Investigação mutacional do gene GDAP1 em pacientes brasileiros acometidos com a doença de Charcot-Marie-Tooth axonal e desmielinizante
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-06062017-155955/ |
Resumo: | Introdução: Dentre as neuropatias hereditárias, as neuropatias hereditárias motoras e sensitivas (HMSN), também conhecidas como Doença de Charcot-MarieTooth (CMT) são as mais comuns, podendo acometer 1:2500 pessoas. Elas podem ser classificadas com base nas características clínicas, eletrofisiológicas, padrão de herança e mutação em localização gênica/mutação. Atualmente, mais de 80 genes estão relacionados à CMT, dentre eles o GDAP1 que é responsável pelas formas CMT4A, AR-CMT2, CMTRIA e CMT2K. O gene codifica a proteína GDAP1 que é expressa pelos neurônios do sistema nervoso periférico e central e também pelas células de Schwann. Mutações no GDAP1 geralmente estão relacionados com CMT de herança recessiva, mas autossômica dominante também pode ocorrer. Geralmente, as neuropatias recessivas são de diagnóstico molecular mais difíceis, são mais graves e tem rápida progressão. É necessário que haja um maior número de casos de pacientes com CMT envolvendo mutações no GDAP1, juntamente com os dados clínicos, patológicos e de eletrofisiologia detalhados, para estabelecer uma relação de confiança entre o genótipo e o fenótipo das diferentes formas da doença. O objetivo do trabalho foi investigar mutações no gene GDAP1 em uma amostra da população brasileira com quadro clínico de CMT tanto axonal quanto desmielinizantes. Métodos: Screening mutacional do gene GDAP1 por sequenciamento direto em 100 pacientes com diagnóstico clínico sugestivo de CMT4, CMT2, CMTi e CMT esporádico, onde mutações nos genes MPZ, MFN2 e GJB1 foram previamente excluídos. Resultados: Foram encontradas alterações no GDAP1 em 6 pacientes índices não relacionados, sendo que 1 deles foi homozigoto para a alteração Q163*, 1 heterozigoto composto para as alterações N64S e R125*, dois pacientes não relacionados foram heterozigotos compostos para as alterações P119T e Q163*, 1 paciente em heterozigose para a alteração P119T e 1 paciente em heterozigose para alteração K207T. Dentre essas alterações, as variantes N64S, P119T, K207T ainda não foram descritas na literatura. Conclusão: Os resultados obtidos mostraram que mutações no gene GDAP1 estão presentes em pacientes da população brasileira com fenótipo de CMT2, AR-CMT2 e CMT esporádico. A frequência de ocorrência pode ser considerada alta (3,88%). Ademais, foram encontradas na população de estudo, duas mutações conhecidamente patogênicas (Gln163Ter e Arg125Ter) e três novas variantes (Asn64Ser, Pro119Thr, Lys207Thr) que ainda não haviam sido relacionadas ao fenótipo de CMT. |
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Investigação mutacional do gene GDAP1 em pacientes brasileiros acometidos com a doença de Charcot-Marie-Tooth axonal e desmielinizanteMutational investigation of the GDAP1 gene in brazilian patients with axonal-demyelinating Charcot-Marie-Tooth diseaseCharcot-Marie-Tooth; GDAP1 (Ganglioside-induced differentiationassociated protein 1); MutaçõesCharcot-Marie-Tooth; GDAP1 (Ganglioside-induced differentiationassociated protein 1); MutationsIntrodução: Dentre as neuropatias hereditárias, as neuropatias hereditárias motoras e sensitivas (HMSN), também conhecidas como Doença de Charcot-MarieTooth (CMT) são as mais comuns, podendo acometer 1:2500 pessoas. Elas podem ser classificadas com base nas características clínicas, eletrofisiológicas, padrão de herança e mutação em localização gênica/mutação. Atualmente, mais de 80 genes estão relacionados à CMT, dentre eles o GDAP1 que é responsável pelas formas CMT4A, AR-CMT2, CMTRIA e CMT2K. O gene codifica a proteína GDAP1 que é expressa pelos neurônios do sistema nervoso periférico e central e também pelas células de Schwann. Mutações no GDAP1 geralmente estão relacionados com CMT de herança recessiva, mas autossômica dominante também pode ocorrer. Geralmente, as neuropatias recessivas são de diagnóstico molecular mais difíceis, são mais graves e tem rápida progressão. É necessário que haja um maior número de casos de pacientes com CMT envolvendo mutações no GDAP1, juntamente com os dados clínicos, patológicos e de eletrofisiologia detalhados, para estabelecer uma relação de confiança entre o genótipo e o fenótipo das diferentes formas da doença. O objetivo do trabalho foi investigar mutações no gene GDAP1 em uma amostra da população brasileira com quadro clínico de CMT tanto axonal quanto desmielinizantes. Métodos: Screening mutacional do gene GDAP1 por sequenciamento direto em 100 pacientes com diagnóstico clínico sugestivo de CMT4, CMT2, CMTi e CMT esporádico, onde mutações nos genes MPZ, MFN2 e GJB1 foram previamente excluídos. Resultados: Foram encontradas alterações no GDAP1 em 6 pacientes índices não relacionados, sendo que 1 deles foi homozigoto para a alteração Q163*, 1 heterozigoto composto para as alterações N64S e R125*, dois pacientes não relacionados foram heterozigotos compostos para as alterações P119T e Q163*, 1 paciente em heterozigose para a alteração P119T e 1 paciente em heterozigose para alteração K207T. Dentre essas alterações, as variantes N64S, P119T, K207T ainda não foram descritas na literatura. Conclusão: Os resultados obtidos mostraram que mutações no gene GDAP1 estão presentes em pacientes da população brasileira com fenótipo de CMT2, AR-CMT2 e CMT esporádico. A frequência de ocorrência pode ser considerada alta (3,88%). Ademais, foram encontradas na população de estudo, duas