo, o tangeleiro Sampson e os limoeiros rugosos da Flórida e nacional. 15 - Entre os porta-enxêrtos testados para exocorte no Estado de São Paulo, mostram sintomas dessa doença: o limoeiro cravo, o trifoliata, o citrangeTroyer e a limeira da Pérsia. 16 - A utilização de gemas de matrizes infectadas parece ser a única maneira pela qual o vírus da exocorte é transmitido de uma planta e outra. Aparentemente, não existe nas plantações cítricas do Estado de São Paulo um agente vector do vírus dessa doença, não ocorrendo igualmente transmissão por suco (extrato vegetal). 17 - Evidências demonstraram a transmissão do vírus da exocorte pela semente de laranjeira Baianinha em porcentagens relativamente elevadas (8 e 25%). Parece, porém, que apenas uma estirpe fraca desse vírus passa pela semente.18 - O vírus da exocorte é aparentemente um vírus de floema, sistêmico, podendo ser encontrado nas raízes, troncos e ramos. Parece, porém, que êsse vírus não está presente nas fôlhas da laranjeira infectada. 19 - O tempo mínimo necessário, após a enxertia, para a passagem do vírus da exocorte da gema infectada ao porta-enxêrto, varia de 5 a 13 dias. 20 - O vírus da exocorte locomove-se cerca de 3 cm por dia, em sentido descendente no tronco de uma laranjeira jovem, e a sua movimentação das raízes para a copa, se é que ocorre, é muito lenta. 21 - Dada a variação na intensidade dos sintomas de exocorte em plantas enxertadas e em seedlings de limoeiro cravo, o vírus dessa doença deve existir em uma multiplicidade de estirpes, fortes e fracas ou atenuadas. 22 Comprovou-se a ocorrência de várias estirpes (fortes e fracas) do vírus da exocorte em uma mesma planta. 23 - Parece ser possível a obtenção de gemas sadias de plantas infectadas pelo vírus da exocorte, através de grande número de propagações. 24 - Não foram constatadas diferenças no crescimento de mudas de laranjeira Baianinha em porta-enxertos de laranjeira caipira e limoeiro cravo, formadas com gemas sadias e infectadas pelo vírus da exocorte, até 18 meses após a enxertia. 25 - Em laranjeiras sôbre o limoeiro cravo infectadas pelo vírus da exocorte, com 8 ou mais anos, constataram-se reduções no crescimento, variáveis de 36,7 a 43,4%, e na produtividade, ao redor de 70%. |
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