Elementos para uma memória discursiva do ensino de escrita: livros escolares de português (1930-2002)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-08052020-135256/ |
Resumo: | Neste trabalho, um conjunto de dezesseis livros escolares constitui o material de partida para a investigação de uma memória do ensino de escrita no Brasil, no período de 1930 a 2002. O arcabouço teórico é constituído pela articulação entre a Análise do discurso francesa (PÊCHEUX, 2014 [1975]; COURTINE, 2014 [1981]) e fundamentos teóricos vindos da área da História (LE GOFF, 2013 [1977]; NORA, 2013 [1979]) e da Sociologia (HALBWACHS,1990 [1950]). Pensando o livro escolar como objeto variável e instável (BATISTA, 1999), o objetivo do trabalho é o estabelecimento de elementos para uma memória discursiva do ensino de escrita a partir da forma material de oito livros escolares metodicamente selecionados dentre os dezesseis inicialmente escolhidos destinados ao último ano do primeiro ciclo do secundário. Essa forma material na qual sociedade e história se plasmam evoca também as turbulências sociopolíticas do período entre 1930 e 2002, permitindo investigar permanências, antecipações e apagamentos quanto ao que se concebeu, no período,como língua, escrita e ensino de escrita. Do ponto de vista metodológico, examino aquele conjunto de oito livros escolares, cuja representatividade para cada década foi estabelecida por meio de dois critérios: o autoral-editorial e o enunciativo-discursivo. O critério autoral-editorial considera os dados editoriais de cada livro como enunciados em ruína do acontecimento discursivo de sua produção/circulação/recepção; por sua vez, o critério enunciativo-discursivo toma os elementos do gênero do discurso: conteúdo temático, estilo e construção composicional (BAKHTIN, 2016 [1979]) para descrever as propostas de produção escrita dos livros escolares quanto às ênfases dadas a cada um desses elementos. Considerada a análise realizada a partir das ênfases dadas aos elementos do gênero do discurso, que resultou, num primeiro momento, na constatação de que, entre 1930 e 1960, predominava a ênfase no conteúdo temático e, entre 1970 e 2002, na construção composicional, proponho duas categorias para constituir uma memória discursiva do ensino de escrita entre 1930 e 2002: (i) a proposta-sintagma, que foi encontrada, principalmente, em livros publicados entre 1930 e 1960; e (ii) a proposta-roteiro, que foi encontrada, principalmente, em livros publicados entre 1970 e 2002. Os resultados obtidos permitem constatar que a alternância entre proposta-sintagma e proposta-roteiro é fruto de duas concepções diferentes de trabalho que, entre 1930 e 2002, estiveram vigentes em conjunturas históricas particulares e determinaram concepções de língua, escrita e ensino de escrita. No caso da proposta-sintagma, pautada em grandes temas (invocação de semióforos) e pequenos temas (os quais,de algum modo, conclamam o sujeito a se marcar como integrante de experiências culturalmente ritualizadas) e na atenção à sintaxe da língua, predomina uma concepção de trabalho em que basta discorrer para fazer, ao passo que, na proposta-roteiro, caracterizada pela presença de conteúdo instrucional e uso de marcadores discursivos de sequenciação,predomina uma concepção de trabalho em que é preciso o fazer [do mediador] para [o aluno] fazer. A análise dessas categorias, visando às concepções de língua, escrita e ensino de escrita,levou à constituição de uma memória discursiva do ensino de escrita entre 1930 e 2002.Convivendo sob diferentes ênfases no decorrer das décadas, as formas materiais das atividades guardam pré-construídos sobre o que a sociedade retoma ou projeta como trabalho para as gerações que se sucedem: para os que terão de ocupar posições e discorrer sobre elas epara os que terão de saber como fazer, sem nenhuma certeza quanto a se lograrão apenas reproduzir um ritual de preparação ou se vão se fato encontrar as posições no lugar projetado,prometido e esperado. Para a escrita e para o ensino da escrita, a convivência de diferentes formas materiais, sintetizadas, neste trabalho, na proposta-sintagma e na proposta-roteiro,parece apontar para a atenção às contradições, as quais, se estão linguisticamente marcadas pelas concepções de língua, escrita e ensino de escrita, podem também ser remetidas, na qualidade de formas materiais de sua existência sócio-histórica, a projetos de país ligados a conjunturas sociopolíticas específicas. |
