Atividades cognitivas entre idosos longevos: dados do estudo FIBRA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brandebusque, Jonatas Calebe
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-13062019-230505/
Resumo: Um dos desafios fundamentais para a pesquisa gerontológica é como manter e promover o funcionamento cognitivo preservado na velhice. O presente estudo está dividido em dois artigos. O primeiro artigo tem como objetivo verificar diferentes perfis de ganho cognitivo em idosos para a reserva cognitiva. Apresenta dados de uma scoping review sobre reserva cognitiva e os diferentes efeitos das intervenções realizadas. Foi realizado um levantamento de estudos publicados entre janeiro de 2008 até agosto de 2018, nas bases de dados PubMed, Medline, Web of Science, Science Direct, Lilacs, SciELO, PsycInfo, PsycNet e AgeLine usando as seguintes palavras-chave \"reserva cognitiva\" e {envelhecimento ou \"velhice\" ou \"pessoas velhas\" ou \"adultos idosos\"} e, os termos em inglês \"cognitive reserve\" AND {aging OR \"old age\" OR \"old people\" OR \"old adults\"}. Foram identificados 2295 estudos, 51 foram elegíveis para a scoping review. Dentro os 51 estudos selecionados, foram encontrados 9 perfis diferentes para manutenção cognitiva, sendo que 5 estudos não especificaram o perfil. Os perfis encontrados representam relevância para a teoria de reserva cognitiva e fornece esclarecimentos de como fatores individuais e de vida diária podem fazer o cérebro mais resiliente no envelhecimento e na velhice, porém, como os fatores individuais contribuem para o desenvolvimento da RC e manutenção da cognição, é uma questão ainda não explicada pela literatura. O segundo artigo dedicado à exposição do delineamento de uma pesquisa empírica, avalia a associação entre cognição e atividades avançadas de vida diária em uma amostra de idosos brasileiros residentes na comunidade, como forma de contribuir para o entendimento destes perfis para as melhoras em suas capacidades cognitivas. Tratou-se de uma análise transversal de 271 idosos, com 80 anos ou mais, participantes de uma fase de acompanhamento (2016-2017) de um estudo de base comunitária denominado FIBRA. A primeira onda de coleta de dados ocorreu entre 2008 e 2009. No estudo de acompanhamento, os domicílios dos participantes de dois locais, Campinas e Ermelino Matarazzo, foram revisitados e novos dados foram coletados daqueles que aceitaram participar dessa fase. Os participantes completaram um bloco de medidas que incluiu informações sociodemográficas, testes cognitivos Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e Mini Exame Cognitivo de Addenbrooke (M-ACE). Os participantes obtiveram um bom desempenho na avaliação global da cognição pelo MEEM, com média de 24,9 (±2,89). Observando-se a média (24,91 ± 2,89) do MEEM, nota-se que os participantes apresentam bom desempenho cognitivo, de acordo com a avaliação global da cognição. Os resultados apontam ainda que estudar 9 anos ou mais, ter mais de 50 livros na infância, participar de eventos culturais, dirigir, realizar trabalho voluntário, participar de diretorias, ler, acessar o e-mail e a internet foram significativamente associadas ao bom desempenho cognitivo. Conclui-se que o MEEM se associou com participação em eventos culturais, dirigir, realizar trabalho voluntário, participar de diretorias e ler após ajuste com variáveis gênero, faixa etária e escolaridade
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Foi realizado um levantamento de estudos publicados entre janeiro de 2008 até agosto de 2018, nas bases de dados PubMed, Medline, Web of Science, Science Direct, Lilacs, SciELO, PsycInfo, PsycNet e AgeLine usando as seguintes palavras-chave \"reserva cognitiva\" e {envelhecimento ou \"velhice\" ou \"pessoas velhas\" ou \"adultos idosos\"} e, os termos em inglês \"cognitive reserve\" AND {aging OR \"old age\" OR \"old people\" OR \"old adults\"}. Foram identificados 2295 estudos, 51 foram elegíveis para a scoping review. Dentro os 51 estudos selecionados, foram encontrados 9 perfis diferentes para manutenção cognitiva, sendo que 5 estudos não especificaram o perfil. Os perfis encontrados representam relevância para a teoria de reserva cognitiva e fornece esclarecimentos de como fatores individuais e de vida diária podem fazer o cérebro mais resiliente no envelhecimento