A fabricação da periculosidade: um relato sobre a violência das instituições

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corocine, Sidnei Celso
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-23112022-170531/
Resumo: Estuda o processo de estruturação da violência nas instituições de contenção, prisão e manicômio; através do relato biográfico de um paciente que permaneceu enclausurado por 37 anos, na Casa de Detenção de São Paulo, Hospital do Tuquery e no Manicômio Judiciário do Estado de São Paulo, a análise dos registros em seu prontuário e dos resquícios de sua estória de vida, percebemos que as instituições procuraram domesticar e sujeitar o paciente às normas internas do convívio institucional conforme demonstrado nas obras de Foucault e Goffman. A evolução histórica do conceito de loucura até o de doença mental, a sua associação ao perigoso, do asilo à internação, as práticas de sujeição e disciplinarização do encarceramento, do suplício do corpo à restrição dos direitos, o uso do conceito de periculosidade como mantenedor de relações de dominação, o estigma e deterioração da identidade são apresentados nesta dissertação contextualizados na formação histórica das instituições carcerária e manicomial em nosso país, mais especificamente no Estado de São Paulo. Discutimos a construção do estereótipo de um sujeito violento reflexo das práticas institucionais e de manutenção de valores sociais vigentes
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