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Elementos para uma memória discursiva do ensino de escrita: livros escolares de português (1930-2002)Elements for a discursive memory of teaching writing: Portuguese language textbooks (1930-2002)Discursive memoryEnsino de escritaEscritaLivros didáticosLivros escolaresMemória discursivaSchool booksTeaching of writingTextbooksWritingNeste trabalho, um conjunto de dezesseis livros escolares constitui o material de partida para a investigação de uma memória do ensino de escrita no Brasil, no período de 1930 a 2002. O arcabouço teórico é constituído pela articulação entre a Análise do discurso francesa (PÊCHEUX, 2014 [1975]; COURTINE, 2014 [1981]) e fundamentos teóricos vindos da área da História (LE GOFF, 2013 [1977]; NORA, 2013 [1979]) e da Sociologia (HALBWACHS,1990 [1950]). Pensando o livro escolar como objeto variável e instável (BATISTA, 1999), o objetivo do trabalho é o estabelecimento de elementos para uma memória discursiva do ensino de escrita a partir da forma material de oito livros escolares metodicamente selecionados dentre os dezesseis inicialmente escolhidos destinados ao último ano do primeiro ciclo do secundário. Essa forma material na qual sociedade e história se plasmam evoca também as turbulências sociopolíticas do período entre 1930 e 2002, permitindo investigar permanências, antecipações e apagamentos quanto ao que se concebeu, no período,como língua, escrita e ensino de escrita. Do ponto de vista metodológico, examino aquele conjunto de oito livros escolares, cuja representatividade para cada década foi estabelecida por meio de dois critérios: o autoral-editorial e o enunciativo-discursivo. O critério autoral-editorial considera os dados editoriais de cada livro como enunciados em ruína do acontecimento discursivo de sua produção/circulação/recepção; por sua vez, o critério enunciativo-discursivo toma os elementos do gênero do discurso: conteúdo temático, estilo e construção composicional (BAKHTIN, 2016 [1979]) para descrever as propostas de produção escrita dos livros escolares quanto às ênfases dadas a cada um desses elementos. Considerada a análise realizada a partir das ênfases dadas aos elementos do gênero do discurso, que resultou, num primeiro momento, na constatação de que, entre 1930 e 1960, predominava a ênfase no conteúdo temático e, entre 1970 e 2002, na construção composicional, proponho duas categorias para constituir uma memória discursiva do ensino de escrita entre 1930 e 2002: (i) a proposta-sintagma, que foi encontrada, principalmente, em livros publicados entre 1930 e 1960; e (ii) a proposta-roteiro, que foi encontrada, principalmente, em livros publicados entre 1970 e 2002. Os resultados obtidos permitem constatar que a alternância entre proposta-sintagma e proposta-roteiro é fruto de duas concepções diferentes de trabalho que, entre 1930 e 2002, estiveram vigentes em conjunturas históricas particulares e determinaram concepções de língua, escrita e ensino de escrita. No caso da proposta-sintagma, pautada em grandes temas (invocação de semióforos) e pequenos temas (os quais,de algum modo, conclamam o sujeito a se marcar como integrante de experiências culturalmente ritualizadas) e na atenção à sintaxe da língua, predomina uma concepção de trabalho em que basta discorrer para fazer, ao passo que, na proposta-roteiro, caracterizada pela presença de conteúdo instrucional e uso de marcadores discursivos de sequenciação,predomina uma concepção de trabalho em que é preciso o fazer [do mediador] para [o aluno] fazer. A análise dessas categorias, visando às concepções de língua, escrita e ensino de escrita,levou à constituição de uma memória discursiva do ensino de escrita entre 1930 e 2002.Convivendo sob diferentes ênfases no decorrer das décadas, as formas materiais das atividades guardam pré-construídos sobre o que a sociedade retoma ou projeta como trabalho para as gerações que se sucedem: para os que terão de ocupar posições e discorrer sobre elas epara os que terão de saber como fazer, sem nenhuma certeza quanto a se lograrão apenas reproduzir um ritual de preparação ou se vão se fato encontrar as posições no lugar projetado,prometido e esperado. Para a escrita e para o ensino da escrita, a convivência de diferentes formas materiais, sintetizadas, neste trabalho, na proposta-sintagma e na proposta-roteiro,parece apontar para a atenção às contradições, as quais, se estão linguisticamente marcadas pelas concepções de língua, escrita e ensino de escrita, podem também ser remetidas, na qualidade de formas materiais de sua existência sócio-histórica, a projetos de país ligados a conjunturas sociopolíticas específicas.This work starts its investigation