e na velhice, porém, como os fatores individuais contribuem para o desenvolvimento da RC e manutenção da cognição, é uma questão ainda não explicada pela literatura. O segundo artigo dedicado à exposição do delineamento de uma pesquisa empírica, avalia a associação entre cognição e atividades avançadas de vida diária em uma amostra de idosos brasileiros residentes na comunidade, como forma de contribuir para o entendimento destes perfis para as melhoras em suas capacidades cognitivas. Tratou-se de uma análise transversal de 271 idosos, com 80 anos ou mais, participantes de uma fase de acompanhamento (2016-2017) de um estudo de base comunitária denominado FIBRA. A primeira onda de coleta de dados ocorreu entre 2008 e 2009. No estudo de acompanhamento, os domicílios dos participantes de dois locais, Campinas e Ermelino Matarazzo, foram revisitados e novos dados foram coletados daqueles que aceitaram participar dessa fase. Os participantes completaram um bloco de medidas que incluiu informações sociodemográficas, testes cognitivos Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e Mini Exame Cognitivo de Addenbrooke (M-ACE). Os participantes obtiveram um bom desempenho na avaliação global da cognição pelo MEEM, com média de 24,9 (±2,89). Observando-se a média (24,91 ± 2,89) do MEEM, nota-se que os participantes apresentam bom desempenho cognitivo, de acordo com a avaliação global da cognição. Os resultados apontam ainda que estudar 9 anos ou mais, ter mais de 50 livros na infância, participar de eventos culturais, dirigir, realizar trabalho voluntário, participar de diretorias, ler, acessar o e-mail e a internet foram significativamente associadas ao bom desempenho cognitivo. Conclui-se que o MEEM se associou com participação em eventos culturais, dirigir, realizar trabalho voluntário, participar de diretorias e ler após ajuste com variáveis gênero, faixa etária e escolaridadeOne of the challenges for gerontological research front of cognitive reserve is how to maintain and promote cognitive functioning preserved in old age. Currently, studies on cognition, aging and old age have progressed significantly. The first article with the objective of verifying different profiles of cognitive gain in the elderly for the cognitive reserve presents data from a scoping review in order to evaluate the cognitive reserve and the different effects of the interventions performed. A study was carried out between January 2008 and August 2018 in the PubMed, Medline, Web of Science, Science Direct, Lilacs, SciELO, PsycInfo, PsycNet and AgeLine databases using the following keywords \"cognitive reserve\" and {aging or \"old age\" or \"old people\" or \"elderly adults\"} and the terms \"cognitive reserve\" AND {aging OR \"old age\" OR \"old people\" OR \"old adults\"}. We identified 2295 studies, 51 were eligible for scoping review. Within the 51 selected studies, 9 different profiles were found for cognitive maintenance, and 5 studies did not specify the profile. The profiles found represent relevance to the theory of cognitive reserve and provides insights into how individual and daily life factors can make the brain more resilient in aging and old age, but how individual factors contribute to the development of CR and maintenance of cognition, is an issue not yet explained in the literature. The second article on the design of an empirical research evaluates the association between cognition and advanced activities of daily living in a sample of Brazilian elderly people living in the community as a way to contribute to the understanding of these profiles for improvements in their cognitive abilities. This was a cross-sectional analysis of 271 elderly people, aged 80 years and over, who participated in a follow-up phase (2016-2017) of a community-based study called FIBRA. The first phase of data collection occurred between 2008 and 2009. In the follow-up study, the households of participants from two sites, Campinas and Ermelino Matarazzo, were revisited and new data were collected from those who agreed to participate in this phase. Participants completed a block of measures that included sociodemographic information, cognitive tests Mini-Mental State Examination (MMSE) and Addenbrooke\'s Mini Cognitive Examination (M-ACE). Participants performed well in the overall evaluation of cognition by