mutações conhecidamente patogênicas (Gln163Ter e Arg125Ter) e três novas variantes (Asn64Ser, Pro119Thr, Lys207Thr) que ainda não haviam sido relacionadas ao fenótipo de CMT.Introduction: Among the inherited neuropathies, the hereditary motor and sensory neuropathies (HMSN), also known as Charcot-Marie-Tooth disease, are the most common ones and may affect 1:2500 people. They can be classified based on their clinical features, electrophysiology, inheritance pattern and mutation on a gene location/mutation. Today, more than 80 genes have been related to the CMT disease and among them the GDAP1 gene, responsible for the CMT4A, AR-CMT2, CMTRIA and CMT2K forms. This gene codes the GDAP1 protein, which is expressed by neurons from the peripheral and central nervous system and also by Schwann cells. GDAP1 mutations are usually related to recessive inheritance, although autosomal dominant cases can also occur. Most of the times, recessive neuropathies tend to have a more difficult molecular diagnosis, besides being more severe and presenting fast progression. A larger number of patients with CMT related to GDAP1 mutations, along with detailed clinical, pathological and electrophysiological data, is necessary in order to establish a trustful relation between genotype and phenotype in the different forms of this disease. The objective of this research was to investigate mutations in the GDAP1 gene in a brazilian sample of patients with clinical picture of both axonal and demyelinating CMT. Methods: Mutational screening of the GDAP1 gene by direct sequencing of 100 patients presenting suggestive clinical diagnosis of CMT4, CMT2, CMTi and sporadic CMT, where mutations in the MPZ, MFN2 and GJB1 genes have been previously excluded. Results: Alterations in the GDAP1 were found in 6 unrelated index patients, including 1 homozygous for the Q163* alteration, 1 compound heterozygous for the N64S and R125* alterations, 2 compound heterozygous for the P119T and Q163* alterations, 1 heterozygous for the P119T alteration alone and 1 heterozygous for the K207T alteration. Among these alterations, the variants N64S, P119T, K207T haven\'t been described in the literature yet. Conclusion: The results obtained showed that mutations in GDAP1 gene are present in patients of brazilian population with phenotype of CMT2, AR-CMT2 and sporadic CMT. The occurrence frequency can be considered high (3,88%). Furthermore, were found in the studied population two mutations known as pathogenic (Gln163Ter and Arg125Ter) and three news variants (Asn64Ser, Pro119Thr, Lys207Thr), that had not been related to the CMT phenotype.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMarques Júnior, WilsonFigueiredo, Fernanda Barbosa2016-10-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-06062017-155955/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:38:18Zoai:teses.usp.br:tde-06062017-155955Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:38:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: Dentre as neuropatias hereditárias, as neuropatias hereditárias motoras e sensitivas (HMSN), também conhecidas como Doença de Charcot-MarieTooth (CMT) são as mais comuns, podendo acometer 1:2500 pessoas. Elas podem ser classificadas com base nas características clínicas, eletrofisiológicas, padrão de herança e mutação em localização gênica/mutação. Atualmente, mais de 80 genes estão relacionados à CMT, dentre eles o GDAP1 que é responsável pelas formas CMT4A, AR-CMT2, CMTRIA e CMT2K. O gene codifica a proteína GDAP1 que é expressa pelos neurônios do sistema nervoso periférico e central e também pelas células de Schwann. Mutações no GDAP1 geralmente estão relacionados com CMT de herança recessiva, mas autossômica dominante também pode ocorrer. Geralmente, as neuropatias recessivas são de diagnóstico molecular mais difíceis, são mais graves e tem rápida progressão. É necessário que haja um maior número de casos de pacientes com CMT envolvendo mutações no GDAP1, juntamente com os dados clínicos, patológicos e de eletrofisiologia detalhados, para estabelecer uma relação de confiança entre o genótipo e o fenótipo das diferentes formas da doença. O objetivo do trabalho foi investigar mutações no gene GDAP1 em uma amostra da população brasileira com quadro clínico de CMT tanto axonal quanto desmielinizantes. Métodos: Screening mutacional do gene GDAP1 por sequenciamento direto em 100 pacientes com diagnóstico clínico sugestivo de CMT4, CMT2, CMTi e CMT esporádico, onde mutações nos genes MPZ, MFN2 e GJB1 foram previamente excluídos. Resultados: Foram encontradas alterações no GDAP1 em 6 pacientes índices não relacionados, sendo que 1 deles foi homozigoto para a alteração Q163*, 1 heterozigoto composto para as alterações N64S e R125*, dois pacientes não relacionados foram heterozigotos compostos para as alterações P119T e Q163*, 1 paciente em heterozigose para a alteração P119T e 1 paciente em heterozigose para alteração K207T. Dentre essas alterações, as variantes N64S, P119T, K207T ainda não foram descritas na literatura. Conclusão: Os resultados obtidos mostraram que mutações no gene GDAP1 estão presentes em pacientes da população brasileira com fenótipo de CMT2, AR-CMT2 e CMT esporádico. A frequência de ocorrência pode ser considerada alta (3,88%). Ademais, foram encontradas na população de estudo, duas mutações conhecidamente patogênicas (Gln163Ter e Arg125Ter) e três novas variantes (Asn64Ser, Pro119Thr, Lys207Thr) que ainda não haviam sido relacionadas ao fenótipo de CMT. |
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