into how writing was taught in Brazil from 1930 to 2002,considering, at first, an ensemble of sixteen Portuguese textbooks. The theoretical framework consists of the articulation between the French Discourse Analysis (PÊCHEUX, 2014 [1975];COURTINE, 2014 [1981]) and theoretical foundations coming from the fields of History (LE GOFF, 2013 [1977]; NORA, 2013 [1979]) and Sociology (HALBWACHS, 1990 [1950]).Understanding the textbook as a variable and unstable object (BATISTA, 1999), the aim of this work is to establish a discursive memory of the teaching of writing from the material form of eight textbooks methodically selected among the sixteen textbooks chosen before - intended for the last year of the first cycle of secondary education (generally directed at fourteen-year-old students). This material form, shaped by society and history, evokes the socio-political turbulence of the period between 1930 and 2002, allowing an investigation into enduring phenomena, anticipatory movements, and erasures of what was conceived of as language, writing and the teaching of writing in that period. From a methodological point ofview, I examine a set of eight textbooks, whose representativeness for each decade was established by means of two criteria: the authorial-editorial one and the enunciative-discursive one. The authorial-editorial criterion considers the editorial data of each book as statements in ruin of the discursive event of its production/circulation/reception; in turn, the enunciative-discursive criterion takes into account the elements of the speech genre: thematic content, style and compositional construction (BAKHTIN, 2016 [1979]). Considering the analysis carried out from an emphasis given to the elements of the speech genre, which resulted,between 1930 and 1960, in a prevailing emphasis on the thematic content, and, between 1970 and 2002, in an emphasis on the compositional construction, I propose two categories to constitute a discursive memory of how writing was taught between 1930 and 2002: (i) the proposal-syntagma, which was found, mainly, in books published between 1930 and 1960; and (ii) the proposal-script, which was found, mainly, in books published between 1970 and 2002. The results obtained show that the alternation between the proposal-syntagma and the proposal-script is the result of two different conceptions of work (both in general terms and regarding school activities) that, between 1930 and 2002, succeeded in particular historical contexts. Those conceptions of work determined conceptions of language, writing and the teaching of writing. In the case of the proposal-syntagma, based on large (invocation of semiophores) and small themes (which, in some way, ask the subject to describe itself as part of culturally ritualized experiences); and, in relation to the syntax of the language, there is a predominance of a conception of work in which speaking or writing is enough to perform an action, while in the proposal-script, characterized by the presence of instructional content and use of discursive markers of sequencing, there is a predominance of a conception of work in which it is necessary for the mediator to guide the student. The analysis of these categories, aiming at the conceptions of language, writing and the teaching of writing led to the constitution of elements of a discursive memory of the teaching of writing between 1930 and 2002. Existing under different emphases throughout the decades, the material forms of the activities keep preconstructed discursive elements on what society recovers or projects as work for the generations that will follow: for those who will have to occupy positions and talk about them and for those who will have to know how to perform an action, without any certainty as to whether they will only succeed in reproducing a ritual of preparation or whether they will actually find their positions in the projected, promised and expected place. For writing and the teaching of writing, the coexistence of different material forms, synthesized in this dissertation, in the proposal-syntagma and in the proposal-script, seems to point towards contradictions, which, if they are linguistically marked by the conceptions of language, writing and the teaching of writing, they can also be referred, as material forms of their socio-historical existence, to national projects linked to specific sociopolitical conjunctures.