Avaliação óssea histomorfométrica de indivíduos com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana em tratamento com regime contendo tenofovir
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-03072019-145755/ |
Resumo: | A perda de densidade mineral óssea (DMO) é uma complicação conhecida da infecção pelo HIV e seu tratamento, particularmente com terapia antirretroviral (TARV) contendo tenofovir disoproxil fumarato (TDF). Embora a disfunção tubular proximal renal e a fosfatúria sejam comuns com o TDF, não se sabe se a perda da DMO resulta de mineralização inadequada. Nós avaliamos a mudança na DMO por densitometria óssea de dupla absorção de raios-X (DXA) e na histomorfometria óssea por biópsias de crista transilíaca com dupla marcação por tetraciclina em homens jovens vivendo com HIV antes (N = 20) e 12 meses após (N = 16) iniciar TDF/lamivudina/efavirenz. Examinamos as relações de hormônios calciotrópicos, excreção de fósforo urinário, citocinas pró-inflamatórias e proteínas relacionadas à remodelação óssea com alterações na DMO e histomorfometria. A média de idade dos participantes foi de 29,6 ± 5,5 anos, com contagem média de linfócitos T CD4+ de 473 ± 196 células/mm3. No início do estudo, taxa de formação óssea diminuída e intervalo de tempo para mineralização aumentado foram identificados em 16 (80%) e 12 (60%) participantes, respectivamente. Após 12 meses, detectamos diminuição na DMO na coluna lombar, colo do fêmur e quadril total por DXA. Pela histomorfometria, observamos aumento na espessura cortical, no volume osteóide e nas superfícies de osteoblastos e osteoclastos. Não observamos piora significativa da excreção renal de fósforo ou nos parâmetros histomorfométricos de mineralização. Aumentos no PTH se correlacionaram com diminuição da DMO, mas não com os parâmetros histomorfométricos. Nossos achados sugerem que anormalidades na formação e mineralização ósseas são comuns entre homens com infecção pelo HIV mesmo antes da exposição a TARV. Com a TARV contendo TDF, há um aumento na remodelação óssea, refletida pelo aumento das superfícies de osteoblastos e osteoclastos, mas uma persistência no defeito de mineralização, resultando em aumento do volume osteóide |
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Avaliação óssea histomorfométrica de indivíduos com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana em tratamento com regime contendo tenofovirBone histomorphometry in individuals with human immunodeficiency virus infection in treatment with tenofovir-containing regimenAnti-retroviralAntirretroviraisBone diseasesDoenças ósseasFósforoHIVHIVHormônio paratireóideoParathyroid hormonePhosphorusTenofovirTenofovirA perda de densidade mineral óssea (DMO) é uma complicação conhecida da infecção pelo HIV e seu tratamento, particularmente com terapia antirretroviral (TARV) contendo tenofovir disoproxil fumarato (TDF). Embora a disfunção tubular proximal renal e a fosfatúria sejam comuns com o TDF, não se sabe se a perda da DMO resulta de mineralização inadequada. Nós avaliamos a mudança na DMO por densitometria óssea de dupla absorção de raios-X (DXA) e na histomorfometria óssea por biópsias de crista transilíaca com dupla marcação por tetraciclina em homens jovens vivendo com HIV antes (N = 20) e 12 meses após (N = 16) iniciar TDF/lamivudina/efavirenz. Examinamos as relações de hormônios calciotrópicos, excreção de fósforo urinário, citocinas pró-inflamatórias e proteínas relacionadas à remodelação óssea com alterações na DMO e histomorfometria. A média de idade dos participantes foi de 29,6 ± 5,5 anos, com contagem média de linfócitos T CD4+ de 473 ± 196 células/mm3. No início do estudo, taxa de formação óssea diminuída e intervalo de tempo para mineralização aumentado foram identificados em 16 (80%) e 12 (60%) participantes, respectivamente. Após 12 meses, detectamos diminuição na DMO na coluna lombar, colo do fêmur e quadril total por DXA. Pela histomorfometria, observamos aumento na espessura cortical, no volume osteóide e nas superfícies de osteoblastos e osteoclastos. Não observamos piora significativa da excreção renal de fósforo ou nos parâmetros histomorfométricos de mineralização. Aumentos no PTH se correlacionaram com diminuição da DMO, mas não com os parâmetros histomorfométricos. Nossos achados sugerem que anormalidades na formação e mineralização ósseas são comuns entre homens com infecção pelo HIV mesmo antes da exposição