Desenho de questionário de freqüência alimentar para uma população adulta da região metropolitana de São Paulo

• Autor(a) principal: Viebig, Renata Furlan
• Data de Publicação: 2002
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-06052024-123421/
• topic: Cardiovascular Health; Doenças Crônicas não Transmissíveis; Food Frequency Questionnaire; Non Communicable Chronic Diseases; Questionário de Freqüência Alimentar; Saúde Cardiovascular

Objetivo: Desenhar um Questionário de Freqüência Alimentar (QFA) a partir de Recordatórios de 24 horas para utilização em estudos epidemiológicos sobre dieta e doenças crônicas não transmissíveis. Métodos: Estudaram-se 200 indivíduos, homens e mulheres, de 20 a 65 anos de idade, residentes na Região Metropolitana (RM) de São Paulo, que compareciam voluntariamente ao Ambulatório do lnCor. Informações sobre nível sócio-econômico, estilo de vida, dados antropométricos, nível sérico de lipideos e glicose foram obtidas. Analisou-se o \"perfil de saúde cardiovascular\" de acordo com recomendações da European Society of Cardiology. Desenvolveu-se a lista de alimentos do QFA a partir dos Recordatórios de 24 horas, segundo a contribuição percentual de cada alimento para o consumo total de macro e micronutrientes selecionados. Resultados: A população estudada apresentou idade média de 41 anos, predomínio do sexo feminino (61,5%) e baixa prevalência de tabagismo (22%) e de sedentarismo (14%). Encontraram-se prevalências de 47% de sobrepeso e 12% de obesidade, e níveis séricos de colesterol elevados para 56% de indivíduos e de LDL-colesterol para 61%. Comparou-se a lista de 98 alimentos selecionados para o QFA com a lista de alimentos da POF- 1995/96 para a RM de São Paulo, observando-se uma concordância próxima de 100%, além de 16 itens a mais identificados pelos Recordatórios. O QFA desenvolvido representa 96,5% das calorias totais consumidas pela população e ao menos 95% da ingestão de outros 21 nutrientes. Conclusões: Considera-se que o QFA desenvolvido, uma vez validado, poderá ser utilizado em estudos epidemiológicos com adultos da RM de São Paulo e de outras áreas urbanas semelhantes do país.