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCorrea, Manoel Luiz GoncalvesImbruniz, Cristian Henrique2020-01-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-08052020-135256/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-05-08T22:11:01Zoai:teses.usp.br:tde-08052020-135256Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-05-08T22:11:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Neste trabalho, um conjunto de dezesseis livros escolares constitui o material de partida para a investigação de uma memória do ensino de escrita no Brasil, no período de 1930 a 2002. O arcabouço teórico é constituído pela articulação entre a Análise do discurso francesa (PÊCHEUX, 2014 [1975]; COURTINE, 2014 [1981]) e fundamentos teóricos vindos da área da História (LE GOFF, 2013 [1977]; NORA, 2013 [1979]) e da Sociologia (HALBWACHS,1990 [1950]). Pensando o livro escolar como objeto variável e instável (BATISTA, 1999), o objetivo do trabalho é o estabelecimento de elementos para uma memória discursiva do ensino de escrita a partir da forma material de oito livros escolares metodicamente selecionados dentre os dezesseis inicialmente escolhidos destinados ao último ano do primeiro ciclo do secundário. Essa forma material na qual sociedade e história se plasmam evoca também as turbulências sociopolíticas do período entre 1930 e 2002, permitindo investigar permanências, antecipações e apagamentos quanto ao que se concebeu, no período,como língua, escrita e ensino de escrita. Do ponto de vista metodológico, examino aquele conjunto de oito livros escolares, cuja representatividade para cada década foi estabelecida por meio de dois critérios: o autoral-editorial e o enunciativo-discursivo. O critério autoral-editorial considera os dados editoriais de cada livro como enunciados em ruína do acontecimento discursivo de sua produção/circulação/recepção; por sua vez, o critério enunciativo-discursivo toma os elementos do gênero do discurso: conteúdo temático, estilo e construção composicional (BAKHTIN, 2016 [1979]) para descrever as propostas de produção escrita dos livros escolares quanto às ênfases dadas a cada um desses elementos. Considerada a análise realizada a partir das ênfases dadas aos elementos do gênero do discurso, que resultou, num primeiro momento, na constatação de que, entre 1930 e 1960, predominava a ênfase no conteúdo temático e, entre 1970 e 2002, na construção composicional, proponho duas categorias para constituir uma memória discursiva do ensino de escrita entre 1930 e 2002: (i) a proposta-sintagma, que foi encontrada, principalmente, em livros publicados entre 1930 e 1960; e (ii) a proposta-roteiro, que foi encontrada, principalmente, em livros publicados entre 1970 e 2002. Os resultados obtidos permitem constatar que a alternância entre proposta-sintagma e proposta-roteiro é fruto de duas concepções diferentes de trabalho que, entre 1930 e 2002, estiveram vigentes em conjunturas históricas particulares e determinaram concepções de língua, escrita e ensino de escrita. No caso da proposta-sintagma, pautada em grandes temas (invocação de semióforos) e pequenos temas (os quais,de algum modo, conclamam o sujeito a se marcar como integrante de experiências culturalmente ritualizadas) e na atenção à sintaxe da língua, predomina uma concepção de trabalho em que basta discorrer para fazer, ao passo que, na proposta-roteiro, caracterizada pela presença de conteúdo instrucional e uso de marcadores discursivos de sequenciação,predomina uma concepção de trabalho em que é preciso o fazer [do mediador] para [o aluno] fazer. A análise dessas categorias, visando às concepções de língua, escrita e ensino de escrita,levou à constituição de uma memória discursiva do ensino de escrita entre 1930 e 2002.Convivendo sob diferentes ênfases no decorrer das décadas, as formas materiais das atividades guardam pré-construídos sobre o que a sociedade retoma ou projeta como trabalho para as gerações que se sucedem: para os que terão de ocupar posições e discorrer sobre elas epara os que terão de saber como fazer, sem nenhuma certeza quanto a se lograrão apenas reproduzir um ritual de preparação ou se vão se fato encontrar as posições no lugar projetado,prometido e esperado. Para a escrita e para o ensino da escrita, a convivência de diferentes formas materiais, sintetizadas, neste trabalho, na proposta-sintagma e na proposta-roteiro,parece apontar para a atenção às contradições, as quais, se estão linguisticamente marcadas pelas concepções de língua, escrita e ensino de escrita, podem também ser remetidas, na qualidade de formas materiais de sua existência sócio-histórica, a projetos de país ligados a conjunturas sociopolíticas específicas. |
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