Risco, comunicação e cinema: o documentário de risco como potência narrativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Carla Daniela Rabelo
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-22092014-103703/
Resumo: A história social do Risco traz evidências sobre a passagem do risco proveniente de forças naturais e também do acaso para aquele risco produzido pelo homem nas suas decisões político-econômicas que geram efeitos sociais. Tal percurso histórico também localiza em qual momento se dá essa transição. Desde o período Moderno, consagrando-se na Modernidade Tardia como também na Modernidade Reflexiva, o Risco se instaurou como tema social. Algumas escolas teóricas socioculturais, Sociedade de Risco, Estudos Culturais do Risco e Governamentalidade, refletem sobre os tempos de perigos, ameaças, indeterminação e também de acaso. Nesta tese, define-se Risco como o prenúncio de um dano, desastre ou evento. Não está configurado em si, mas num estado de \"vir a ser\" (devir). Não obstante, as narrativas comunicacionais sobre risco cumprem a tarefa de informar a população sobre algo que pode acontecer como também apresentam o mundo do Risco em demasia, por meio do medo configurado em imagens-espetáculo. Por outro lado, há narrativas que discutem o Risco num caráter questionador e também reflexivo. Essas narrativas deslocam o olhar acostumado do espectador para um novo lugar político revelador de informações ou percepções ocultadas pelo jornalismo imagético. Desse modo, propõe-se uma nova categoria de análise, o Documentário de Risco, que emerge como repetição e instrumento, mas também como inovação, releitura, ensaio e, principalmente, potência narrativa no tocante aos temas sociais do Risco. Foram analisados dois documentários representativos dessa categoria proposta: \"O veneno está na mesa\" (Silvio Tendler) e \"Os catadores e eu\" (Agnès Varda).
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