Amastigota do Trypanosoma cruzi utilização nas técnicas de Dot-ELISA e imunofluorescência para a detecção de anticorpos IgG, IgM e IgA na doença de chagas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matsumoto, Tokiko Kyomen
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-03032023-162752/
Resumo: As formas do Trypanosoma cruzi obtidas do sobrenadante de cultivo de células LLC-MK2 foram investigadas como antígenos nas técnicas de IFI e Dot-ELISA, para a detecção de anticorpos IgG, IgM e IgA, no diagnóstico da doença de Chagas. Um total de 223 soros de pacientes chagásicos e não chagásicos, incluindo leishmaniose e outras afecções foi ensaiado na técnica de imunofluorescência indireta com antígeno de amastigota (IFI-A) e na de imunoenzimática com antígeno de amastigota solubilizado em meio alcalino (Dot-As), bem como com o antígeno de amastigota fragmentado por ultra-som (Dot-At), em comparação com técnicas de referência, onde formas epimastigotas são utilizadas (IFI-E e Dot-Es). Anticorpos da classe IgG foram detectados em todas as formas clínicas da doença de Chagas (aguda e crônica indeterminada, cardíaca e digestiva). Anticorpos IgM foram encontrados predominantemente nas formas agudas, assim como os anticorpos IgA. Como esperado, reações cruzadas foram verificadas com leishmaniose visceral. O desempenho diagnóstico das técnicas de IFI-A, Dot-As e Dot- At não diferiram significativamente das técnicas de referência. A reatividade das formas amastigotas foi de 2 a 4 vezes maior nas técnicas de IFI em relação à epimastigota convencional, enquanto que nas técnicas imunoenzimáticas, as diferenças não foram significativas entre estes dois antígenos. Na caracterização preliminar dos antígenos aqui estudados, os soros de pacientes chagásicos crônicos (IgG) mostraram reconhecimento complexo de polipeptídeos tanto nas formas amastigotas como epimastigotas, contrastando com os soros de chagásicos da fase aguda, que teve reconhecimento menos complexo. Considerando-se os aspectos de praticidade, reprodutibilidade e estabilidade, a técnica de Dot-As ressalta como sendo satisfatória para triagem de chagásicos, mesmo em laboratórios de pequenos recursos.
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