the MMSE, with an average of 24.9 (± 2.89). Observing the mean (24.91 ± 2.89) of the MMSE, it is observed that the participants present good cognitive performance, according to the global assessment of cognition. The results also point out that studying 9 years or more, having more than 50 books in childhood, participating in cultural events, directing, volunteering, attending boardrooms, reading, accessing e-mail and the Internet were significantly associated with good performance cognitive. It was concluded that the MMSE was associated with participation in cultural events, direct, volunteer work, participate in boards and read after adjustment with variables gender, age group and schoolingBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCachioni, MeireBrandebusque, Jonatas Calebe2019-04-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-13062019-230505/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-07-04T17:53:10Zoai:teses.usp.br:tde-13062019-230505Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-07-04T17:53:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Um dos desafios fundamentais para a pesquisa gerontológica é como manter e promover o funcionamento cognitivo preservado na velhice. O presente estudo está dividido em dois artigos. O primeiro artigo tem como objetivo verificar diferentes perfis de ganho cognitivo em idosos para a reserva cognitiva. Apresenta dados de uma scoping review sobre reserva cognitiva e os diferentes efeitos das intervenções realizadas. Foi realizado um levantamento de estudos publicados entre janeiro de 2008 até agosto de 2018, nas bases de dados PubMed, Medline, Web of Science, Science Direct, Lilacs, SciELO, PsycInfo, PsycNet e AgeLine usando as seguintes palavras-chave \"reserva cognitiva\" e {envelhecimento ou \"velhice\" ou \"pessoas velhas\" ou \"adultos idosos\"} e, os termos em inglês \"cognitive reserve\" AND {aging OR \"old age\" OR \"old people\" OR \"old adults\"}. Foram identificados 2295 estudos, 51 foram elegíveis para a scoping review. Dentro os 51 estudos selecionados, foram encontrados 9 perfis diferentes para manutenção cognitiva, sendo que 5 estudos não especificaram o perfil. Os perfis encontrados representam relevância para a teoria de reserva cognitiva e fornece esclarecimentos de como fatores individuais e de vida diária podem fazer o cérebro mais resiliente no envelhecimento e na velhice, porém, como os fatores individuais contribuem para o desenvolvimento da RC e manutenção da cognição, é uma questão ainda não explicada pela literatura. O segundo artigo dedicado à exposição do delineamento de uma pesquisa empírica, avalia a associação entre cognição e atividades avançadas de vida diária em uma amostra de idosos brasileiros residentes na comunidade, como forma de contribuir para o entendimento destes perfis para as melhoras em suas capacidades cognitivas. Tratou-se de uma análise transversal de 271 idosos, com 80 anos ou mais, participantes de uma fase de acompanhamento (2016-2017) de um estudo de base comunitária denominado FIBRA. A primeira onda de coleta de dados ocorreu entre 2008 e 2009. No estudo de acompanhamento, os domicílios dos participantes de dois locais, Campinas e Ermelino Matarazzo, foram revisitados e novos dados foram coletados daqueles que aceitaram participar dessa fase. Os participantes completaram um bloco de medidas que incluiu informações sociodemográficas, testes cognitivos Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e Mini Exame Cognitivo de Addenbrooke (M-ACE). Os participantes obtiveram um bom desempenho na avaliação global da cognição pelo MEEM, com média de 24,9 (±2,89). Observando-se a média (24,91 ± 2,89) do MEEM, nota-se que os participantes apresentam bom desempenho cognitivo, de acordo com a avaliação global da cognição. Os resultados apontam ainda que estudar 9 anos ou mais, ter mais de 50 livros na infância, participar de eventos culturais, dirigir, realizar trabalho voluntário, participar de diretorias, ler, acessar o e-mail e a internet foram significativamente associadas ao bom desempenho cognitivo. Conclui-se que o MEEM se associou com participação em eventos culturais, dirigir, realizar trabalho voluntário, participar de diretorias e ler após ajuste com variáveis gênero, faixa etária e escolaridade
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