a TARV. Com a TARV contendo TDF, há um aumento na remodelação óssea, refletida pelo aumento das superfícies de osteoblastos e osteoclastos, mas uma persistência no defeito de mineralização, resultando em aumento do volume osteóideBone mineral density (BMD) loss is a known complication of HIV infection and its treatment, particularly with tenofovir disoproxil fumarate (TDF)-containing antiretroviral therapy (ART). While renal proximal tubular dysfunction and phosphaturia are common with TDF exposure, it is unknown whether BMD loss results from inadequate mineralization. We evaluated changes in BMD by DXA and bone histomorphometry by tetracycline double labeled transiliac crest biopsies in young men living with HIV before (N=20) and 12 months after (N=16) initiating TDF/lamivudine/efavirenz. We examined relationships between calciotropic hormones, urinary phosphate excretion, pro-inflammatory and pro-resorptive cytokines and bone remodeling-related proteins with changes in BMD and histomorphometry. Mean age was 29.6±5.5 years, with mean CD4+ T cell count of 473±196 cells/mm3. At baseline, decreased bone formation rate and increased mineralization lag time were identified in 16 (80%) and 12 (60%) patients, respectively. After 12 months, we detected a decrease in lumbar spine, total hip and femoral neck BMD by DXA. By histomorphometry, we observed increases in cortical thickness, osteoid volume, and osteoblast and osteoclast surfaces. We did not observe significant worsening of renal phosphate excretion or mineralization parameters. Increases in PTH levels correlated with decreased BMD but not with histomophometric parameters. Our findings suggest that abnormalities in bone formation and mineralization are common among HIV-infected men even before ART exposure. With TDF-containing ART, there is an increase in bone remodeling, reflected by increased osteoblast and osteoclast surfaces, and a persistence in mineralization defect, resulting in increased osteoid volumeBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMoyses, Rosa Maria AffonsoRamalho, Janaina de Almeida Mota2019-04-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-03072019-145755/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-07-04T17:50:32Zoai:teses.usp.br:tde-03072019-145755Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-07-04T17:50:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A perda de densidade mineral óssea (DMO) é uma complicação conhecida da infecção pelo HIV e seu tratamento, particularmente com terapia antirretroviral (TARV) contendo tenofovir disoproxil fumarato (TDF). Embora a disfunção tubular proximal renal e a fosfatúria sejam comuns com o TDF, não se sabe se a perda da DMO resulta de mineralização inadequada. Nós avaliamos a mudança na DMO por densitometria óssea de dupla absorção de raios-X (DXA) e na histomorfometria óssea por biópsias de crista transilíaca com dupla marcação por tetraciclina em homens jovens vivendo com HIV antes (N = 20) e 12 meses após (N = 16) iniciar TDF/lamivudina/efavirenz. Examinamos as relações de hormônios calciotrópicos, excreção de fósforo urinário, citocinas pró-inflamatórias e proteínas relacionadas à remodelação óssea com alterações na DMO e histomorfometria. A média de idade dos participantes foi de 29,6 ± 5,5 anos, com contagem média de linfócitos T CD4+ de 473 ± 196 células/mm3. No início do estudo, taxa de formação óssea diminuída e intervalo de tempo para mineralização aumentado foram identificados em 16 (80%) e 12 (60%) participantes, respectivamente. Após 12 meses, detectamos diminuição na DMO na coluna lombar, colo do fêmur e quadril total por DXA. Pela histomorfometria, observamos aumento na espessura cortical, no volume osteóide e nas superfícies de osteoblastos e osteoclastos. Não observamos piora significativa da excreção renal de fósforo ou nos parâmetros histomorfométricos de mineralização. Aumentos no PTH se correlacionaram com diminuição da DMO, mas não com os parâmetros histomorfométricos. Nossos achados sugerem que anormalidades na formação e mineralização ósseas são comuns entre homens com infecção pelo HIV mesmo antes da exposição a TARV. Com a TARV contendo TDF, há um aumento na remodelação óssea, refletida pelo aumento das superfícies de osteoblastos e osteoclastos, mas uma persistência no defeito de mineralização, resultando em aumento do volume osteóide |
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