Heranças e seus perigos: a ruptura da tradição no pensamento de Hannah Arendt
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-29072024-124047/ |
Resumo: | Este trabalho procura discutir o tema da ruptura da tradição ocidental no pensamento de Hannah Arendt em alguns momentos chave da obra da autora. Além de propor um recorte biográfico e um estudo cruzado entre sua leitura de certos autores da tradição filosófica alemã e momentos chave da obra destes, nosso enfoque principal está na produção de Arendt entre os anos 1940 e 1950 sobretudo nos textos que a autora escreve antes da publicação de sua primeira obra de maturidade, Origens do Totalitarismo (1951), que de certa maneira servem de preparação tanto para os diferentes exames históricos desse livro quanto para sua compreensão acerca da ruptura da tradição, e na própria obra de 1951. A partir da análise destes textos, busca-se primordialmente compreender como a ruptura da tradição levada a cabo pelo totalitarismo permite compreender que este regime não apenas esgarça certos valores da tradição ocidental que foram sendo pauperizados no decorrer da Modernidade, mas radicaliza alguns preconceitos inerentes a essa mesma tradição, preconceitos sem os quais o regime totalitário não poderia ter surgido. Essa compreensão dos preconceitos inerentes ao pensamento ocidental permite evidenciar como a constatação crítica de Arendt frente à tradição da filosofia política que teria, em suas respostas elementares, sempre se esquivado da pluralidade humana leva-a a buscar referenciais que se oponham à tradicional atitude hierárquica entre o filósofo e a coisa política um dos elementos mais interessantes de sua contribuição intelectual |
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